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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ESCÂNDALO: Funasa em Rondônia é investigada


BRASÍLIA - Ao apontar corrupção e má gestão na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no início do mês, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, só tornou público o que órgãos de fiscalização vêm apontando há tempos.

De 2005 a 2008, o Tribunal de Contas (TCU) da União abriu 368 processos para apurar irregularidades e superfaturamento de preços em contratos da Funasa, controlada pelo PMDB do ministro Temporão. A média é de um processo a cada dois dias e meio, considerando-se os dias úteis. O TCU cobra a devolução de R$ 87,4 milhões aos cofres públicos, informa reportagem de Chico de Góis, Isabel Braga e Maria Lima publicada neste domingo no GLOBO.

Por causa da auditoria do TCU, comandada pelo ministro Marcos Bemquerer, a Funasa e sua relação com ONGs indígenas estão na mira de duas CPIs: a das ONGs e a da Subnutrição Indígena, criada para investigar o não-atendimento de aldeias em Mato Grosso do Sul onde houve óbitos de crianças indígenas por inanição. O relatório mostra que a Urihi Saúde Yanomami, entidade que deveria prestar assistência de saúde aos índios de Roraima, foi criada para receber recursos da Funasa: três convênios de R$ 33,8 milhões entre 2000 e 2004. Depois das denúncias de irregularidades, a Urihi suspendeu o atendimento e fechou as portas. O dinheiro nunca voltou. A ONG Coordenação da União dos Povos e Nações Indígenas de Rondônia, Norte de Mato Grosso do Sul e Amazonas (Cunpir), apesar de ser associação cultural, foi contratada para tratar da saúde dos índios e recebeu mais de R$ 11 milhões por isso.

Atacado pelo PMDB, Temporão recuou: sua assessoria informou que suas denúncias se referem a gestões passadas, e que foram baseadas em relatórios da CGU e do TCU. Segundo a assessoria, uma das providências que estão sendo tomadas é o atendimento à antiga reivindicação dos indígenas de retirar da Funasa e passar para a administração direta os programas de saúde indígena.

Procurador aponta irregularidades graves

O procurador-adjunto do Ministério Público no TCU, Marinus Marsico, concluiu esta semana relatório no qual aponta irregularidades na contratação, pela Funasa, da empresa Digilab para a criação de um canal corporativo com oito horas de programação diária. Ele diz que o escândalo da TV Funasa é emblemático, e mostra o absurdo em que se transformou o mau uso dos recursos públicos no órgão. O procurador diz que as irregularidades são graves e propõe a condenação da empresa e a responsabilização do ex-presidente da Funasa Paulo Lustosa, e de técnicos e diretores do órgão em sua gestão.

Marsico propõe, além da devolução R$ 14,7 milhões, que Lustosa e seus auxiliares sejam considerados inabilitados para o exercício de cargo em confiança na administração federal.
Lustosa disse ser um erro chamar de TV, porque se trata de um sistema multimídia para a realização de teleconferências e treinamentos à distância e que geraria economia de 40% a 60%. E que a acusação contra ele era que não tinha atendido às recomendações do auditor da Funasa, mas que esse parecer só veio quatro meses depois que o sistema estava implantado e duas parcelas já tinham sido pagas.

A Digilab contestou, por meio de seu advogado, as afirmações do procurador. Disse que há 11 volumes de notas fiscais, que comprovariam a realização do serviço, e que não foram consideradas. Segundo o advogado da empresa, o próprio Marsico havia reconhecido a validade das notas fiscais. Mas o procurador diz que não há um parecer conclusivo sobre a veracidade das notas, o que deve ser feito ao longo do processo.
A Crítica de Rondônia
.

ESCÂNDALO: Funasa em Rondônia é investigada


BRASÍLIA - Ao apontar corrupção e má gestão na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no início do mês, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, só tornou público o que órgãos de fiscalização vêm apontando há tempos.

De 2005 a 2008, o Tribunal de Contas (TCU) da União abriu 368 processos para apurar irregularidades e superfaturamento de preços em contratos da Funasa, controlada pelo PMDB do ministro Temporão. A média é de um processo a cada dois dias e meio, considerando-se os dias úteis. O TCU cobra a devolução de R$ 87,4 milhões aos cofres públicos, informa reportagem de Chico de Góis, Isabel Braga e Maria Lima publicada neste domingo no GLOBO.

Por causa da auditoria do TCU, comandada pelo ministro Marcos Bemquerer, a Funasa e sua relação com ONGs indígenas estão na mira de duas CPIs: a das ONGs e a da Subnutrição Indígena, criada para investigar o não-atendimento de aldeias em Mato Grosso do Sul onde houve óbitos de crianças indígenas por inanição. O relatório mostra que a Urihi Saúde Yanomami, entidade que deveria prestar assistência de saúde aos índios de Roraima, foi criada para receber recursos da Funasa: três convênios de R$ 33,8 milhões entre 2000 e 2004. Depois das denúncias de irregularidades, a Urihi suspendeu o atendimento e fechou as portas. O dinheiro nunca voltou. A ONG Coordenação da União dos Povos e Nações Indígenas de Rondônia, Norte de Mato Grosso do Sul e Amazonas (Cunpir), apesar de ser associação cultural, foi contratada para tratar da saúde dos índios e recebeu mais de R$ 11 milhões por isso.

Atacado pelo PMDB, Temporão recuou: sua assessoria informou que suas denúncias se referem a gestões passadas, e que foram baseadas em relatórios da CGU e do TCU. Segundo a assessoria, uma das providências que estão sendo tomadas é o atendimento à antiga reivindicação dos indígenas de retirar da Funasa e passar para a administração direta os programas de saúde indígena.

Procurador aponta irregularidades graves

O procurador-adjunto do Ministério Público no TCU, Marinus Marsico, concluiu esta semana relatório no qual aponta irregularidades na contratação, pela Funasa, da empresa Digilab para a criação de um canal corporativo com oito horas de programação diária. Ele diz que o escândalo da TV Funasa é emblemático, e mostra o absurdo em que se transformou o mau uso dos recursos públicos no órgão. O procurador diz que as irregularidades são graves e propõe a condenação da empresa e a responsabilização do ex-presidente da Funasa Paulo Lustosa, e de técnicos e diretores do órgão em sua gestão.

Marsico propõe, além da devolução R$ 14,7 milhões, que Lustosa e seus auxiliares sejam considerados inabilitados para o exercício de cargo em confiança na administração federal.
Lustosa disse ser um erro chamar de TV, porque se trata de um sistema multimídia para a realização de teleconferências e treinamentos à distância e que geraria economia de 40% a 60%. E que a acusação contra ele era que não tinha atendido às recomendações do auditor da Funasa, mas que esse parecer só veio quatro meses depois que o sistema estava implantado e duas parcelas já tinham sido pagas.

A Digilab contestou, por meio de seu advogado, as afirmações do procurador. Disse que há 11 volumes de notas fiscais, que comprovariam a realização do serviço, e que não foram consideradas. Segundo o advogado da empresa, o próprio Marsico havia reconhecido a validade das notas fiscais. Mas o procurador diz que não há um parecer conclusivo sobre a veracidade das notas, o que deve ser feito ao longo do processo.
A Crítica de Rondônia
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ESCÂNDALO: Funasa em Rondônia é investigada


BRASÍLIA - Ao apontar corrupção e má gestão na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no início do mês, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, só tornou público o que órgãos de fiscalização vêm apontando há tempos.

De 2005 a 2008, o Tribunal de Contas (TCU) da União abriu 368 processos para apurar irregularidades e superfaturamento de preços em contratos da Funasa, controlada pelo PMDB do ministro Temporão. A média é de um processo a cada dois dias e meio, considerando-se os dias úteis. O TCU cobra a devolução de R$ 87,4 milhões aos cofres públicos, informa reportagem de Chico de Góis, Isabel Braga e Maria Lima publicada neste domingo no GLOBO.

Por causa da auditoria do TCU, comandada pelo ministro Marcos Bemquerer, a Funasa e sua relação com ONGs indígenas estão na mira de duas CPIs: a das ONGs e a da Subnutrição Indígena, criada para investigar o não-atendimento de aldeias em Mato Grosso do Sul onde houve óbitos de crianças indígenas por inanição. O relatório mostra que a Urihi Saúde Yanomami, entidade que deveria prestar assistência de saúde aos índios de Roraima, foi criada para receber recursos da Funasa: três convênios de R$ 33,8 milhões entre 2000 e 2004. Depois das denúncias de irregularidades, a Urihi suspendeu o atendimento e fechou as portas. O dinheiro nunca voltou. A ONG Coordenação da União dos Povos e Nações Indígenas de Rondônia, Norte de Mato Grosso do Sul e Amazonas (Cunpir), apesar de ser associação cultural, foi contratada para tratar da saúde dos índios e recebeu mais de R$ 11 milhões por isso.

Atacado pelo PMDB, Temporão recuou: sua assessoria informou que suas denúncias se referem a gestões passadas, e que foram baseadas em relatórios da CGU e do TCU. Segundo a assessoria, uma das providências que estão sendo tomadas é o atendimento à antiga reivindicação dos indígenas de retirar da Funasa e passar para a administração direta os programas de saúde indígena.

Procurador aponta irregularidades graves

O procurador-adjunto do Ministério Público no TCU, Marinus Marsico, concluiu esta semana relatório no qual aponta irregularidades na contratação, pela Funasa, da empresa Digilab para a criação de um canal corporativo com oito horas de programação diária. Ele diz que o escândalo da TV Funasa é emblemático, e mostra o absurdo em que se transformou o mau uso dos recursos públicos no órgão. O procurador diz que as irregularidades são graves e propõe a condenação da empresa e a responsabilização do ex-presidente da Funasa Paulo Lustosa, e de técnicos e diretores do órgão em sua gestão.

Marsico propõe, além da devolução R$ 14,7 milhões, que Lustosa e seus auxiliares sejam considerados inabilitados para o exercício de cargo em confiança na administração federal.
Lustosa disse ser um erro chamar de TV, porque se trata de um sistema multimídia para a realização de teleconferências e treinamentos à distância e que geraria economia de 40% a 60%. E que a acusação contra ele era que não tinha atendido às recomendações do auditor da Funasa, mas que esse parecer só veio quatro meses depois que o sistema estava implantado e duas parcelas já tinham sido pagas.

A Digilab contestou, por meio de seu advogado, as afirmações do procurador. Disse que há 11 volumes de notas fiscais, que comprovariam a realização do serviço, e que não foram consideradas. Segundo o advogado da empresa, o próprio Marsico havia reconhecido a validade das notas fiscais. Mas o procurador diz que não há um parecer conclusivo sobre a veracidade das notas, o que deve ser feito ao longo do processo.
A Crítica de Rondônia
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ESCÂNDALO: Funasa em Rondônia é investigada


BRASÍLIA - Ao apontar corrupção e má gestão na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no início do mês, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, só tornou público o que órgãos de fiscalização vêm apontando há tempos.

De 2005 a 2008, o Tribunal de Contas (TCU) da União abriu 368 processos para apurar irregularidades e superfaturamento de preços em contratos da Funasa, controlada pelo PMDB do ministro Temporão. A média é de um processo a cada dois dias e meio, considerando-se os dias úteis. O TCU cobra a devolução de R$ 87,4 milhões aos cofres públicos, informa reportagem de Chico de Góis, Isabel Braga e Maria Lima publicada neste domingo no GLOBO.

Por causa da auditoria do TCU, comandada pelo ministro Marcos Bemquerer, a Funasa e sua relação com ONGs indígenas estão na mira de duas CPIs: a das ONGs e a da Subnutrição Indígena, criada para investigar o não-atendimento de aldeias em Mato Grosso do Sul onde houve óbitos de crianças indígenas por inanição. O relatório mostra que a Urihi Saúde Yanomami, entidade que deveria prestar assistência de saúde aos índios de Roraima, foi criada para receber recursos da Funasa: três convênios de R$ 33,8 milhões entre 2000 e 2004. Depois das denúncias de irregularidades, a Urihi suspendeu o atendimento e fechou as portas. O dinheiro nunca voltou. A ONG Coordenação da União dos Povos e Nações Indígenas de Rondônia, Norte de Mato Grosso do Sul e Amazonas (Cunpir), apesar de ser associação cultural, foi contratada para tratar da saúde dos índios e recebeu mais de R$ 11 milhões por isso.

Atacado pelo PMDB, Temporão recuou: sua assessoria informou que suas denúncias se referem a gestões passadas, e que foram baseadas em relatórios da CGU e do TCU. Segundo a assessoria, uma das providências que estão sendo tomadas é o atendimento à antiga reivindicação dos indígenas de retirar da Funasa e passar para a administração direta os programas de saúde indígena.

Procurador aponta irregularidades graves

O procurador-adjunto do Ministério Público no TCU, Marinus Marsico, concluiu esta semana relatório no qual aponta irregularidades na contratação, pela Funasa, da empresa Digilab para a criação de um canal corporativo com oito horas de programação diária. Ele diz que o escândalo da TV Funasa é emblemático, e mostra o absurdo em que se transformou o mau uso dos recursos públicos no órgão. O procurador diz que as irregularidades são graves e propõe a condenação da empresa e a responsabilização do ex-presidente da Funasa Paulo Lustosa, e de técnicos e diretores do órgão em sua gestão.

Marsico propõe, além da devolução R$ 14,7 milhões, que Lustosa e seus auxiliares sejam considerados inabilitados para o exercício de cargo em confiança na administração federal.
Lustosa disse ser um erro chamar de TV, porque se trata de um sistema multimídia para a realização de teleconferências e treinamentos à distância e que geraria economia de 40% a 60%. E que a acusação contra ele era que não tinha atendido às recomendações do auditor da Funasa, mas que esse parecer só veio quatro meses depois que o sistema estava implantado e duas parcelas já tinham sido pagas.

A Digilab contestou, por meio de seu advogado, as afirmações do procurador. Disse que há 11 volumes de notas fiscais, que comprovariam a realização do serviço, e que não foram consideradas. Segundo o advogado da empresa, o próprio Marsico havia reconhecido a validade das notas fiscais. Mas o procurador diz que não há um parecer conclusivo sobre a veracidade das notas, o que deve ser feito ao longo do processo.
A Crítica de Rondônia
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Ai, que saudades da União Soviética!



Líderes de partidos comunistas de 66 países se reuniram em São Paulo para discutir formas de voltar ao poder, fortalecendo-se a partir da crise no capitalismo

Encontro em São Paulo reuniu 75 partidos: a luta de classes de Marx e a antiga União Soviética ainda estão mais do que vivas para os camaradas.SÃO PAULO - Quase 20 anos após a queda do Muro de Berlim e sem o farol da União Soviética, um velho inimigo do capitalismo planeja sair das tumbas e liderar uma revolução do proletariado em todo o mundo: o movimento comunista internacional. Embalados pela crise que afetou os mercados mundiais e pela maré do populismo que vem crescendo consideravelmente na América Latina, dirigentes de 66 países se reuniram neste final de semana no Novo Hotel Jaraguá, em São Paulo, para traçar as estratégias que os levarão a dominar o mundo e fazer a redenção da classe trabalhadora.

Em plena era da globalização e numa quase caricatura do passado – quando organizavam greves e passeatas que chegavam a paralisar países, principalmente na Europa – os comunistas de hoje, alguns deles de cabelo grisalho e cavanhaque ao estilo Lênin, cabem numa sala fechada, mas garantem: não mudaram de lado.

Eles sentem saudades da União Soviética, extinta em 1991, e cuja ideologia foi praticamente massacrada pela força 'imperialista' dos Estados Unidos. E idolatram Cuba, Venezuela e Bolívia, governos de raízes revolucionárias.

O grupo ainda cultua a foice e o martelo – símbolo do proletariado industrial e do campesinato, respectivamente – Karl Marx, autor do "Manifesto Comunista", considerado a 'Bíblia do movimento'; Léon Trotski, líder da revolução na União Soviética, junto com Lênin; e, claro, a luta de classes, uma denominação de Marx e Friedrich (outro ideólogo do comunismo) que explica o conflito de interesses entre a burguesia e o proletariado.

Apesar de o conceito de proletariado ter mudado nos últimos anos, um dos partidos de esquerda mais representativos da Espanha, o Partido Comunista de los Pueblos de España (PCPE), é radical na defesa da bandeira histórica.

A sigla defende manifestações mundiais em duas datas: o 1º de maio (dia do trabalho) e 7 de novembro (início da Revolução Russa). "Faríamos uma reflexão sobre os homens que levaram à dissolvição de um governo que serviu à classe trabalhadora", declarou o secretário do partido, Quim Boix Lluch.

Outro órfão do regime soviético, Gustavo Iturralde, do Partido Comunista do Equador, lembrou que a tese "do fim da história" – lançada pelo cientista político Francis Fukuyama para explicar o triunfo do capitalismo, ainda que tardia –, foi uma "balela". "A foice e o martelo permanecem como força da classe operária. O fim da União Soviética foi um revés, que nunca acreditamos que seria definitivo", pregou o dirigente. "Hoje a história nos dá razão e cabe a nós resgatar a chama do comunismo", conclamou Iturralde, cujo partido não possui cadeira no parlamento espanhol.

O representante do Partido Comunista da Bolívia, Marcos Domich, acrescentou: não se considera mais a religião o "ópio do povo". Todavia, a herança marxista-leninista é eterna. "A luta de classes, defendida por Marx e Lênin, é o centro de nossa concepção política. Vamos até o fim com ela", declarou Domich.

Musa da esquerda brasileira, a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), ressaltou: "o capitalismo mostrou a que veio". "Na hora da crise, quem paga a conta são trabalhadores", declarou a deputada ao enaltecer o modelo socialista para o mundo.

Única voz – Outros dois partidos europeus de muita força política até os anos 90, o Partido Comunista Francês (PCF) e o Partido dos Comunistas Italianos (PCI), amargam o ostracismo político. Agora, o PC francês, que teve o escritor Jean Paul Sartre (1905-1980) como simpatizante, aposta no agravamento da crise mundial para que o trabalhador europeu volte a apoiar os comunistas. "O comunismo é a única voz do trabalhador assalariado", sentenciou o representante do partido no Brasil, Jean-Pierre Penau.

O representante italiano, Andrea Genovali, reconheceu que a luta de classes, do ponto de vista histórico, ficou embaraçada. No caso da Itália, segundo Genovali, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de direita, isolou a esquerda e, com isso, a força política que os camaradas representavam no passado desapareceu. "Antes da luta de classes, há uma guerra pela hegemonia da direita, que se dá na política e na cultura, que precisamos combater", declarou Genovali.

Sergio Kapustan


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Ai, que saudades da União Soviética!



Líderes de partidos comunistas de 66 países se reuniram em São Paulo para discutir formas de voltar ao poder, fortalecendo-se a partir da crise no capitalismo

Encontro em São Paulo reuniu 75 partidos: a luta de classes de Marx e a antiga União Soviética ainda estão mais do que vivas para os camaradas.SÃO PAULO - Quase 20 anos após a queda do Muro de Berlim e sem o farol da União Soviética, um velho inimigo do capitalismo planeja sair das tumbas e liderar uma revolução do proletariado em todo o mundo: o movimento comunista internacional. Embalados pela crise que afetou os mercados mundiais e pela maré do populismo que vem crescendo consideravelmente na América Latina, dirigentes de 66 países se reuniram neste final de semana no Novo Hotel Jaraguá, em São Paulo, para traçar as estratégias que os levarão a dominar o mundo e fazer a redenção da classe trabalhadora.

Em plena era da globalização e numa quase caricatura do passado – quando organizavam greves e passeatas que chegavam a paralisar países, principalmente na Europa – os comunistas de hoje, alguns deles de cabelo grisalho e cavanhaque ao estilo Lênin, cabem numa sala fechada, mas garantem: não mudaram de lado.

Eles sentem saudades da União Soviética, extinta em 1991, e cuja ideologia foi praticamente massacrada pela força 'imperialista' dos Estados Unidos. E idolatram Cuba, Venezuela e Bolívia, governos de raízes revolucionárias.

O grupo ainda cultua a foice e o martelo – símbolo do proletariado industrial e do campesinato, respectivamente – Karl Marx, autor do "Manifesto Comunista", considerado a 'Bíblia do movimento'; Léon Trotski, líder da revolução na União Soviética, junto com Lênin; e, claro, a luta de classes, uma denominação de Marx e Friedrich (outro ideólogo do comunismo) que explica o conflito de interesses entre a burguesia e o proletariado.

