Atenção:

Este blog é um "backup" do

O BERRO da Formiga !

Para acessar o original, use o endereço:

http://www.Oberrodaformiga.blogspot.com

sábado, 28 de novembro de 2009

"Povos ressurgidos", nova forma de fabricar índios

Surgiu na praça uma nova categoria de indígenas contendo todos os ingredientes para causar grandes dores de cabeça às autoridades e produtores: são os “povos ressurgidos”.

O alerta foi dado pelo pesquisador Inácio Régis a partir das investigações que fez sobre a Gleba Nova Olinda, no Pará, onde algumas comunidades que lá habitam aguardam o veredicto da FUNAI se a área trata-se ou não de terra indígena. Segundo o administrador regional do órgão em Itaituba, Jaime Santos, a Funai fez um estudo na região e está considerando os indígenas de Santarém como “povos ressurgidos” e admitiu que a gleba Nova Olinda, atualmente, é o maior problema administrado pelo órgão. [1]

Três das 14 comunidades da gleba Nova Olinda - Novo Lugar, Cachoeira do Maró e São José III - formada por ribeirinhos da região do rio Arapiuns, afirmam que são descendentes dos índios Borari e têm como bandeira a regularização de toda a gleba como terra indígena. A liderar o movimento encontra-se Odair José Sousa Alves, mais conhecido como cacique Odair Borari.

Régis colheu os relatos por escrito dos mais antigos moradores da região, como os irmãos Saturnina e Graciano Martinho, bisnetos dos primeiros habitantes da Gleba Nova Olinda, que afirmam que a colonização no local ocorreu por pessoas de origens diversas: paraenses, cearenses, maranhenses, rio-grandenses e até paraguaios e colombianos.

Mais contundente foi o depoimento de Basílio Matos dos Santos, tio que desempenhou a função de pai de Odair Borari, ao afirmar que o “cacique” não passa de um farsante. 'Eu sou tio do Odair, eu ajudei a criar esse menino desde que o pai dele morreu. O bisavô dele era rio-grandense, meu pai, avô de Odair, morava em Belém, nós nunca tivemos índio na família. Aqui no Maró, a gente se conhece uns aos outros e nunca teve índio nessa gleba, como concordar com uma mentira dessas?', afirmou Basílio, agregando que Odair, na verdade, é filho de Albino e dona Edite, moradores da comunidade Novo Lugar.

Interessante é que Basílio reclamou dos ditos índios por estarem impedindo a chegada do desenvolvimento às outras comunidades: “Por onde vamos tirar nossa produção se no verão tem uma cachoeira que não passa barco? Por onde vai chegar a energia Luz Para Todos? Pelo ar? O Odair eu ajudei a criar e, agora, esse moleque vem dizer que é cacique de índios que nunca existiu em nossa região e, muito menos em nossa família”, reclamou.

Régis montou a árvore genealógica de Odair Borari e descobriu que ele não tem nenhum parente indígena em seu passado. 'Conforme fartos relatos de antigos habitantes da Gleba, concedidos por escrito a mim, nem Odair, nem os membros que compõe as comunidades que, por indução, se autodeclararam índios, detém descendência étnica dos primitivos habitantes que habitaram a região', ressaltou.

Segundo Régis, o “cacique” Odair Borari assumiu a nova identidade depois que antropólogos da Funai, o frei Florêncio Vaz, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém (STTR) e integrantes do Greenpeace apareceram na região. Para o pesquisador, quem está por trás da farsa é o Greenpeace, com o objetivo de engessar a área do entorno da BR-163.
Alerta em Rede


Mais uma vez, fica provada a "seriedade" dos estudos antropológicos da FUNAI.

.

Nenhum comentário: