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O BERRO da Formiga !

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Veja como você pode – e deve – mobilizar-se contra o PNDH-3



Os inimigos do Brasil querem que você se omita

Mostre-lhes que eles estão enganados e que você está alerta


“Presente de Natal do Presidente Lula (novo Herodes) ao povo brasileiro”!


É com essa duríssima evocaçãode Herodes, responsável pelo massacre dos Santos Inocentes, que o Presidente Lula foi qualificado pela Comissão em Defesa da Vida da Regional Sul 1 da CNBB por ter decretado, quatro dias antes do Natal, o 3° Programa Nacional de Direitos Humanos.

Apesar da posição ambígua da Comissão Permanente da CNBB, 60 arcebispos e bispos(entre eles, um cardeal) declararam seu repúdio ao PNDH-3, sobretudo no que diz respeito ao projeto de descriminalização do aborto, de legalização das uniões homossexuais e de supressão de símbolos religiosos em repartições públicas.

O mesmo clamor levantou-se em diversos setores da sociedade, por outros motivos graves:

- A imprensa se levantou contra a tentativa de se cercear sua liberdade.

- O Judiciário alertou contra a violação da sua independência

- Os fazendeiros e pecuaristas reclamaram que está sendo dada carta branca aos movimentos criminosos que invadem terras e praticam o esbulho possessório.

- Os militares ficaram indignados por serem equiparados a terroristas e criminosos comuns da chamada “resistencia anti-ditadura”.

Apesar da reação desses setores gravemente ameaçados pelo PNDH ainda ser muito setorializada, o governo se viu obrigado a anunciar um recuo. Os pontos em que a pretensa volta a trás se dará seriam os seguintes:

Aborto (a proposta de descriminalização do assassinato de inocentes perderia o apoio explícito),

Invasões de Terra (seria retirada a exigência de audiência prévia com os envolvidos em invasões antes de decisões judiciais como a reintegração de posse), e

Simbolos Religiosos (teriam desistido de banir o Crucifixo e outros símbolos religiosos).

Esse “recuo” nos mostra que reagir funciona!

Mas o problema é que esse aparente recuo, provisório e parcial, foi aproveitado imediatamente pelos agentes da modorra – que inoculam na Opinião Pública os gases do torpor.

Eles apressaram-se em “molhar a pólvora”, reiterando que o PNDH era apenas uma declaração de intenções do governo. Um Decreto é verdade, mas que precisa ser regulamentado, transformado em Lei.

“Quando esses Projetos forem para o Congresso, eles não passarão!”, garantem os otimistas de plantão.

E tentam convencer a todos de que no Brasil temos uma oposição política eficaz, honesta e que realmente discorda do PNDH. E que… podemos confiar em que tudo correrá bem.

Esse é precisamente o calcanhar de Aquiles que nos obriga a ficarmos alertas!

Os inimigos das raízes cristãs do Brasil não vão se conformar.

Eles disseram que vão recuar não porque são bonzinhos e ouviram o clamor da sociedade. Fizeram como a onça: eles “recuaram” por mera ação tática. E, na calada da noite, vão voltar à carga com suas garras, sob outra etiqueta.

O que precisamos é impedir o andamento do PNDH e todos os Projetos de Lei propostos por ele!

E todo o cuidado é pouco nesse processo, pois isto ficará nas mãos da classe em que o povo menos confia neste momento: os políticos.

Você os conhece bem.

Eles são capazes de dar entrevistas, fazer pronunciamentos, dizer coisas que agradam ao eleitor desavisado. Mas na hora decisiva, salvo honrosas exceções, se arranjam para que leis como essas, que violam a lei divina, sejam aprovadas na calada da noite, ou numa última sessão antes do recesso parlamentar (como aconteceu na aprovação pela Câmara do projeto de lei que persegue a religião sob pretexto de “homofobia”, e que só foi barrada no Senado pela vigilância de seis senadores que se encontravam por lá…).

Como conseguir que um político defenda os interesses do Brasil?

Como conseguir algo que parece tão difícil quanto pregar um botão num queijo?

Exerça seu papel de eleitor ativo, que cobra atitudes dos políticos representantes de seu Estado.

Eles só se movem quando se sentem pressionados. Quando sentem que podem perder votos na próxima (ou nas próximas…) eleição. Eles não gostam de controle. Não gostam de prestar contas.

Então, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira vai ajudar você a:

- se manifestar aos políticos de sua região, mandar-lhes uma advertência (faça isso agora mesmo), dizendo-lhes que você vai controlá-los;

- controlar a atuação desses mesmos políticos. Quais são os inimigos do Brasil cristão, quais são os ausentes, omissos e até os “inocentes” úteis. O que cada um está fazendo na Câmara e no Senado.

você poderá assessar cada um e saber o que exatamente eles estão fazendo.

Sobretudo, você terá aqui os meios de ter acesso a eles, de lhes escrever, de lhes cobrar, de exigir aquilo que você, eleitor que deveria ser bem representado, pode exigir dos seus representantes,

Comece agora a exercer os seus direitos.


Essa linguagem eles entendem.


Instituto Plinio Corrêa de Oliveira


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Veja como você pode – e deve – mobilizar-se contra o PNDH-3



Os inimigos do Brasil querem que você se omita

Mostre-lhes que eles estão enganados e que você está alerta


“Presente de Natal do Presidente Lula (novo Herodes) ao povo brasileiro”!


É com essa duríssima evocaçãode Herodes, responsável pelo massacre dos Santos Inocentes, que o Presidente Lula foi qualificado pela Comissão em Defesa da Vida da Regional Sul 1 da CNBB por ter decretado, quatro dias antes do Natal, o 3° Programa Nacional de Direitos Humanos.

Apesar da posição ambígua da Comissão Permanente da CNBB, 60 arcebispos e bispos(entre eles, um cardeal) declararam seu repúdio ao PNDH-3, sobretudo no que diz respeito ao projeto de descriminalização do aborto, de legalização das uniões homossexuais e de supressão de símbolos religiosos em repartições públicas.

O mesmo clamor levantou-se em diversos setores da sociedade, por outros motivos graves:

- A imprensa se levantou contra a tentativa de se cercear sua liberdade.

- O Judiciário alertou contra a violação da sua independência

- Os fazendeiros e pecuaristas reclamaram que está sendo dada carta branca aos movimentos criminosos que invadem terras e praticam o esbulho possessório.

- Os militares ficaram indignados por serem equiparados a terroristas e criminosos comuns da chamada “resistencia anti-ditadura”.

Apesar da reação desses setores gravemente ameaçados pelo PNDH ainda ser muito setorializada, o governo se viu obrigado a anunciar um recuo. Os pontos em que a pretensa volta a trás se dará seriam os seguintes:

Aborto (a proposta de descriminalização do assassinato de inocentes perderia o apoio explícito),

Invasões de Terra (seria retirada a exigência de audiência prévia com os envolvidos em invasões antes de decisões judiciais como a reintegração de posse), e

Simbolos Religiosos (teriam desistido de banir o Crucifixo e outros símbolos religiosos).

Esse “recuo” nos mostra que reagir funciona!

Mas o problema é que esse aparente recuo, provisório e parcial, foi aproveitado imediatamente pelos agentes da modorra – que inoculam na Opinião Pública os gases do torpor.

Eles apressaram-se em “molhar a pólvora”, reiterando que o PNDH era apenas uma declaração de intenções do governo. Um Decreto é verdade, mas que precisa ser regulamentado, transformado em Lei.

“Quando esses Projetos forem para o Congresso, eles não passarão!”, garantem os otimistas de plantão.

E tentam convencer a todos de que no Brasil temos uma oposição política eficaz, honesta e que realmente discorda do PNDH. E que… podemos confiar em que tudo correrá bem.

Esse é precisamente o calcanhar de Aquiles que nos obriga a ficarmos alertas!

Os inimigos das raízes cristãs do Brasil não vão se conformar.

Eles disseram que vão recuar não porque são bonzinhos e ouviram o clamor da sociedade. Fizeram como a onça: eles “recuaram” por mera ação tática. E, na calada da noite, vão voltar à carga com suas garras, sob outra etiqueta.

O que precisamos é impedir o andamento do PNDH e todos os Projetos de Lei propostos por ele!

E todo o cuidado é pouco nesse processo, pois isto ficará nas mãos da classe em que o povo menos confia neste momento: os políticos.

Você os conhece bem.

Eles são capazes de dar entrevistas, fazer pronunciamentos, dizer coisas que agradam ao eleitor desavisado. Mas na hora decisiva, salvo honrosas exceções, se arranjam para que leis como essas, que violam a lei divina, sejam aprovadas na calada da noite, ou numa última sessão antes do recesso parlamentar (como aconteceu na aprovação pela Câmara do projeto de lei que persegue a religião sob pretexto de “homofobia”, e que só foi barrada no Senado pela vigilância de seis senadores que se encontravam por lá…).

Como conseguir que um político defenda os interesses do Brasil?

Como conseguir algo que parece tão difícil quanto pregar um botão num queijo?

Exerça seu papel de eleitor ativo, que cobra atitudes dos políticos representantes de seu Estado.

Eles só se movem quando se sentem pressionados. Quando sentem que podem perder votos na próxima (ou nas próximas…) eleição. Eles não gostam de controle. Não gostam de prestar contas.

Então, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira vai ajudar você a:

- se manifestar aos políticos de sua região, mandar-lhes uma advertência (faça isso agora mesmo), dizendo-lhes que você vai controlá-los;

- controlar a atuação desses mesmos políticos. Quais são os inimigos do Brasil cristão, quais são os ausentes, omissos e até os “inocentes” úteis. O que cada um está fazendo na Câmara e no Senado.

você poderá assessar cada um e saber o que exatamente eles estão fazendo.

Sobretudo, você terá aqui os meios de ter acesso a eles, de lhes escrever, de lhes cobrar, de exigir aquilo que você, eleitor que deveria ser bem representado, pode exigir dos seus representantes,

Comece agora a exercer os seus direitos.


Essa linguagem eles entendem.


Instituto Plinio Corrêa de Oliveira


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Veja como você pode – e deve – mobilizar-se contra o PNDH-3



Os inimigos do Brasil querem que você se omita

Mostre-lhes que eles estão enganados e que você está alerta


“Presente de Natal do Presidente Lula (novo Herodes) ao povo brasileiro”!


É com essa duríssima evocaçãode Herodes, responsável pelo massacre dos Santos Inocentes, que o Presidente Lula foi qualificado pela Comissão em Defesa da Vida da Regional Sul 1 da CNBB por ter decretado, quatro dias antes do Natal, o 3° Programa Nacional de Direitos Humanos.

Apesar da posição ambígua da Comissão Permanente da CNBB, 60 arcebispos e bispos(entre eles, um cardeal) declararam seu repúdio ao PNDH-3, sobretudo no que diz respeito ao projeto de descriminalização do aborto, de legalização das uniões homossexuais e de supressão de símbolos religiosos em repartições públicas.

O mesmo clamor levantou-se em diversos setores da sociedade, por outros motivos graves:

- A imprensa se levantou contra a tentativa de se cercear sua liberdade.

- O Judiciário alertou contra a violação da sua independência

- Os fazendeiros e pecuaristas reclamaram que está sendo dada carta branca aos movimentos criminosos que invadem terras e praticam o esbulho possessório.

- Os militares ficaram indignados por serem equiparados a terroristas e criminosos comuns da chamada “resistencia anti-ditadura”.

Apesar da reação desses setores gravemente ameaçados pelo PNDH ainda ser muito setorializada, o governo se viu obrigado a anunciar um recuo. Os pontos em que a pretensa volta a trás se dará seriam os seguintes:

Aborto (a proposta de descriminalização do assassinato de inocentes perderia o apoio explícito),

Invasões de Terra (seria retirada a exigência de audiência prévia com os envolvidos em invasões antes de decisões judiciais como a reintegração de posse), e

Simbolos Religiosos (teriam desistido de banir o Crucifixo e outros símbolos religiosos).

Esse “recuo” nos mostra que reagir funciona!

Mas o problema é que esse aparente recuo, provisório e parcial, foi aproveitado imediatamente pelos agentes da modorra – que inoculam na Opinião Pública os gases do torpor.

Eles apressaram-se em “molhar a pólvora”, reiterando que o PNDH era apenas uma declaração de intenções do governo. Um Decreto é verdade, mas que precisa ser regulamentado, transformado em Lei.

“Quando esses Projetos forem para o Congresso, eles não passarão!”, garantem os otimistas de plantão.

E tentam convencer a todos de que no Brasil temos uma oposição política eficaz, honesta e que realmente discorda do PNDH. E que… podemos confiar em que tudo correrá bem.

Esse é precisamente o calcanhar de Aquiles que nos obriga a ficarmos alertas!

Os inimigos das raízes cristãs do Brasil não vão se conformar.

Eles disseram que vão recuar não porque são bonzinhos e ouviram o clamor da sociedade. Fizeram como a onça: eles “recuaram” por mera ação tática. E, na calada da noite, vão voltar à carga com suas garras, sob outra etiqueta.

O que precisamos é impedir o andamento do PNDH e todos os Projetos de Lei propostos por ele!

E todo o cuidado é pouco nesse processo, pois isto ficará nas mãos da classe em que o povo menos confia neste momento: os políticos.

Você os conhece bem.

Eles são capazes de dar entrevistas, fazer pronunciamentos, dizer coisas que agradam ao eleitor desavisado. Mas na hora decisiva, salvo honrosas exceções, se arranjam para que leis como essas, que violam a lei divina, sejam aprovadas na calada da noite, ou numa última sessão antes do recesso parlamentar (como aconteceu na aprovação pela Câmara do projeto de lei que persegue a religião sob pretexto de “homofobia”, e que só foi barrada no Senado pela vigilância de seis senadores que se encontravam por lá…).

Como conseguir que um político defenda os interesses do Brasil?

Como conseguir algo que parece tão difícil quanto pregar um botão num queijo?

Exerça seu papel de eleitor ativo, que cobra atitudes dos políticos representantes de seu Estado.

Eles só se movem quando se sentem pressionados. Quando sentem que podem perder votos na próxima (ou nas próximas…) eleição. Eles não gostam de controle. Não gostam de prestar contas.