Apesar de o conceito de proletariado ter mudado nos últimos anos, um dos partidos de esquerda mais representativos da Espanha, o Partido Comunista de los Pueblos de España (PCPE), é radical na defesa da bandeira histórica.

A sigla defende manifestações mundiais em duas datas: o 1º de maio (dia do trabalho) e 7 de novembro (início da Revolução Russa). "Faríamos uma reflexão sobre os homens que levaram à dissolvição de um governo que serviu à classe trabalhadora", declarou o secretário do partido, Quim Boix Lluch.

Outro órfão do regime soviético, Gustavo Iturralde, do Partido Comunista do Equador, lembrou que a tese "do fim da história" – lançada pelo cientista político Francis Fukuyama para explicar o triunfo do capitalismo, ainda que tardia –, foi uma "balela". "A foice e o martelo permanecem como força da classe operária. O fim da União Soviética foi um revés, que nunca acreditamos que seria definitivo", pregou o dirigente. "Hoje a história nos dá razão e cabe a nós resgatar a chama do comunismo", conclamou Iturralde, cujo partido não possui cadeira no parlamento espanhol.

O representante do Partido Comunista da Bolívia, Marcos Domich, acrescentou: não se considera mais a religião o "ópio do povo". Todavia, a herança marxista-leninista é eterna. "A luta de classes, defendida por Marx e Lênin, é o centro de nossa concepção política. Vamos até o fim com ela", declarou Domich.

Musa da esquerda brasileira, a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), ressaltou: "o capitalismo mostrou a que veio". "Na hora da crise, quem paga a conta são trabalhadores", declarou a deputada ao enaltecer o modelo socialista para o mundo.

Única voz – Outros dois partidos europeus de muita força política até os anos 90, o Partido Comunista Francês (PCF) e o Partido dos Comunistas Italianos (PCI), amargam o ostracismo político. Agora, o PC francês, que teve o escritor Jean Paul Sartre (1905-1980) como simpatizante, aposta no agravamento da crise mundial para que o trabalhador europeu volte a apoiar os comunistas. "O comunismo é a única voz do trabalhador assalariado", sentenciou o representante do partido no Brasil, Jean-Pierre Penau.

O representante italiano, Andrea Genovali, reconheceu que a luta de classes, do ponto de vista histórico, ficou embaraçada. No caso da Itália, segundo Genovali, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de direita, isolou a esquerda e, com isso, a força política que os camaradas representavam no passado desapareceu. "Antes da luta de classes, há uma guerra pela hegemonia da direita, que se dá na política e na cultura, que precisamos combater", declarou Genovali.

Sergio Kapustan


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Ai, que saudades da União Soviética!



Líderes de partidos comunistas de 66 países se reuniram em São Paulo para discutir formas de voltar ao poder, fortalecendo-se a partir da crise no capitalismo

Encontro em São Paulo reuniu 75 partidos: a luta de classes de Marx e a antiga União Soviética ainda estão mais do que vivas para os camaradas.SÃO PAULO - Quase 20 anos após a queda do Muro de Berlim e sem o farol da União Soviética, um velho inimigo do capitalismo planeja sair das tumbas e liderar uma revolução do proletariado em todo o mundo: o movimento comunista internacional. Embalados pela crise que afetou os mercados mundiais e pela maré do populismo que vem crescendo consideravelmente na América Latina, dirigentes de 66 países se reuniram neste final de semana no Novo Hotel Jaraguá, em São Paulo, para traçar as estratégias que os levarão a dominar o mundo e fazer a redenção da classe trabalhadora.

Em plena era da globalização e numa quase caricatura do passado – quando organizavam greves e passeatas que chegavam a paralisar países, principalmente na Europa – os comunistas de hoje, alguns deles de cabelo grisalho e cavanhaque ao estilo Lênin, cabem numa sala fechada, mas garantem: não mudaram de lado.

Eles sentem saudades da União Soviética, extinta em 1991, e cuja ideologia foi praticamente massacrada pela força 'imperialista' dos Estados Unidos. E idolatram Cuba, Venezuela e Bolívia, governos de raízes revolucionárias.

O grupo ainda cultua a foice e o martelo – símbolo do proletariado industrial e do campesinato, respectivamente – Karl Marx, autor do "Manifesto Comunista", considerado a 'Bíblia do movimento'; Léon Trotski, líder da revolução na União Soviética, junto com Lênin; e, claro, a luta de classes, uma denominação de Marx e Friedrich (outro ideólogo do comunismo) que explica o conflito de interesses entre a burguesia e o proletariado.

Apesar de o conceito de proletariado ter mudado nos últimos anos, um dos partidos de esquerda mais representativos da Espanha, o Partido Comunista de los Pueblos de España (PCPE), é radical na defesa da bandeira histórica.

A sigla defende manifestações mundiais em duas datas: o 1º de maio (dia do trabalho) e 7 de novembro (início da Revolução Russa). "Faríamos uma reflexão sobre os homens que levaram à dissolvição de um governo que serviu à classe trabalhadora", declarou o secretário do partido, Quim Boix Lluch.

Outro órfão do regime soviético, Gustavo Iturralde, do Partido Comunista do Equador, lembrou que a tese "do fim da história" – lançada pelo cientista político Francis Fukuyama para explicar o triunfo do capitalismo, ainda que tardia –, foi uma "balela". "A foice e o martelo permanecem como força da classe operária. O fim da União Soviética foi um revés, que nunca acreditamos que seria definitivo", pregou o dirigente. "Hoje a história nos dá razão e cabe a nós resgatar a chama do comunismo", conclamou Iturralde, cujo partido não possui cadeira no parlamento espanhol.

O representante do Partido Comunista da Bolívia, Marcos Domich, acrescentou: não se considera mais a religião o "ópio do povo". Todavia, a herança marxista-leninista é eterna. "A luta de classes, defendida por Marx e Lênin, é o centro de nossa concepção política. Vamos até o fim com ela", declarou Domich.

Musa da esquerda brasileira, a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), ressaltou: "o capitalismo mostrou a que veio". "Na hora da crise, quem paga a conta são trabalhadores", declarou a deputada ao enaltecer o modelo socialista para o mundo.

Única voz – Outros dois partidos europeus de muita força política até os anos 90, o Partido Comunista Francês (PCF) e o Partido dos Comunistas Italianos (PCI), amargam o ostracismo político. Agora, o PC francês, que teve o escritor Jean Paul Sartre (1905-1980) como simpatizante, aposta no agravamento da crise mundial para que o trabalhador europeu volte a apoiar os comunistas. "O comunismo é a única voz do trabalhador assalariado", sentenciou o representante do partido no Brasil, Jean-Pierre Penau.

O representante italiano, Andrea Genovali, reconheceu que a luta de classes, do ponto de vista histórico, ficou embaraçada. No caso da Itália, segundo Genovali, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de direita, isolou a esquerda e, com isso, a força política que os camaradas representavam no passado desapareceu. "Antes da luta de classes, há uma guerra pela hegemonia da direita, que se dá na política e na cultura, que precisamos combater", declarou Genovali.

Sergio Kapustan


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Ai, que saudades da União Soviética!



Líderes de partidos comunistas de 66 países se reuniram em São Paulo para discutir formas de voltar ao poder, fortalecendo-se a partir da crise no capitalismo

Encontro em São Paulo reuniu 75 partidos: a luta de classes de Marx e a antiga União Soviética ainda estão mais do que vivas para os camaradas.SÃO PAULO - Quase 20 anos após a queda do Muro de Berlim e sem o farol da União Soviética, um velho inimigo do capitalismo planeja sair das tumbas e liderar uma revolução do proletariado em todo o mundo: o movimento comunista internacional. Embalados pela crise que afetou os mercados mundiais e pela maré do populismo que vem crescendo consideravelmente na América Latina, dirigentes de 66 países se reuniram neste final de semana no Novo Hotel Jaraguá, em São Paulo, para traçar as estratégias que os levarão a dominar o mundo e fazer a redenção da classe trabalhadora.

Em plena era da globalização e numa quase caricatura do passado – quando organizavam greves e passeatas que chegavam a paralisar países, principalmente na Europa – os comunistas de hoje, alguns deles de cabelo grisalho e cavanhaque ao estilo Lênin, cabem numa sala fechada, mas garantem: não mudaram de lado.

Eles sentem saudades da União Soviética, extinta em 1991, e cuja ideologia foi praticamente massacrada pela força 'imperialista' dos Estados Unidos. E idolatram Cuba, Venezuela e Bolívia, governos de raízes revolucionárias.

O grupo ainda cultua a foice e o martelo – símbolo do proletariado industrial e do campesinato, respectivamente – Karl Marx, autor do "Manifesto Comunista", considerado a 'Bíblia do movimento'; Léon Trotski, líder da revolução na União Soviética, junto com Lênin; e, claro, a luta de classes, uma denominação de Marx e Friedrich (outro ideólogo do comunismo) que explica o conflito de interesses entre a burguesia e o proletariado.

Apesar de o conceito de proletariado ter mudado nos últimos anos, um dos partidos de esquerda mais representativos da Espanha, o Partido Comunista de los Pueblos de España (PCPE), é radical na defesa da bandeira histórica.

A sigla defende manifestações mundiais em duas datas: o 1º de maio (dia do trabalho) e 7 de novembro (início da Revolução Russa). "Faríamos uma reflexão sobre os homens que levaram à dissolvição de um governo que serviu à classe trabalhadora", declarou o secretário do partido, Quim Boix Lluch.

Outro órfão do regime soviético, Gustavo Iturralde, do Partido Comunista do Equador, lembrou que a tese "do fim da história" – lançada pelo cientista político Francis Fukuyama para explicar o triunfo do capitalismo, ainda que tardia –, foi uma "balela". "A foice e o martelo permanecem como força da classe operária. O fim da União Soviética foi um revés, que nunca acreditamos que seria definitivo", pregou o dirigente. "Hoje a história nos dá razão e cabe a nós resgatar a chama do comunismo", conclamou Iturralde, cujo partido não possui cadeira no parlamento espanhol.

O representante do Partido Comunista da Bolívia, Marcos Domich, acrescentou: não se considera mais a religião o "ópio do povo". Todavia, a herança marxista-leninista é eterna. "A luta de classes, defendida por Marx e Lênin, é o centro de nossa concepção política. Vamos até o fim com ela", declarou Domich.

