Surgiu na praça uma nova categoria de indígenas contendo todos os ingredientes para causar grandes dores de cabeça às autoridades e produtores: são os “povos ressurgidos”.
O alerta foi dado pelo pesquisador Inácio Régis a partir das investigações que fez sobre a Gleba Nova Olinda, no Pará, onde algumas comunidades que lá habitam aguardam o veredicto da FUNAI se a área trata-se ou não de terra indígena. Segundo o administrador regional do órgão em Itaituba, Jaime Santos, a Funai fez um estudo na região e está considerando os indígenas de Santarém como “povos ressurgidos” e admitiu que a gleba Nova Olinda, atualmente, é o maior problema administrado pelo órgão. [1]
Três das 14 comunidades da gleba Nova Olinda - Novo Lugar, Cachoeira do Maró e São José III - formada por ribeirinhos da região do rio Arapiuns, afirmam que são descendentes dos índios Borari e têm como bandeira a regularização de toda a gleba como terra indígena. A liderar o movimento encontra-se Odair José Sousa Alves, mais conhecido como cacique Odair Borari.
Régis colheu os relatos por escrito dos mais antigos moradores da região, como os irmãos Saturnina e Graciano Martinho, bisnetos dos primeiros habitantes da Gleba Nova Olinda, que afirmam que a colonização no local ocorreu por pessoas de origens diversas: paraenses, cearenses, maranhenses, rio-grandenses e até paraguaios e colombianos.
Mais contundente foi o depoimento de Basílio Matos dos Santos, tio que desempenhou a função de pai de Odair Borari, ao afirmar que o “cacique” não passa de um farsante. 'Eu sou tio do Odair, eu ajudei a criar esse menino desde que o pai dele morreu. O bisavô dele era rio-grandense, meu pai, avô de Odair, morava em Belém, nós nunca tivemos índio na família. Aqui no Maró, a gente se conhece uns aos outros e nunca teve índio nessa gleba, como concordar com uma mentira dessas?', afirmou Basílio, agregando que Odair, na verdade, é filho de Albino e dona Edite, moradores da comunidade Novo Lugar.
Interessante é que Basílio reclamou dos ditos índios por estarem impedindo a chegada do desenvolvimento às outras comunidades: “Por onde vamos tirar nossa produção se no verão tem uma cachoeira que não passa barco? Por onde vai chegar a energia Luz Para Todos? Pelo ar? O Odair eu ajudei a criar e, agora, esse moleque vem dizer que é cacique de índios que nunca existiu em nossa região e, muito menos em nossa família”, reclamou.
Régis montou a árvore genealógica de Odair Borari e descobriu que ele não tem nenhum parente indígena em seu passado. 'Conforme fartos relatos de antigos habitantes da Gleba, concedidos por escrito a mim, nem Odair, nem os membros que compõe as comunidades que, por indução, se autodeclararam índios, detém descendência étnica dos primitivos habitantes que habitaram a região', ressaltou.
Segundo Régis, o “cacique” Odair Borari assumiu a nova identidade depois que antropólogos da Funai, o frei Florêncio Vaz, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém (STTR) e integrantes do Greenpeace apareceram na região. Para o pesquisador, quem está por trás da farsa é o Greenpeace, com o objetivo de engessar a área do entorno da BR-163.
Alerta em Rede
Mais uma vez, fica provada a "seriedade" dos estudos antropológicos da FUNAI.
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sábado, 28 de novembro de 2009
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Um comentário:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI105789-15223-1,00-O+LAMPIAO+TUPINAMBA.html
gente, virou moda se declarar índio!!!!! olhem essa reportagem! sabe de uma coisa? eu sou índio tb!! me dá terra agora!!!!
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