Então, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira vai ajudar você a:

- se manifestar aos políticos de sua região, mandar-lhes uma advertência (faça isso agora mesmo), dizendo-lhes que você vai controlá-los;

- controlar a atuação desses mesmos políticos. Quais são os inimigos do Brasil cristão, quais são os ausentes, omissos e até os “inocentes” úteis. O que cada um está fazendo na Câmara e no Senado.

você poderá assessar cada um e saber o que exatamente eles estão fazendo.

Sobretudo, você terá aqui os meios de ter acesso a eles, de lhes escrever, de lhes cobrar, de exigir aquilo que você, eleitor que deveria ser bem representado, pode exigir dos seus representantes,

Comece agora a exercer os seus direitos.


Essa linguagem eles entendem.


Instituto Plinio Corrêa de Oliveira


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quarta-feira, 10 de março de 2010

A Carta que Lula diz que não recebeu - Parte 2

Cubanos voltam a pedir ajuda a Lula contra prisões

Esperança: em greve de fome desde 24 de fevereiro, Guilhermo Fariñas aguarda intervenção de Lula.

Um grupo de dissidentes cubanos pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interceda pela libertação de 20 presos políticos na ilha de Fidel e Raúl Castro. Desta maneira, dizem os opositores, a morte do jornalista anticastrista Guillermo Fariñas – que faz greve de fome pela soltura dos ativistas desde 24 de fevereiro na cidade de Santa Clara – seria evitada.

"Cremos que o senhor possa interceder junto ao governo de Cuba para pôr fim a uma situação que, além de tudo, atrapalha os esforços para estruturar uma autêntica comunidade de Estados latino-americanos e caribenhos centrada nos direitos de seus cidadãos", dizem os dissidentes em carta aberta a Lula. "A influência regional do Brasil, sua confiança no potencial transformador da sociedade democrática e seu conceito de paciência estratégica podem ajudar para que Cuba comece a compartilhar níveis mundiais de direitos humanos", finaliza o texto, assinado pelo recém-criado Comitê Para Libertação dos Prisioneiros Políticos Cubanos Orlando Zapata.

O presidente, porém, alega que greve de fome não é válida para libertar dissidentes e pediu respeito à Justiça de Cuba. Segundo uma fonte da presidência que preferiu manter o anonimato, Lula também afirmou que não recebeu nenhuma carta de dissidentes cubanos ligados a Guillermo Fariñas, e que desconhece um pedido para que interceda por presos políticos em Cuba.

Diante disso, o Diário do Comércio tomou a iniciativa de encaminhar a carta a ele, hoje.

'Greve de fome, não' – Em entrevista a Associated Press, o presidente condenou a greve de fome de prisioneiros políticos de Cuba como meio de forçar a sua libertação.

"Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem liberdade", comparou o presidente.

Na entrevista, Lula cobrou respeito às decisões da Justiça cubana sobre a prisão dos dissidentes – um dos quais, Orlando Zapata, morreu no final do mês passado devido a complicações de saúde provocadas também por uma greve de fome enquanto Lula visitava Cuba para se encontrar com o presidente Raúl Castro e seu irmão, o ex-líder Fidel.

"Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos, como quero que respeitem o Brasil", afirmou Lula.

Lula recordou que em seu tempo de líder sindical de oposição à ditadura militar, que governou o Brasil de 1964 a 1985, fez greves de fome e qualificou a prática como uma "insanidade".

"Gostaria que não ocorressem (detenções de presos políticos) mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os prendeu, como tampouco quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil", acrescentou.

'Chantagem' – Fariñas, de 48 anos, começou o jejum voluntário no último dia 24 em sua casa exigindo a libertação de 24 prisioneiros com estado de saúde grave. O protesto começou um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata, vítima de uma greve de fome de 85 dias, que coincidiu com a visita de Lula à ilha. Na segunda-feira, o diário oficial Granma disse que a ação de Fariñas é uma chantagem inaceitável.

Reação – As explicações do presidente sobre os presos cubanos na entrevista concedida à Associated Press foram consideradas "oportunistas" e "incoerentes" por parlamentares das comissões de Relações Exteriores da Câmara e Senado e também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Olhos fechados: em sua passagem por Cuba, Lula evitou tratar do caso de Orlando Zapata, que morreu.
Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Lula erra ao comparar os presos comuns dos presídios brasileiros com os detidos em Cuba por crimes políticos. "É mais do que oportunismo, é de um cinismo atroz. Jamais compare alhos com bugalhos. É preciso denunciar a situação caótica dos presídios brasileiros, mas também devemos ter coragem de condenar o tratamento aos presos cubanos", afirmou o deputado, integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

O presidente da comissão, deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP), compartilhou do mesmo discurso. "O Brasil tem que ser contra a prisão política. Todo o esforço do País em ter uma política externa de relevo vai por água abaixo com esse discurso do presidente", afirmou. Segundo Fernandes, o tema pode ser discutido na primeira reunião da comissão, marcada para amanhã.