Musa da esquerda brasileira, a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), ressaltou: "o capitalismo mostrou a que veio". "Na hora da crise, quem paga a conta são trabalhadores", declarou a deputada ao enaltecer o modelo socialista para o mundo.

Única voz – Outros dois partidos europeus de muita força política até os anos 90, o Partido Comunista Francês (PCF) e o Partido dos Comunistas Italianos (PCI), amargam o ostracismo político. Agora, o PC francês, que teve o escritor Jean Paul Sartre (1905-1980) como simpatizante, aposta no agravamento da crise mundial para que o trabalhador europeu volte a apoiar os comunistas. "O comunismo é a única voz do trabalhador assalariado", sentenciou o representante do partido no Brasil, Jean-Pierre Penau.

O representante italiano, Andrea Genovali, reconheceu que a luta de classes, do ponto de vista histórico, ficou embaraçada. No caso da Itália, segundo Genovali, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de direita, isolou a esquerda e, com isso, a força política que os camaradas representavam no passado desapareceu. "Antes da luta de classes, há uma guerra pela hegemonia da direita, que se dá na política e na cultura, que precisamos combater", declarou Genovali.

Sergio Kapustan


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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

STF retomará o julgamento da Raposa Serra do Sol



Atualizando: a assessoria do STF adiou para o dia 10 de dezembro
O STF marcou para o dia 26 de novembro a retomada do julgamento sobre a homologação da reserva Raposa Serra do Sol.

De acordo com a assessoria de imprensa do STF, o ministro Menezes Direito, que havia pedido vista da ação, já liberou o processo para julgamento.

O julgamento será retomado na quarta-feira, dia 26, às 9 horas.

A sessão provavelmente tomará o dia todo, até que se conclua a análise da ação. Isso se o julgamento não for novamente interrompido por outro pedido de vista do processo.

Será que agora vai?

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STF retomará o julgamento da Raposa Serra do Sol



Atualizando: a assessoria do STF adiou para o dia 10 de dezembro
O STF marcou para o dia 26 de novembro a retomada do julgamento sobre a homologação da reserva Raposa Serra do Sol.

De acordo com a assessoria de imprensa do STF, o ministro Menezes Direito, que havia pedido vista da ação, já liberou o processo para julgamento.

O julgamento será retomado na quarta-feira, dia 26, às 9 horas.

A sessão provavelmente tomará o dia todo, até que se conclua a análise da ação. Isso se o julgamento não for novamente interrompido por outro pedido de vista do processo.

Será que agora vai?

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STF retomará o julgamento da Raposa Serra do Sol



Atualizando: a assessoria do STF adiou para o dia 10 de dezembro
O STF marcou para o dia 26 de novembro a retomada do julgamento sobre a homologação da reserva Raposa Serra do Sol.

De acordo com a assessoria de imprensa do STF, o ministro Menezes Direito, que havia pedido vista da ação, já liberou o processo para julgamento.

O julgamento será retomado na quarta-feira, dia 26, às 9 horas.

A sessão provavelmente tomará o dia todo, até que se conclua a análise da ação. Isso se o julgamento não for novamente interrompido por outro pedido de vista do processo.

Será que agora vai?

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STF retomará o julgamento da Raposa Serra do Sol



Atualizando: a assessoria do STF adiou para o dia 10 de dezembro
O STF marcou para o dia 26 de novembro a retomada do julgamento sobre a homologação da reserva Raposa Serra do Sol.

De acordo com a assessoria de imprensa do STF, o ministro Menezes Direito, que havia pedido vista da ação, já liberou o processo para julgamento.

O julgamento será retomado na quarta-feira, dia 26, às 9 horas.

A sessão provavelmente tomará o dia todo, até que se conclua a análise da ação. Isso se o julgamento não for novamente interrompido por outro pedido de vista do processo.

Será que agora vai?

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PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes

PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes
Acabo de saber de uma história que me convenceu que o governo Lula transformou a Polícia Federal numa Gestapo. Descontrolada e biruta. A fonte é de primeira. Todos sabem que dias atrás a PF fez uma busca e apreensão na residência do polêmico delegado Protógenes Queiroz. Chegaram vestidos de ninja, colete a prova de balas, pistolas Glock com oito pentes de bala sobressalentes. A horda de homens-da-lei invadiu a residência e, ato contínuo, um desses heróicos e preparados ninjas apontou um fuzil engatilhado na cabeça do filho do delegado, um guri de oito anos. Isso mesmo, rendeu uma criança de oito anos, como se fosse perigoso integrante do Comando Vermelho prestes a reagir ao flagrante. A fonte acredita que teria sido um fuzil R-15, desses que espalha os miolos dos inimigos para tudo que é lado. A criança está traumatizada. Protógenes avisou aos amigos que vai aguardar a chance de dar o troco. Não me interessa se esse delegado é maluco, se é falastrão, paranóico, culpado ou inocente seja lá do que for. O que interessa é que nossa Polícia Federal perdeu por completo o rumo. Virou uma Gestapo biruta
Hugo Studart

Outro abuso da Gestapo federal
Na mesma operação que dias atrás a PF apontou um fuzil para a cabeça do filho de oito anos de Protógenes Queiroz (leia nota acima) os federais fizeram busca e apreensão nos computadores usados pelo chefe de Operações da Abin, Délio Brown. Isso porque Brown ajudou o delegado Protógenes na Operação Satiagraha, a mando do diretor-geral Paulo Lacerda. Entraram na Abin com o mandado de um juiz de primeira instância de São Paulo e levaram os computadores. Os arapongas, hoje uns burocratas paspalhões, ficaram atônitos e sem reação. Levaram até um automóvel que não estava na ordem do juiz. Em paralelo, outro grupo, vestido de ninja, armados até os dentes e com coletes a prova de bala, invadiram a residência de Brown para fazer outra busca e apreensão. Levaram o de sua filha adolescente. Vasculharam as roupas íntimas da menina. A garota ficou em pânico; sequer sabia que o pai trabalha na Abin (ele sempre disse que trabalhava na Presidência, o que é meia-verdade). Então partiram para cima da mulher de Brown. Ela é médica. Tem um lap-top onde guarda o prontuário dos pacientes. Diante daqueles ninjas implacáveis, ela não ofereceu qualquer resistência. Mas explicou que era médica, mostrou o CRM, disse que o prontuário dos pacientes estava no computador e pediu para que lhe deixassem fazer a cópia dos prontuários. "Pôrra nenhuma, me dá logo isso aqui!", decretou um heróico e corajoso federal. Se agiram assim diante de uma senhora diante da filha, uma médica, imagino que sejam implacáveis diante da quadrilha do Fernandinho Beira-Mar. Em tempo: foi essa mesma turma de heróis que estava na Raposa Serra do Sol. Quando nossos "intocáveis" se viu cercada por índios armados de facões e bordunas, fugiu. Escafedeu-se. Ficou em pânico diante de uma ameaça real.
Hugo Studart

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PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes

PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes
Acabo de saber de uma história que me convenceu que o governo Lula transformou a Polícia Federal numa Gestapo. Descontrolada e biruta. A fonte é de primeira. Todos sabem que dias atrás a PF fez uma busca e apreensão na residência do polêmico delegado Protógenes Queiroz. Chegaram vestidos de ninja, colete a prova de balas, pistolas Glock com oito pentes de bala sobressalentes. A horda de homens-da-lei invadiu a residência e, ato contínuo, um desses heróicos e preparados ninjas apontou um fuzil engatilhado na cabeça do filho do delegado, um guri de oito anos. Isso mesmo, rendeu uma criança de oito anos, como se fosse perigoso integrante do Comando Vermelho prestes a reagir ao flagrante. A fonte acredita que teria sido um fuzil R-15, desses que espalha os miolos dos inimigos para tudo que é lado. A criança está traumatizada. Protógenes avisou aos amigos que vai aguardar a chance de dar o troco. Não me interessa se esse delegado é maluco, se é falastrão, paranóico, culpado ou inocente seja lá do que for. O que interessa é que nossa Polícia Federal perdeu por completo o rumo. Virou uma Gestapo biruta
Hugo Studart

Outro abuso da Gestapo federal
Na mesma operação que dias atrás a PF apontou um fuzil para a cabeça do filho de oito anos de Protógenes Queiroz (leia nota acima) os federais fizeram busca e apreensão nos computadores usados pelo chefe de Operações da Abin, Délio Brown. Isso porque Brown ajudou o delegado Protógenes na Operação Satiagraha, a mando do diretor-geral Paulo Lacerda. Entraram na Abin com o mandado de um juiz de primeira instância de São Paulo e levaram os computadores. Os arapongas, hoje uns burocratas paspalhões, ficaram atônitos e sem reação. Levaram até um automóvel que não estava na ordem do juiz. Em paralelo, outro grupo, vestido de ninja, armados até os dentes e com coletes a prova de bala, invadiram a residência de Brown para fazer outra busca e apreensão. Levaram o de sua filha adolescente. Vasculharam as roupas íntimas da menina. A garota ficou em pânico; sequer sabia que o pai trabalha na Abin (ele sempre disse que trabalhava na Presidência, o que é meia-verdade). Então partiram para cima da mulher de Brown. Ela é médica. Tem um lap-top onde guarda o prontuário dos pacientes. Diante daqueles ninjas implacáveis, ela não ofereceu qualquer resistência. Mas explicou que era médica, mostrou o CRM, disse que o prontuário dos pacientes estava no computador e pediu para que lhe deixassem fazer a cópia dos prontuários. "Pôrra nenhuma, me dá logo isso aqui!", decretou um heróico e corajoso federal. Se agiram assim diante de uma senhora diante da filha, uma médica, imagino que sejam implacáveis diante da quadrilha do Fernandinho Beira-Mar. Em tempo: foi essa mesma turma de heróis que estava na Raposa Serra do Sol. Quando nossos "intocáveis" se viu cercada por índios armados de facões e bordunas, fugiu. Escafedeu-se. Ficou em pânico diante de uma ameaça real.
Hugo Studart

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PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes

PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes
Acabo de saber de uma história que me convenceu que o governo Lula transformou a Polícia Federal numa Gestapo. Descontrolada e biruta. A fonte é de primeira. Todos sabem que dias atrás a PF fez uma busca e apreensão na residência do polêmico delegado Protógenes Queiroz. Chegaram vestidos de ninja, colete a prova de balas, pistolas Glock com oito pentes de bala sobressalentes. A horda de homens-da-lei invadiu a residência e, ato contínuo, um desses heróicos e preparados ninjas apontou um fuzil engatilhado na cabeça do filho do delegado, um guri de oito anos. Isso mesmo, rendeu uma criança de oito anos, como se fosse perigoso integrante do Comando Vermelho prestes a reagir ao flagrante. A fonte acredita que teria sido um fuzil R-15, desses que espalha os miolos dos inimigos para tudo que é lado. A criança está traumatizada. Protógenes avisou aos amigos que vai aguardar a chance de dar o troco. Não me interessa se esse delegado é maluco, se é falastrão, paranóico, culpado ou inocente seja lá do que for. O que interessa é que nossa Polícia Federal perdeu por completo o rumo. Virou uma Gestapo biruta
Hugo Studart

Outro abuso da Gestapo federal
Na mesma operação que dias atrás a PF apontou um fuzil para a cabeça do filho de oito anos de Protógenes Queiroz (leia nota acima) os federais fizeram busca e apreensão nos computadores usados pelo chefe de Operações da Abin, Délio Brown. Isso porque Brown ajudou o delegado Protógenes na Operação Satiagraha, a mando do diretor-geral Paulo Lacerda. Entraram na Abin com o mandado de um juiz de primeira instância de São Paulo e levaram os computadores. Os arapongas, hoje uns burocratas paspalhões, ficaram atônitos e sem reação. Levaram até um automóvel que não estava na ordem do juiz. Em paralelo, outro grupo, vestido de ninja, armados até os dentes e com coletes a prova de bala, invadiram a residência de Brown para fazer outra busca e apreensão. Levaram o de sua filha adolescente. Vasculharam as roupas íntimas da menina. A garota ficou em pânico; sequer sabia que o pai trabalha na Abin (ele sempre disse que trabalhava na Presidência, o que é meia-verdade). Então partiram para cima da mulher de Brown. Ela é médica. Tem um lap-top onde guarda o prontuário dos pacientes. Diante daqueles ninjas implacáveis, ela não ofereceu qualquer resistência. Mas explicou que era médica, mostrou o CRM, disse que o prontuário dos pacientes estava no computador e pediu para que lhe deixassem fazer a cópia dos prontuários. "Pôrra nenhuma, me dá logo isso aqui!", decretou um heróico e corajoso federal. Se agiram assim diante de uma senhora diante da filha, uma médica, imagino que sejam implacáveis diante da quadrilha do Fernandinho Beira-Mar. Em tempo: foi essa mesma turma de heróis que estava na Raposa Serra do Sol. Quando nossos "intocáveis" se viu cercada por índios armados de facões e bordunas, fugiu. Escafedeu-se. Ficou em pânico diante de uma ameaça real.
Hugo Studart

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PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes

PF aponta arma na cabeça do filho de Protógenes
Acabo de saber de uma história que me convenceu que o governo Lula transformou a Polícia Federal numa Gestapo. Descontrolada e biruta. A fonte é de primeira. Todos sabem que dias atrás a PF fez uma busca e apreensão na residência do polêmico delegado Protógenes Queiroz. Chegaram vestidos de ninja, colete a prova de balas, pistolas Glock com oito pentes de bala sobressalentes. A horda de homens-da-lei invadiu a residência e, ato contínuo, um desses heróicos e preparados ninjas apontou um fuzil engatilhado na cabeça do filho do delegado, um guri de oito anos. Isso mesmo, rendeu uma criança de oito anos, como se fosse perigoso integrante do Comando Vermelho prestes a reagir ao flagrante. A fonte acredita que teria sido um fuzil R-15, desses que espalha os miolos dos inimigos para tudo que é lado. A criança está traumatizada. Protógenes avisou aos amigos que vai aguardar a chance de dar o troco. Não me interessa se esse delegado é maluco, se é falastrão, paranóico, culpado ou inocente seja lá do que for. O que interessa é que nossa Polícia Federal perdeu por completo o rumo. Virou uma Gestapo biruta
Hugo Studart

Outro abuso da Gestapo federal
Na mesma operação que dias atrás a PF apontou um fuzil para a cabeça do filho de oito anos de Protógenes Queiroz (leia nota acima) os federais fizeram busca e apreensão nos computadores usados pelo chefe de Operações da Abin, Délio Brown. Isso porque Brown ajudou o delegado Protógenes na Operação Satiagraha, a mando do diretor-geral Paulo Lacerda. Entraram na Abin com o mandado de um juiz de primeira instância de São Paulo e levaram os computadores. Os arapongas, hoje uns burocratas paspalhões, ficaram atônitos e sem reação. Levaram até um automóvel que não estava na ordem do juiz. Em paralelo, outro grupo, vestido de ninja, armados até os dentes e com coletes a prova de bala, invadiram a residência de Brown para fazer outra busca e apreensão. Levaram o de sua filha adolescente. Vasculharam as roupas íntimas da menina. A garota ficou em pânico; sequer sabia que o pai trabalha na Abin (ele sempre disse que trabalhava na Presidência, o que é meia-verdade). Então partiram para cima da mulher de Brown. Ela é médica. Tem um lap-top onde guarda o prontuário dos pacientes. Diante daqueles ninjas implacáveis, ela não ofereceu qualquer resistência. Mas explicou que era médica, mostrou o CRM, disse que o prontuário dos pacientes estava no computador e pediu para que lhe deixassem fazer a cópia dos prontuários. "Pôrra nenhuma, me dá logo isso aqui!", decretou um heróico e corajoso federal. Se agiram assim diante de uma senhora diante da filha, uma médica, imagino que sejam implacáveis diante da quadrilha do Fernandinho Beira-Mar. Em tempo: foi essa mesma turma de heróis que estava na Raposa Serra do Sol. Quando nossos "intocáveis" se viu cercada por índios armados de facões e bordunas, fugiu. Escafedeu-se. Ficou em pânico diante de uma ameaça real.
Hugo Studart

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A mentira estratégica do Greenpeace




Em nota publicada em seu Informe, a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) afirma que são falsas as denúncias do Greenpeace sobre a contaminação por urânio na água potável de Caetité, na Bahia, onde a empresa explora o minério há mais de década.

Diz a nota que ‘as análises das águas de poços situados na região, feitas pelo Instituto de Gestão das Águas e do Clima – INGA (entidade do Governo do Estado da Bahia), comprovaram não haver nenhuma contaminação nos pontos onde o Greenpeace afirmou ter encontrado elevada concentração de urânio’. [1]

Em um único poço - cujas águas não foram analisadas pela ONG, e que fica a cerca de 10 km da mina - o INGA detectou teores ligeiramente mais elevados de urânio. Esses teores, no entanto, são 10 vezes inferiores aos limites estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. “Em todos os demais pontos de água subterrânea e superficial no entorno da empresa INB, as análises NÃO INDICARAM contaminação por urânio”, afirma o relatório do INGA, acrescentando que “a radioatividade presente na água pode vir da contaminação natural pela situação geológica da região”.

Os resultados das análises do Inga serão apresentados hoje, em Caetité, onde está sendo realizada uma audiência pública convocada pelo Ministério Público para discutir o assunto.

O importante aqui é vincular mais essa burla do Greenpeace e caterva às evidentes inquietações que o avanço do programa nuclear brasileiro tem causado a poderosos setores do Establishment anglo-americano. Hoje mesmo, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, reafirmou o propósito governamental de instalar até seis novas centrais nucleares no País (sem contar Angra 3) até 2030. Segundo ele, a intenção é colocar uma usina a cada cinco anos em funcionamento e explicou que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender a crescente demanda brasileira. e não haverá hidrelétricas suficientes, precisaremos de térmicas e, aqui no Brasil, nós só podemos construir térmicas a carvão ou nuclear”. [2]

Ao comentar que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio, Tolmasquim lembra que “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e o Brasil”.

Alguém ainda tem dúvidas sobre o objetivo estratégico embutido nessa solerte campanha do Greenpeace e caterva contra a exploração de urânio no Brasil?

Notas:[1]São falsas as denúncias do Greenpeace sobre contaminação na Bahia, Informe INB, 07/11/2008

[2]EPE estuda instalar 6 novas centrais nucleares no Brasil, Gazeta Mercantil, 07/11/2008

Nilder Costa


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A mentira estratégica do Greenpeace




Em nota publicada em seu Informe, a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) afirma que são falsas as denúncias do Greenpeace sobre a contaminação por urânio na água potável de Caetité, na Bahia, onde a empresa explora o minério há mais de década.

Diz a nota que ‘as análises das águas de poços situados na região, feitas pelo Instituto de Gestão das Águas e do Clima – INGA (entidade do Governo do Estado da Bahia), comprovaram não haver nenhuma contaminação nos pontos onde o Greenpeace afirmou ter encontrado elevada concentração de urânio’. [1]

Em um único poço - cujas águas não foram analisadas pela ONG, e que fica a cerca de 10 km da mina - o INGA detectou teores ligeiramente mais elevados de urânio. Esses teores, no entanto, são 10 vezes inferiores aos limites estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. “Em todos os demais pontos de água subterrânea e superficial no entorno da empresa INB, as análises NÃO INDICARAM contaminação por urânio”, afirma o relatório do INGA, acrescentando que “a radioatividade presente na água pode vir da contaminação natural pela situação geológica da região”.

Os resultados das análises do Inga serão apresentados hoje, em Caetité, onde está sendo realizada uma audiência pública convocada pelo Ministério Público para discutir o assunto.

O importante aqui é vincular mais essa burla do Greenpeace e caterva às evidentes inquietações que o avanço do programa nuclear brasileiro tem causado a poderosos setores do Establishment anglo-americano. Hoje mesmo, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, reafirmou o propósito governamental de instalar até seis novas centrais nucleares no País (sem contar Angra 3) até 2030. Segundo ele, a intenção é colocar uma usina a cada cinco anos em funcionamento e explicou que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender a crescente demanda brasileira. e não haverá hidrelétricas suficientes, precisaremos de térmicas e, aqui no Brasil, nós só podemos construir térmicas a carvão ou nuclear”. [2]

Ao comentar que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio, Tolmasquim lembra que “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e o Brasil”.

Alguém ainda tem dúvidas sobre o objetivo estratégico embutido nessa solerte campanha do Greenpeace e caterva contra a exploração de urânio no Brasil?

Notas:[1]São falsas as denúncias do Greenpeace sobre contaminação na Bahia, Informe INB, 07/11/2008

[2]EPE estuda instalar 6 novas centrais nucleares no Brasil, Gazeta Mercantil, 07/11/2008

Nilder Costa


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A mentira estratégica do Greenpeace




Em nota publicada em seu Informe, a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) afirma que são falsas as denúncias do Greenpeace sobre a contaminação por urânio na água potável de Caetité, na Bahia, onde a empresa explora o minério há mais de década.

Diz a nota que ‘as análises das águas de poços situados na região, feitas pelo Instituto de Gestão das Águas e do Clima – INGA (entidade do Governo do Estado da Bahia), comprovaram não haver nenhuma contaminação nos pontos onde o Greenpeace afirmou ter encontrado elevada concentração de urânio’. [1]

Em um único poço - cujas águas não foram analisadas pela ONG, e que fica a cerca de 10 km da mina - o INGA detectou teores ligeiramente mais elevados de urânio. Esses teores, no entanto, são 10 vezes inferiores aos limites estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. “Em todos os demais pontos de água subterrânea e superficial no entorno da empresa INB, as análises NÃO INDICARAM contaminação por urânio”, afirma o relatório do INGA, acrescentando que “a radioatividade presente na água pode vir da contaminação natural pela situação geológica da região”.

Os resultados das análises do Inga serão apresentados hoje, em Caetité, onde está sendo realizada uma audiência pública convocada pelo Ministério Público para discutir o assunto.

O importante aqui é vincular mais essa burla do Greenpeace e caterva às evidentes inquietações que o avanço do programa nuclear brasileiro tem causado a poderosos setores do Establishment anglo-americano. Hoje mesmo, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, reafirmou o propósito governamental de instalar até seis novas centrais nucleares no País (sem contar Angra 3) até 2030. Segundo ele, a intenção é colocar uma usina a cada cinco anos em funcionamento e explicou que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender a crescente demanda brasileira. e não haverá hidrelétricas suficientes, precisaremos de térmicas e, aqui no Brasil, nós só podemos construir térmicas a carvão ou nuclear”. [2]

Ao comentar que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio, Tolmasquim lembra que “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e o Brasil”.

Alguém ainda tem dúvidas sobre o objetivo estratégico embutido nessa solerte campanha do Greenpeace e caterva contra a exploração de urânio no Brasil?

Notas:[1]São falsas as denúncias do Greenpeace sobre contaminação na Bahia, Informe INB, 07/11/2008

[2]EPE estuda instalar 6 novas centrais nucleares no Brasil, Gazeta Mercantil, 07/11/2008

Nilder Costa


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A mentira estratégica do Greenpeace




Em nota publicada em seu Informe, a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) afirma que são falsas as denúncias do Greenpeace sobre a contaminação por urânio na água potável de Caetité, na Bahia, onde a empresa explora o minério há mais de década.

Diz a nota que ‘as análises das águas de poços situados na região, feitas pelo Instituto de Gestão das Águas e do Clima – INGA (entidade do Governo do Estado da Bahia), comprovaram não haver nenhuma contaminação nos pontos onde o Greenpeace afirmou ter encontrado elevada concentração de urânio’. [1]

Em um único poço - cujas águas não foram analisadas pela ONG, e que fica a cerca de 10 km da mina - o INGA detectou teores ligeiramente mais elevados de urânio. Esses teores, no entanto, são 10 vezes inferiores aos limites estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. “Em todos os demais pontos de água subterrânea e superficial no entorno da empresa INB, as análises NÃO INDICARAM contaminação por urânio”, afirma o relatório do INGA, acrescentando que “a radioatividade presente na água pode vir da contaminação natural pela situação geológica da região”.

Os resultados das análises do Inga serão apresentados hoje, em Caetité, onde está sendo realizada uma audiência pública convocada pelo Ministério Público para discutir o assunto.

O importante aqui é vincular mais essa burla do Greenpeace e caterva às evidentes inquietações que o avanço do programa nuclear brasileiro tem causado a poderosos setores do Establishment anglo-americano. Hoje mesmo, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, reafirmou o propósito governamental de instalar até seis novas centrais nucleares no País (sem contar Angra 3) até 2030. Segundo ele, a intenção é colocar uma usina a cada cinco anos em funcionamento e explicou que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender a crescente demanda brasileira. e não haverá hidrelétricas suficientes, precisaremos de térmicas e, aqui no Brasil, nós só podemos construir térmicas a carvão ou nuclear”. [2]

Ao comentar que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio, Tolmasquim lembra que “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e o Brasil”.

Alguém ainda tem dúvidas sobre o objetivo estratégico embutido nessa solerte campanha do Greenpeace e caterva contra a exploração de urânio no Brasil?

Notas:[1]São falsas as denúncias do Greenpeace sobre contaminação na Bahia, Informe INB, 07/11/2008

[2]EPE estuda instalar 6 novas centrais nucleares no Brasil, Gazeta Mercantil, 07/11/2008

Nilder Costa


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Índios denunciam ação ilegal de ONG francesa no Amazonas

Nesta quarta-feira (12), lideranças indígenas da etnia Sateré-Mawé vão protocolar denúncia no Ministério das Relações Exteriores e na direção geral da Funai (Fundação Nacional do Índio) contra a ONG francesa Guayapi Tropical. Os índios acusam a entidade de desvio de recursos adquiridos com a venda de guaraná produzido por 700 famílias da etnia Sateré-Mawé, nos municípios de Barreirinha, Maués e Parintins, no interior do Amazonas. De acordo com as lideranças brasileiras, a ONG deveria repassar um percentual sobre o valor total das vendas do produto na Europa às comunidades produtoras, entretanto, o recurso não estaria sendo transferido.

A denúncia contra a ONG francesa, sem sede no Brasil, foi feita pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e pelo CGTSM (Conselho Geral das Tribos Sateré-Mawé).

De acordo com Jecinaldo Barbosa, presidente da Coiab, os valores pagos pela Guayapi Tropical aos indígenas não eram justos. "Nós vendíamos o quilo do guaraná em pó a R$ 22. Eles estavam comercializando o produto a 35 euros (cerca de R$ 99) por cada 100 gramas. É um absurdo", afirma Jecinaldo. De acordo com o site da ONG, um pote com 170 gramas de guaraná em pó custa 42 euros (aproximadamente R$ 120). Pelo endereço eletrônico é possível comprar frascos com guaraná em pó e outras plantas típicas da Amazônia, como urucum e marapuama.

Jecinaldo quer a apuração dos supostos desvios e a expulsão dos representantes da ONG francesa do Brasil. Ele diz que os repasses que deixaram de ser feitos pela Guayapi Tropical seriam utilizados em projetos de educação e saúde indígena. "Nós estamos pedindo uma indenização e queremos que essas pessoas deixem o país o mais rápido possível. Eles estão ganhando dinheiro às nossas custas", afirmou o líder.

Parceria
O italiano Maurzio Fraboni é o articulador da Guayapi Tropical no Brasil e trabalha há 11 anos com os Sateré-Mawé. Ele nega as acusações feitas pela Coiab e pelo CGTM. "Nós não deixamos de fazer repasses e o preço que pagamos pelo guaraná é justo. É óbvio que os produtores recebem menos que o valor pelo qual o guaraná é vendido na Europa. Mas isso é o mercado", diz.

Derli Santos, presidente do CGTSM, contesta a versão de Fraboni e diz que obteve informações de que a Guayapi Tropical arrecadou fundos na Comunidade Européia em nome dos índios Sateré-Mawé que nunca foram revertidos às comunidades. "Eles conseguiram pelo menos uns 1,5 milhão de euros, mas não tem nada construído nas nossas aldeias. Nós nem temos sede própria", reclamou Derli.

Direitos autorais
Além da denúncia por desvio de recursos, os Sateré-Mawé também acusam a ONG francesa de publicar um livro com mitos religiosos da etnia sem autorização das lideranças indígenas. Além dos mitos, o livro contém fotos tiradas que, segundo os indígenas, também não foram autorizadas. "Isso fere o nosso conhecimento tradicional. Ninguém deu autorização para publicarem esse livro. Eles não podem difundir o nosso saber dessa forma", acusou Derli Santos.

Fraboni afirma que o livro é uma tradução de textos já publicados anteriormente por antropólogos e que, por isso, não há necessidade de autorizações prévias ou mesmo pagamento de direitos autorais. "São conhecimentos que já estão difundidos há muito tempo. Não existe motivo para pedir autorização", alega o italiano.

Para Jecinaldo Barbosa, que também é da etnia Sateré-Mawé, a utilização de conhecimentos tradicionais indígenas é uma antiga e poderosa estratégia de marketing. "Eles usam os nossos conhecimentos e as nossas imagens como marketing, e na Europa e nos Estados Unidos isso tem muito valor. Eles roubam nossos saberes para obter vantagens", dispara a liderança.

Denúncias
A Polícia Federal do Amazonas recebeu as denúncias feitas pelos líderes indígenas, mas segundo o próprio delegado executivo da PF, Geraldo Scarpelini, é difícil tipificar a conduta da ONG francesa como crime. "Com relação à diferença do preço do guaraná vendido pelos indígenas e comercializado na Europa, isso é uma questão de mercado. Basta eles aumentarem o preço da matéria-prima. Não é crime. Com relação ao livro, temos que ver se houve violação dos direitos autorais, do contrário, não temos o que fazer a respeito", afirma Scarpelini.

O delegado diz ainda que o caso será investigado pela Delinst (Delegacia de Defesa Institucional) e que a permanência de Maurízio Fraboni no país deverá ser investigada pela Delemig (Delegacia de Imigração). "Precisamos saber se este senhor está em situação legal em território brasileiro", afirma Scarpelini.

A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a direção da Guayapi Tropical, entretanto a ONG não dispõe de telefone no Brasil. Enviamos um e-mail solicitando informações a respeito das acusações, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos resposta.

Os Sateré-Mawé vivem na região do Alto Rio Amazonas, entre os municípios de Barreirinha, Parintins e Maués, e são os responsáveis pelo plantio do guaraná (Paulinia cupana) próximo às comunidades, o que possibilitou sua produção em larga escala - processo chamado de domesticação. A planta é utilizada comercialmente na fabricação de refrigerantes e como medicamento fitoterápico por suas propriedades estimulantes.
Leandro Prazeres
Especial para o UOL Notícias

Ainda é uma gota num oceano(de lama), mas finalmente os indígenas estão abrindo os olhos...