Jungmann criticou ainda a declaração em que Lula afirma que não vai se intrometer na legislação, muito menos na Justiça cubana. Segundo o deputado, Lula interveio em Honduras porque acreditava que o presidente deposto, Manuel Zelaya, sofrera um "golpe da direita". Mas no caso de Cuba, "uma ditadura de esquerda, Lula diz que não se intromete".

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), classificou de "incoerente" essa declaração de Lula sobre não intervenção. "Tivemos uma ação de interferência na Itália, quando ele não quis extraditar o terrorista Cesare Battisti. É uma posição ao sabor dos ventos", frisou o tucano. "Acredito que o presidente esteja sendo incoerente com o seu passado. Não é possível comparar preso político com criminoso comum", afirmou.

A posição dos parlamentares foi seguida pelo presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante. "É uma questão de viés ideológico. A leitura que o governo Lula faz do regime de Cuba é de que é um governo popular e socialista e estaria legitimado. Nossa sociedade tem outra formação que não condiz", afirmou.

Diário do Comércio


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A Carta que Lula diz que não recebeu - Parte 2

Cubanos voltam a pedir ajuda a Lula contra prisões

Esperança: em greve de fome desde 24 de fevereiro, Guilhermo Fariñas aguarda intervenção de Lula.

Um grupo de dissidentes cubanos pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interceda pela libertação de 20 presos políticos na ilha de Fidel e Raúl Castro. Desta maneira, dizem os opositores, a morte do jornalista anticastrista Guillermo Fariñas – que faz greve de fome pela soltura dos ativistas desde 24 de fevereiro na cidade de Santa Clara – seria evitada.

"Cremos que o senhor possa interceder junto ao governo de Cuba para pôr fim a uma situação que, além de tudo, atrapalha os esforços para estruturar uma autêntica comunidade de Estados latino-americanos e caribenhos centrada nos direitos de seus cidadãos", dizem os dissidentes em carta aberta a Lula. "A influência regional do Brasil, sua confiança no potencial transformador da sociedade democrática e seu conceito de paciência estratégica podem ajudar para que Cuba comece a compartilhar níveis mundiais de direitos humanos", finaliza o texto, assinado pelo recém-criado Comitê Para Libertação dos Prisioneiros Políticos Cubanos Orlando Zapata.

O presidente, porém, alega que greve de fome não é válida para libertar dissidentes e pediu respeito à Justiça de Cuba. Segundo uma fonte da presidência que preferiu manter o anonimato, Lula também afirmou que não recebeu nenhuma carta de dissidentes cubanos ligados a Guillermo Fariñas, e que desconhece um pedido para que interceda por presos políticos em Cuba.

Diante disso, o Diário do Comércio tomou a iniciativa de encaminhar a carta a ele, hoje.

'Greve de fome, não' – Em entrevista a Associated Press, o presidente condenou a greve de fome de prisioneiros políticos de Cuba como meio de forçar a sua libertação.

"Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem liberdade", comparou o presidente.

Na entrevista, Lula cobrou respeito às decisões da Justiça cubana sobre a prisão dos dissidentes – um dos quais, Orlando Zapata, morreu no final do mês passado devido a complicações de saúde provocadas também por uma greve de fome enquanto Lula visitava Cuba para se encontrar com o presidente Raúl Castro e seu irmão, o ex-líder Fidel.

"Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos, como quero que respeitem o Brasil", afirmou Lula.

Lula recordou que em seu tempo de líder sindical de oposição à ditadura militar, que governou o Brasil de 1964 a 1985, fez greves de fome e qualificou a prática como uma "insanidade".

"Gostaria que não ocorressem (detenções de presos políticos) mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os prendeu, como tampouco quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil", acrescentou.

'Chantagem' – Fariñas, de 48 anos, começou o jejum voluntário no último dia 24 em sua casa exigindo a libertação de 24 prisioneiros com estado de saúde grave. O protesto começou um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata, vítima de uma greve de fome de 85 dias, que coincidiu com a visita de Lula à ilha. Na segunda-feira, o diário oficial Granma disse que a ação de Fariñas é uma chantagem inaceitável.

Reação – As explicações do presidente sobre os presos cubanos na entrevista concedida à Associated Press foram consideradas "oportunistas" e "incoerentes" por parlamentares das comissões de Relações Exteriores da Câmara e Senado e também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Olhos fechados: em sua passagem por Cuba, Lula evitou tratar do caso de Orlando Zapata, que morreu.
Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Lula erra ao comparar os presos comuns dos presídios brasileiros com os detidos em Cuba por crimes políticos. "É mais do que oportunismo, é de um cinismo atroz. Jamais compare alhos com bugalhos. É preciso denunciar a situação caótica dos presídios brasileiros, mas também devemos ter coragem de condenar o tratamento aos presos cubanos", afirmou o deputado, integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

O presidente da comissão, deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP), compartilhou do mesmo discurso. "O Brasil tem que ser contra a prisão política. Todo o esforço do País em ter uma política externa de relevo vai por água abaixo com esse discurso do presidente", afirmou. Segundo Fernandes, o tema pode ser discutido na primeira reunião da comissão, marcada para amanhã.