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Índios denunciam ação ilegal de ONG francesa no Amazonas

Nesta quarta-feira (12), lideranças indígenas da etnia Sateré-Mawé vão protocolar denúncia no Ministério das Relações Exteriores e na direção geral da Funai (Fundação Nacional do Índio) contra a ONG francesa Guayapi Tropical. Os índios acusam a entidade de desvio de recursos adquiridos com a venda de guaraná produzido por 700 famílias da etnia Sateré-Mawé, nos municípios de Barreirinha, Maués e Parintins, no interior do Amazonas. De acordo com as lideranças brasileiras, a ONG deveria repassar um percentual sobre o valor total das vendas do produto na Europa às comunidades produtoras, entretanto, o recurso não estaria sendo transferido.

A denúncia contra a ONG francesa, sem sede no Brasil, foi feita pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e pelo CGTSM (Conselho Geral das Tribos Sateré-Mawé).

De acordo com Jecinaldo Barbosa, presidente da Coiab, os valores pagos pela Guayapi Tropical aos indígenas não eram justos. "Nós vendíamos o quilo do guaraná em pó a R$ 22. Eles estavam comercializando o produto a 35 euros (cerca de R$ 99) por cada 100 gramas. É um absurdo", afirma Jecinaldo. De acordo com o site da ONG, um pote com 170 gramas de guaraná em pó custa 42 euros (aproximadamente R$ 120). Pelo endereço eletrônico é possível comprar frascos com guaraná em pó e outras plantas típicas da Amazônia, como urucum e marapuama.

Jecinaldo quer a apuração dos supostos desvios e a expulsão dos representantes da ONG francesa do Brasil. Ele diz que os repasses que deixaram de ser feitos pela Guayapi Tropical seriam utilizados em projetos de educação e saúde indígena. "Nós estamos pedindo uma indenização e queremos que essas pessoas deixem o país o mais rápido possível. Eles estão ganhando dinheiro às nossas custas", afirmou o líder.

Parceria
O italiano Maurzio Fraboni é o articulador da Guayapi Tropical no Brasil e trabalha há 11 anos com os Sateré-Mawé. Ele nega as acusações feitas pela Coiab e pelo CGTM. "Nós não deixamos de fazer repasses e o preço que pagamos pelo guaraná é justo. É óbvio que os produtores recebem menos que o valor pelo qual o guaraná é vendido na Europa. Mas isso é o mercado", diz.

Derli Santos, presidente do CGTSM, contesta a versão de Fraboni e diz que obteve informações de que a Guayapi Tropical arrecadou fundos na Comunidade Européia em nome dos índios Sateré-Mawé que nunca foram revertidos às comunidades. "Eles conseguiram pelo menos uns 1,5 milhão de euros, mas não tem nada construído nas nossas aldeias. Nós nem temos sede própria", reclamou Derli.

Direitos autorais
Além da denúncia por desvio de recursos, os Sateré-Mawé também acusam a ONG francesa de publicar um livro com mitos religiosos da etnia sem autorização das lideranças indígenas. Além dos mitos, o livro contém fotos tiradas que, segundo os indígenas, também não foram autorizadas. "Isso fere o nosso conhecimento tradicional. Ninguém deu autorização para publicarem esse livro. Eles não podem difundir o nosso saber dessa forma", acusou Derli Santos.

Fraboni afirma que o livro é uma tradução de textos já publicados anteriormente por antropólogos e que, por isso, não há necessidade de autorizações prévias ou mesmo pagamento de direitos autorais. "São conhecimentos que já estão difundidos há muito tempo. Não existe motivo para pedir autorização", alega o italiano.

Para Jecinaldo Barbosa, que também é da etnia Sateré-Mawé, a utilização de conhecimentos tradicionais indígenas é uma antiga e poderosa estratégia de marketing. "Eles usam os nossos conhecimentos e as nossas imagens como marketing, e na Europa e nos Estados Unidos isso tem muito valor. Eles roubam nossos saberes para obter vantagens", dispara a liderança.

Denúncias
A Polícia Federal do Amazonas recebeu as denúncias feitas pelos líderes indígenas, mas segundo o próprio delegado executivo da PF, Geraldo Scarpelini, é difícil tipificar a conduta da ONG francesa como crime. "Com relação à diferença do preço do guaraná vendido pelos indígenas e comercializado na Europa, isso é uma questão de mercado. Basta eles aumentarem o preço da matéria-prima. Não é crime. Com relação ao livro, temos que ver se houve violação dos direitos autorais, do contrário, não temos o que fazer a respeito", afirma Scarpelini.

O delegado diz ainda que o caso será investigado pela Delinst (Delegacia de Defesa Institucional) e que a permanência de Maurízio Fraboni no país deverá ser investigada pela Delemig (Delegacia de Imigração). "Precisamos saber se este senhor está em situação legal em território brasileiro", afirma Scarpelini.

A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a direção da Guayapi Tropical, entretanto a ONG não dispõe de telefone no Brasil. Enviamos um e-mail solicitando informações a respeito das acusações, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos resposta.

Os Sateré-Mawé vivem na região do Alto Rio Amazonas, entre os municípios de Barreirinha, Parintins e Maués, e são os responsáveis pelo plantio do guaraná (Paulinia cupana) próximo às comunidades, o que possibilitou sua produção em larga escala - processo chamado de domesticação. A planta é utilizada comercialmente na fabricação de refrigerantes e como medicamento fitoterápico por suas propriedades estimulantes.
Leandro Prazeres
Especial para o UOL Notícias

Ainda é uma gota num oceano(de lama), mas finalmente os indígenas estão abrindo os olhos...

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Índios denunciam ação ilegal de ONG francesa no Amazonas

Nesta quarta-feira (12), lideranças indígenas da etnia Sateré-Mawé vão protocolar denúncia no Ministério das Relações Exteriores e na direção geral da Funai (Fundação Nacional do Índio) contra a ONG francesa Guayapi Tropical. Os índios acusam a entidade de desvio de recursos adquiridos com a venda de guaraná produzido por 700 famílias da etnia Sateré-Mawé, nos municípios de Barreirinha, Maués e Parintins, no interior do Amazonas. De acordo com as lideranças brasileiras, a ONG deveria repassar um percentual sobre o valor total das vendas do produto na Europa às comunidades produtoras, entretanto, o recurso não estaria sendo transferido.

A denúncia contra a ONG francesa, sem sede no Brasil, foi feita pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e pelo CGTSM (Conselho Geral das Tribos Sateré-Mawé).

De acordo com Jecinaldo Barbosa, presidente da Coiab, os valores pagos pela Guayapi Tropical aos indígenas não eram justos. "Nós vendíamos o quilo do guaraná em pó a R$ 22. Eles estavam comercializando o produto a 35 euros (cerca de R$ 99) por cada 100 gramas. É um absurdo", afirma Jecinaldo. De acordo com o site da ONG, um pote com 170 gramas de guaraná em pó custa 42 euros (aproximadamente R$ 120). Pelo endereço eletrônico é possível comprar frascos com guaraná em pó e outras plantas típicas da Amazônia, como urucum e marapuama.

Jecinaldo quer a apuração dos supostos desvios e a expulsão dos representantes da ONG francesa do Brasil. Ele diz que os repasses que deixaram de ser feitos pela Guayapi Tropical seriam utilizados em projetos de educação e saúde indígena. "Nós estamos pedindo uma indenização e queremos que essas pessoas deixem o país o mais rápido possível. Eles estão ganhando dinheiro às nossas custas", afirmou o líder.

Parceria
O italiano Maurzio Fraboni é o articulador da Guayapi Tropical no Brasil e trabalha há 11 anos com os Sateré-Mawé. Ele nega as acusações feitas pela Coiab e pelo CGTM. "Nós não deixamos de fazer repasses e o preço que pagamos pelo guaraná é justo. É óbvio que os produtores recebem menos que o valor pelo qual o guaraná é vendido na Europa. Mas isso é o mercado", diz.

Derli Santos, presidente do CGTSM, contesta a versão de Fraboni e diz que obteve informações de que a Guayapi Tropical arrecadou fundos na Comunidade Européia em nome dos índios Sateré-Mawé que nunca foram revertidos às comunidades. "Eles conseguiram pelo menos uns 1,5 milhão de euros, mas não tem nada construído nas nossas aldeias. Nós nem temos sede própria", reclamou Derli.

Direitos autorais
Além da denúncia por desvio de recursos, os Sateré-Mawé também acusam a ONG francesa de publicar um livro com mitos religiosos da etnia sem autorização das lideranças indígenas. Além dos mitos, o livro contém fotos tiradas que, segundo os indígenas, também não foram autorizadas. "Isso fere o nosso conhecimento tradicional. Ninguém deu autorização para publicarem esse livro. Eles não podem difundir o nosso saber dessa forma", acusou Derli Santos.

Fraboni afirma que o livro é uma tradução de textos já publicados anteriormente por antropólogos e que, por isso, não há necessidade de autorizações prévias ou mesmo pagamento de direitos autorais. "São conhecimentos que já estão difundidos há muito tempo. Não existe motivo para pedir autorização", alega o italiano.

Para Jecinaldo Barbosa, que também é da etnia Sateré-Mawé, a utilização de conhecimentos tradicionais indígenas é uma antiga e poderosa estratégia de marketing. "Eles usam os nossos conhecimentos e as nossas imagens como marketing, e na Europa e nos Estados Unidos isso tem muito valor. Eles roubam nossos saberes para obter vantagens", dispara a liderança.

Denúncias
A Polícia Federal do Amazonas recebeu as denúncias feitas pelos líderes indígenas, mas segundo o próprio delegado executivo da PF, Geraldo Scarpelini, é difícil tipificar a conduta da ONG francesa como crime. "Com relação à diferença do preço do guaraná vendido pelos indígenas e comercializado na Europa, isso é uma questão de mercado. Basta eles aumentarem o preço da matéria-prima. Não é crime. Com relação ao livro, temos que ver se houve violação dos direitos autorais, do contrário, não temos o que fazer a respeito", afirma Scarpelini.

O delegado diz ainda que o caso será investigado pela Delinst (Delegacia de Defesa Institucional) e que a permanência de Maurízio Fraboni no país deverá ser investigada pela Delemig (Delegacia de Imigração). "Precisamos saber se este senhor está em situação legal em território brasileiro", afirma Scarpelini.