Jungmann criticou ainda a declaração em que Lula afirma que não vai se intrometer na legislação, muito menos na Justiça cubana. Segundo o deputado, Lula interveio em Honduras porque acreditava que o presidente deposto, Manuel Zelaya, sofrera um "golpe da direita". Mas no caso de Cuba, "uma ditadura de esquerda, Lula diz que não se intromete".

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), classificou de "incoerente" essa declaração de Lula sobre não intervenção. "Tivemos uma ação de interferência na Itália, quando ele não quis extraditar o terrorista Cesare Battisti. É uma posição ao sabor dos ventos", frisou o tucano. "Acredito que o presidente esteja sendo incoerente com o seu passado. Não é possível comparar preso político com criminoso comum", afirmou.

A posição dos parlamentares foi seguida pelo presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante. "É uma questão de viés ideológico. A leitura que o governo Lula faz do regime de Cuba é de que é um governo popular e socialista e estaria legitimado. Nossa sociedade tem outra formação que não condiz", afirmou.

Diário do Comércio


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A Carta que Lula diz que não recebeu - Parte 2

Cubanos voltam a pedir ajuda a Lula contra prisões

Esperança: em greve de fome desde 24 de fevereiro, Guilhermo Fariñas aguarda intervenção de Lula.

Um grupo de dissidentes cubanos pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interceda pela libertação de 20 presos políticos na ilha de Fidel e Raúl Castro. Desta maneira, dizem os opositores, a morte do jornalista anticastrista Guillermo Fariñas – que faz greve de fome pela soltura dos ativistas desde 24 de fevereiro na cidade de Santa Clara – seria evitada.

"Cremos que o senhor possa interceder junto ao governo de Cuba para pôr fim a uma situação que, além de tudo, atrapalha os esforços para estruturar uma autêntica comunidade de Estados latino-americanos e caribenhos centrada nos direitos de seus cidadãos", dizem os dissidentes em carta aberta a Lula. "A influência regional do Brasil, sua confiança no potencial transformador da sociedade democrática e seu conceito de paciência estratégica podem ajudar para que Cuba comece a compartilhar níveis mundiais de direitos humanos", finaliza o texto, assinado pelo recém-criado Comitê Para Libertação dos Prisioneiros Políticos Cubanos Orlando Zapata.

O presidente, porém, alega que greve de fome não é válida para libertar dissidentes e pediu respeito à Justiça de Cuba. Segundo uma fonte da presidência que preferiu manter o anonimato, Lula também afirmou que não recebeu nenhuma carta de dissidentes cubanos ligados a Guillermo Fariñas, e que desconhece um pedido para que interceda por presos políticos em Cuba.

Diante disso, o Diário do Comércio tomou a iniciativa de encaminhar a carta a ele, hoje.

'Greve de fome, não' – Em entrevista a Associated Press, o presidente condenou a greve de fome de prisioneiros políticos de Cuba como meio de forçar a sua libertação.

"Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem liberdade", comparou o presidente.

Na entrevista, Lula cobrou respeito às decisões da Justiça cubana sobre a prisão dos dissidentes – um dos quais, Orlando Zapata, morreu no final do mês passado devido a complicações de saúde provocadas também por uma greve de fome enquanto Lula visitava Cuba para se encontrar com o presidente Raúl Castro e seu irmão, o ex-líder Fidel.

"Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos, como quero que respeitem o Brasil", afirmou Lula.

Lula recordou que em seu tempo de líder sindical de oposição à ditadura militar, que governou o Brasil de 1964 a 1985, fez greves de fome e qualificou a prática como uma "insanidade".

"Gostaria que não ocorressem (detenções de presos políticos) mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os prendeu, como tampouco quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil", acrescentou.

'Chantagem' – Fariñas, de 48 anos, começou o jejum voluntário no último dia 24 em sua casa exigindo a libertação de 24 prisioneiros com estado de saúde grave. O protesto começou um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata, vítima de uma greve de fome de 85 dias, que coincidiu com a visita de Lula à ilha. Na segunda-feira, o diário oficial Granma disse que a ação de Fariñas é uma chantagem inaceitável.