A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a direção da Guayapi Tropical, entretanto a ONG não dispõe de telefone no Brasil. Enviamos um e-mail solicitando informações a respeito das acusações, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos resposta.

Os Sateré-Mawé vivem na região do Alto Rio Amazonas, entre os municípios de Barreirinha, Parintins e Maués, e são os responsáveis pelo plantio do guaraná (Paulinia cupana) próximo às comunidades, o que possibilitou sua produção em larga escala - processo chamado de domesticação. A planta é utilizada comercialmente na fabricação de refrigerantes e como medicamento fitoterápico por suas propriedades estimulantes.
Leandro Prazeres
Especial para o UOL Notícias

Ainda é uma gota num oceano(de lama), mas finalmente os indígenas estão abrindo os olhos...

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Índios denunciam ação ilegal de ONG francesa no Amazonas

Nesta quarta-feira (12), lideranças indígenas da etnia Sateré-Mawé vão protocolar denúncia no Ministério das Relações Exteriores e na direção geral da Funai (Fundação Nacional do Índio) contra a ONG francesa Guayapi Tropical. Os índios acusam a entidade de desvio de recursos adquiridos com a venda de guaraná produzido por 700 famílias da etnia Sateré-Mawé, nos municípios de Barreirinha, Maués e Parintins, no interior do Amazonas. De acordo com as lideranças brasileiras, a ONG deveria repassar um percentual sobre o valor total das vendas do produto na Europa às comunidades produtoras, entretanto, o recurso não estaria sendo transferido.

A denúncia contra a ONG francesa, sem sede no Brasil, foi feita pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e pelo CGTSM (Conselho Geral das Tribos Sateré-Mawé).

De acordo com Jecinaldo Barbosa, presidente da Coiab, os valores pagos pela Guayapi Tropical aos indígenas não eram justos. "Nós vendíamos o quilo do guaraná em pó a R$ 22. Eles estavam comercializando o produto a 35 euros (cerca de R$ 99) por cada 100 gramas. É um absurdo", afirma Jecinaldo. De acordo com o site da ONG, um pote com 170 gramas de guaraná em pó custa 42 euros (aproximadamente R$ 120). Pelo endereço eletrônico é possível comprar frascos com guaraná em pó e outras plantas típicas da Amazônia, como urucum e marapuama.

Jecinaldo quer a apuração dos supostos desvios e a expulsão dos representantes da ONG francesa do Brasil. Ele diz que os repasses que deixaram de ser feitos pela Guayapi Tropical seriam utilizados em projetos de educação e saúde indígena. "Nós estamos pedindo uma indenização e queremos que essas pessoas deixem o país o mais rápido possível. Eles estão ganhando dinheiro às nossas custas", afirmou o líder.

Parceria
O italiano Maurzio Fraboni é o articulador da Guayapi Tropical no Brasil e trabalha há 11 anos com os Sateré-Mawé. Ele nega as acusações feitas pela Coiab e pelo CGTM. "Nós não deixamos de fazer repasses e o preço que pagamos pelo guaraná é justo. É óbvio que os produtores recebem menos que o valor pelo qual o guaraná é vendido na Europa. Mas isso é o mercado", diz.

Derli Santos, presidente do CGTSM, contesta a versão de Fraboni e diz que obteve informações de que a Guayapi Tropical arrecadou fundos na Comunidade Européia em nome dos índios Sateré-Mawé que nunca foram revertidos às comunidades. "Eles conseguiram pelo menos uns 1,5 milhão de euros, mas não tem nada construído nas nossas aldeias. Nós nem temos sede própria", reclamou Derli.

Direitos autorais
Além da denúncia por desvio de recursos, os Sateré-Mawé também acusam a ONG francesa de publicar um livro com mitos religiosos da etnia sem autorização das lideranças indígenas. Além dos mitos, o livro contém fotos tiradas que, segundo os indígenas, também não foram autorizadas. "Isso fere o nosso conhecimento tradicional. Ninguém deu autorização para publicarem esse livro. Eles não podem difundir o nosso saber dessa forma", acusou Derli Santos.

Fraboni afirma que o livro é uma tradução de textos já publicados anteriormente por antropólogos e que, por isso, não há necessidade de autorizações prévias ou mesmo pagamento de direitos autorais. "São conhecimentos que já estão difundidos há muito tempo. Não existe motivo para pedir autorização", alega o italiano.

Para Jecinaldo Barbosa, que também é da etnia Sateré-Mawé, a utilização de conhecimentos tradicionais indígenas é uma antiga e poderosa estratégia de marketing. "Eles usam os nossos conhecimentos e as nossas imagens como marketing, e na Europa e nos Estados Unidos isso tem muito valor. Eles roubam nossos saberes para obter vantagens", dispara a liderança.

Denúncias
A Polícia Federal do Amazonas recebeu as denúncias feitas pelos líderes indígenas, mas segundo o próprio delegado executivo da PF, Geraldo Scarpelini, é difícil tipificar a conduta da ONG francesa como crime. "Com relação à diferença do preço do guaraná vendido pelos indígenas e comercializado na Europa, isso é uma questão de mercado. Basta eles aumentarem o preço da matéria-prima. Não é crime. Com relação ao livro, temos que ver se houve violação dos direitos autorais, do contrário, não temos o que fazer a respeito", afirma Scarpelini.

O delegado diz ainda que o caso será investigado pela Delinst (Delegacia de Defesa Institucional) e que a permanência de Maurízio Fraboni no país deverá ser investigada pela Delemig (Delegacia de Imigração). "Precisamos saber se este senhor está em situação legal em território brasileiro", afirma Scarpelini.

A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a direção da Guayapi Tropical, entretanto a ONG não dispõe de telefone no Brasil. Enviamos um e-mail solicitando informações a respeito das acusações, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos resposta.

Os Sateré-Mawé vivem na região do Alto Rio Amazonas, entre os municípios de Barreirinha, Parintins e Maués, e são os responsáveis pelo plantio do guaraná (Paulinia cupana) próximo às comunidades, o que possibilitou sua produção em larga escala - processo chamado de domesticação. A planta é utilizada comercialmente na fabricação de refrigerantes e como medicamento fitoterápico por suas propriedades estimulantes.
Leandro Prazeres
Especial para o UOL Notícias

Ainda é uma gota num oceano(de lama), mas finalmente os indígenas estão abrindo os olhos...

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domingo, 16 de novembro de 2008

Anistia ? Agora é para as ONGs !

Garibaldi vai sugerir a Lula retirada de MP das filantrópicas

MP 446, que concedeu anistia geral às entidades filantrópicas, deve ter vida curta no Congresso.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse ontem que vai sugerir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que retire do Congresso a Medida Provisória 446, que muda as regras de concessão de certificados para as entidades filantrópicas e possibilita a anistia mesmo daquelas que tiveram as concessões negadas, ou seja, que estão em situação irregular. "Estou sugerindo ao governo que, diante do questionamento da MP pelas mais diversas vozes do Congresso e da sociedade, que peça de volta a medida para uma revisão", afirmou.

O senador ainda criou expectativa sobre o que poderá acontecer se o governo não pedir o texto de volta. "Se o governo não retirar, posso fazer outras coisas. Mas aí é o segundo capítulo", acrescentou criando suspense sobre o futuro.

Garibaldi informou que a MP está sendo examinada pelos técnicos e só depois disso é que será lida. A tramitação começa pela Câmara. O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) já pediu a Garibaldi que devolva a MP ao Planalto. O presidente do Senado ressaltou, contudo, que não pode fazer isso.

Paralisia na AGU – A MP que anistiou entidades com possíveis irregularidades em certificados de filantropia suspendeu também ações judiciais que o próprio governo preparava contra servidores acusados de fraude.

Por causa da MP 446, a Advocacia-Geral da União (AGU) terá de reavaliar as ações em estudo contra oito integrantes do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) suspeitos de participar da concessão de certificados irregulares, conforme foi revelado pelas investigações da Operação Fariseu, força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Federal.

Após a operação, vários órgãos do governo tiveram livre acesso aos documentos apreendidos e a escutas. Além da AGU, também a Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Previdência puderam analisá-los.

Após a verificação dos papéis, a AGU finalizou, em maio, parecer no qual informava que, com base no compartilhamento das provas da operação, estudava ingressar com ações por improbidade administrativa (má gestão de recursos públicos) contra integrantes do conselho. A manifestação chegou ao Ministério Público em julho.

Sem aviso - Procurada ontem, A AGU enfatizou não ter sido chamada a opinar sobre a medida provisória antes de sua publicação. "Como a MP foi publicada nesta semana, e sem conhecimento prévio da AGU, neste momento ela está sendo analisada e ainda não sabemos se há choques", concluiu André Luiz de Almeida Mendonça, adjunto do procurador-geral da União, José Antonio Toffoli. As ações agora serão reavaliadas, explica.

"Os órgãos do governo estão cientes do que ocorreu, a própria AGU já concluiu que oito conselheiros praticaram ato de improbidade administrativa. Por isto é incompreensível esta MP neste momento", afirma o procurador da República, Pedro Machado, integrante da força-tarefa, que dá continuidade às investigações.

Irregularidades – A procuradoria estuda ingressar com ação contra a medida provisória. Em setembro deste ano, a procuradoria denunciou sete pessoas por irregularidades na concessão de certificados de filantropia, entre elas um ex-presidente do conselho e três ex-conselheiros.

Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que entidades consideradas "ineptas" e sem condições de executar convênios receberam mais da metade – 54,5% – das verbas federais destinadas ao chamado terceiro setor.

Na primeira audiência pública realizada na comissão, o procurador do TCU, Lucas Furtado, informou que chega a R$ 12 bilhões o total de recursos liberados para entidades que não prestaram contas ou que não foram auditadas pelo governo.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai requerer à Polícia Federal cópia do inquérito relativo à Operação Fariseu, da PF, que durante quatro anos investigou um esquema de pagamento de propinas e de concessão fraudulenta de certificados de filantropia. Dias diz acreditar que um exame aprofundando deve mostrar a ligação de filantrópicas favorecidas pela MP com "integrantes do alto escalão do governo".

Instalada em outubro de 2007, a CPI das ONGs em nenhum momento conseguiu atender o objetivo que justificou sua criação: o de investigar desvios de dinheiro público envolvendo entidades sem fins lucrativos.
Diário do Comércio

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