Reação – As explicações do presidente sobre os presos cubanos na entrevista concedida à Associated Press foram consideradas "oportunistas" e "incoerentes" por parlamentares das comissões de Relações Exteriores da Câmara e Senado e também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Olhos fechados: em sua passagem por Cuba, Lula evitou tratar do caso de Orlando Zapata, que morreu.
Para o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Lula erra ao comparar os presos comuns dos presídios brasileiros com os detidos em Cuba por crimes políticos. "É mais do que oportunismo, é de um cinismo atroz. Jamais compare alhos com bugalhos. É preciso denunciar a situação caótica dos presídios brasileiros, mas também devemos ter coragem de condenar o tratamento aos presos cubanos", afirmou o deputado, integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

O presidente da comissão, deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP), compartilhou do mesmo discurso. "O Brasil tem que ser contra a prisão política. Todo o esforço do País em ter uma política externa de relevo vai por água abaixo com esse discurso do presidente", afirmou. Segundo Fernandes, o tema pode ser discutido na primeira reunião da comissão, marcada para amanhã.

Jungmann criticou ainda a declaração em que Lula afirma que não vai se intrometer na legislação, muito menos na Justiça cubana. Segundo o deputado, Lula interveio em Honduras porque acreditava que o presidente deposto, Manuel Zelaya, sofrera um "golpe da direita". Mas no caso de Cuba, "uma ditadura de esquerda, Lula diz que não se intromete".

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), classificou de "incoerente" essa declaração de Lula sobre não intervenção. "Tivemos uma ação de interferência na Itália, quando ele não quis extraditar o terrorista Cesare Battisti. É uma posição ao sabor dos ventos", frisou o tucano. "Acredito que o presidente esteja sendo incoerente com o seu passado. Não é possível comparar preso político com criminoso comum", afirmou.

A posição dos parlamentares foi seguida pelo presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante. "É uma questão de viés ideológico. A leitura que o governo Lula faz do regime de Cuba é de que é um governo popular e socialista e estaria legitimado. Nossa sociedade tem outra formação que não condiz", afirmou.

Diário do Comércio


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A Carta que Lula diz que não recebeu - Parte 1


A carta existe sim, e ela não pôde ser entregue porque a embaixada brasileira em Havana RECUSOU-SE a receber os opositores, muito certamente, obedecendo ordens superiores, do Brasil e de Cuba, para não atender “gente desse tipo”.

Segue a tradução da carta que não quiseram receber na Embaixada do Brasil em Cuba, para depois posar de vítimas de que não sabiam da existência da mesma. Quem quiser ver o original com as assinaturas, basta acessar aqui.

Para ver a matéria completa: Graça Salgueiro - Notalatina


Havana, 21 de fevereiro de 2010

Sr. Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente

República Federativa do Brasil

Estimado Sr. Presidente:

Ao tomar conhecimento de sua próxima visita a Cuba, integrantes dos 75 prisioneiros de consciência, injustamente condenados duramente na Primavera de 2003, abaixo-assinantes, nos dirigimos ao Sr. para solicitar-lhe que nas conversações que manterá com os máximos representantes do governo cubano, contemple nossa situação e a dos demais prisioneiros políticos pacíficos cubanos, e advogue por nossa libertação. Igualmente aspiramos a que o Sr. se interesse pelo prisioneiro de consciência Orlando Zapata Tamayo, que desde dezembro vem mantendo uma greve de fome para reclamar seus direitos e hoje encontra-se em condições de saúde perigosas para a sua vida no Hospital Nacional de Reclusos, na Prisão Combinado del Este.

O Brasil, pelo caminho da democracia e da paz, alcançou altos níveis de desenvolvimento e reduzido consideravelmente a pobreza, e por tal motivo constitui um exemplo demonstrativo de que mediante o respeito e a livre expressão, a justiça social e o alento à criação, podem se alcançar elevadas cotas de prosperidade para os povos. Com isso, ademais, conseguiu prestígio e autoridade moral e ética internacionalmente. Seu desempenho, Presidente, foi encomiável em tal sentido.

O Sr. poderia ser um magnífico interlocutor para obter que o governo cubano se decida a fazer as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente requeridas, avançar no respeito dos direitos humanos, conseguir a ansiada reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra. O Sr. poderia contribuir significativamente para a felicidade e o progresso do povo cubano. Em tal sentido, posteriormente a sua visita, os representantes diplomáticos brasileiros, ao mesmo tempo em que mantenham sua relação com as autoridades cubanas, deveriam escutar as opiniões da sociedade civil, inclusive os familiares dos prisioneiros de consciência e políticos, assim como da oposição pacífica.

Receba o testemunho de nossa consideração e respeito.

(Seguem as assinaturas de 53 dos 75 presos da “Primavera Negra”).

A Carta que Lula diz que não recebeu - Parte 1


A carta existe sim, e ela não pôde ser entregue porque a embaixada brasileira em Havana RECUSOU-SE a receber os opositores, muito certamente, obedecendo ordens superiores, do Brasil e de Cuba, para não atender “gente desse tipo”.

Segue a tradução da carta que não quiseram receber na Embaixada do Brasil em Cuba, para depois posar de vítimas de que não sabiam da existência da mesma. Quem quiser ver o original com as assinaturas, basta acessar aqui.

Para ver a matéria completa: Graça Salgueiro - Notalatina


Havana, 21 de fevereiro de 2010

Sr. Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente

República Federativa do Brasil

Estimado Sr. Presidente:

Ao tomar conhecimento de sua próxima visita a Cuba, integrantes dos 75 prisioneiros de consciência, injustamente condenados duramente na Primavera de 2003, abaixo-assinantes, nos dirigimos ao Sr. para solicitar-lhe que nas conversações que manterá com os máximos representantes do governo cubano, contemple nossa situação e a dos demais prisioneiros políticos pacíficos cubanos, e advogue por nossa libertação. Igualmente aspiramos a que o Sr. se interesse pelo prisioneiro de consciência Orlando Zapata Tamayo, que desde dezembro vem mantendo uma greve de fome para reclamar seus direitos e hoje encontra-se em condições de saúde perigosas para a sua vida no Hospital Nacional de Reclusos, na Prisão Combinado del Este.

O Brasil, pelo caminho da democracia e da paz, alcançou altos níveis de desenvolvimento e reduzido consideravelmente a pobreza, e por tal motivo constitui um exemplo demonstrativo de que mediante o respeito e a livre expressão, a justiça social e o alento à criação, podem se alcançar elevadas cotas de prosperidade para os povos. Com isso, ademais, conseguiu prestígio e autoridade moral e ética internacionalmente. Seu desempenho, Presidente, foi encomiável em tal sentido.

O Sr. poderia ser um magnífico interlocutor para obter que o governo cubano se decida a fazer as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente requeridas, avançar no respeito dos direitos humanos, conseguir a ansiada reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra. O Sr. poderia contribuir significativamente para a felicidade e o progresso do povo cubano. Em tal sentido, posteriormente a sua visita, os representantes diplomáticos brasileiros, ao mesmo tempo em que mantenham sua relação com as autoridades cubanas, deveriam escutar as opiniões da sociedade civil, inclusive os familiares dos prisioneiros de consciência e políticos, assim como da oposição pacífica.

Receba o testemunho de nossa consideração e respeito.

(Seguem as assinaturas de 53 dos 75 presos da “Primavera Negra”).

A Carta que Lula diz que não recebeu - Parte 1


A carta existe sim, e ela não pôde ser entregue porque a embaixada brasileira em Havana RECUSOU-SE a receber os opositores, muito certamente, obedecendo ordens superiores, do Brasil e de Cuba, para não atender “gente desse tipo”.

Segue a tradução da carta que não quiseram receber na Embaixada do Brasil em Cuba, para depois posar de vítimas de que não sabiam da existência da mesma. Quem quiser ver o original com as assinaturas, basta acessar aqui.

Para ver a matéria completa: Graça Salgueiro - Notalatina


Havana, 21 de fevereiro de 2010

Sr. Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente

República Federativa do Brasil

Estimado Sr. Presidente:

Ao tomar conhecimento de sua próxima visita a Cuba, integrantes dos 75 prisioneiros de consciência, injustamente condenados duramente na Primavera de 2003, abaixo-assinantes, nos dirigimos ao Sr. para solicitar-lhe que nas conversações que manterá com os máximos representantes do governo cubano, contemple nossa situação e a dos demais prisioneiros políticos pacíficos cubanos, e advogue por nossa libertação. Igualmente aspiramos a que o Sr. se interesse pelo prisioneiro de consciência Orlando Zapata Tamayo, que desde dezembro vem mantendo uma greve de fome para reclamar seus direitos e hoje encontra-se em condições de saúde perigosas para a sua vida no Hospital Nacional de Reclusos, na Prisão Combinado del Este.

O Brasil, pelo caminho da democracia e da paz, alcançou altos níveis de desenvolvimento e reduzido consideravelmente a pobreza, e por tal motivo constitui um exemplo demonstrativo de que mediante o respeito e a livre expressão, a justiça social e o alento à criação, podem se alcançar elevadas cotas de prosperidade para os povos. Com isso, ademais, conseguiu prestígio e autoridade moral e ética internacionalmente. Seu desempenho, Presidente, foi encomiável em tal sentido.

O Sr. poderia ser um magnífico interlocutor para obter que o governo cubano se decida a fazer as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente requeridas, avançar no respeito dos direitos humanos, conseguir a ansiada reconciliação nacional e tirar a nação da profunda crise em que se encontra. O Sr. poderia contribuir significativamente para a felicidade e o progresso do povo cubano. Em tal sentido, posteriormente a sua visita, os representantes diplomáticos brasileiros, ao mesmo tempo em que mantenham sua relação com as autoridades cubanas, deveriam escutar as opiniões da sociedade civil, inclusive os familiares dos prisioneiros de consciência e políticos, assim como da oposição pacífica.

Receba o testemunho de nossa consideração e respeito.

(Seguem as assinaturas de 53 dos 75 presos da “Primavera Negra”).