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O BERRO da Formiga !

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sexta-feira, 30 de maio de 2008

COMUNIDAD INTERNACIONAL PIDE LIBERTAD PARA CUBA

Jóvenes de diversos países de América Latina y Europa mostraron su solidaridad con la resistencia cívica dentro de Cuba al unirse a la Jornada “Hacia la República” de la Campaña de la No Cooperación con la Dictadura. Esta Jornada se llevó a cabo en apoyo a la Jornada Pedro Luis Boitel dentro de la Isla, durante la cual cientos de opositores cubanos realizaron actividades recordando al mártir estudiantil cubano Pedro Luis Boitel.

La Jornada Mundial “Hacia la República” en Homenaje a Pedro Luis Boitel y por la libertad de los presos políticos ha tomado lugar en más de 25 paises, incluyendo un discurso del Presidente Bush el 21 de mayo en la Casa Blanca en el cual respaldó la lucha cívica del pueblo cubano dentro de la Isla.

Pedro Luis Boitel fue un líder estudiantil cubano encarcelado por sus convicciones por la dictadura castrista en 1960, cuya tenaz resistencia en las prisiones resultó en su asesinato por el régimen en 1972. Boitel se ha convertido en el símbolo de las fuerzas democráticas dentro de Cuba.
Mais em Directorio Democrático Cubano


História de Pedro Luis Boitel








Lula coopera com a ditadura em Cuba


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COMUNIDAD INTERNACIONAL PIDE LIBERTAD PARA CUBA

Jóvenes de diversos países de América Latina y Europa mostraron su solidaridad con la resistencia cívica dentro de Cuba al unirse a la Jornada “Hacia la República” de la Campaña de la No Cooperación con la Dictadura. Esta Jornada se llevó a cabo en apoyo a la Jornada Pedro Luis Boitel dentro de la Isla, durante la cual cientos de opositores cubanos realizaron actividades recordando al mártir estudiantil cubano Pedro Luis Boitel.

La Jornada Mundial “Hacia la República” en Homenaje a Pedro Luis Boitel y por la libertad de los presos políticos ha tomado lugar en más de 25 paises, incluyendo un discurso del Presidente Bush el 21 de mayo en la Casa Blanca en el cual respaldó la lucha cívica del pueblo cubano dentro de la Isla.

Pedro Luis Boitel fue un líder estudiantil cubano encarcelado por sus convicciones por la dictadura castrista en 1960, cuya tenaz resistencia en las prisiones resultó en su asesinato por el régimen en 1972. Boitel se ha convertido en el símbolo de las fuerzas democráticas dentro de Cuba.
Mais em Directorio Democrático Cubano


História de Pedro Luis Boitel








Lula coopera com a ditadura em Cuba


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COMUNIDAD INTERNACIONAL PIDE LIBERTAD PARA CUBA

Jóvenes de diversos países de América Latina y Europa mostraron su solidaridad con la resistencia cívica dentro de Cuba al unirse a la Jornada “Hacia la República” de la Campaña de la No Cooperación con la Dictadura. Esta Jornada se llevó a cabo en apoyo a la Jornada Pedro Luis Boitel dentro de la Isla, durante la cual cientos de opositores cubanos realizaron actividades recordando al mártir estudiantil cubano Pedro Luis Boitel.

La Jornada Mundial “Hacia la República” en Homenaje a Pedro Luis Boitel y por la libertad de los presos políticos ha tomado lugar en más de 25 paises, incluyendo un discurso del Presidente Bush el 21 de mayo en la Casa Blanca en el cual respaldó la lucha cívica del pueblo cubano dentro de la Isla.

Pedro Luis Boitel fue un líder estudiantil cubano encarcelado por sus convicciones por la dictadura castrista en 1960, cuya tenaz resistencia en las prisiones resultó en su asesinato por el régimen en 1972. Boitel se ha convertido en el símbolo de las fuerzas democráticas dentro de Cuba.
Mais em Directorio Democrático Cubano


História de Pedro Luis Boitel








Lula coopera com a ditadura em Cuba


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COMUNIDAD INTERNACIONAL PIDE LIBERTAD PARA CUBA

Jóvenes de diversos países de América Latina y Europa mostraron su solidaridad con la resistencia cívica dentro de Cuba al unirse a la Jornada “Hacia la República” de la Campaña de la No Cooperación con la Dictadura. Esta Jornada se llevó a cabo en apoyo a la Jornada Pedro Luis Boitel dentro de la Isla, durante la cual cientos de opositores cubanos realizaron actividades recordando al mártir estudiantil cubano Pedro Luis Boitel.

La Jornada Mundial “Hacia la República” en Homenaje a Pedro Luis Boitel y por la libertad de los presos políticos ha tomado lugar en más de 25 paises, incluyendo un discurso del Presidente Bush el 21 de mayo en la Casa Blanca en el cual respaldó la lucha cívica del pueblo cubano dentro de la Isla.

Pedro Luis Boitel fue un líder estudiantil cubano encarcelado por sus convicciones por la dictadura castrista en 1960, cuya tenaz resistencia en las prisiones resultó en su asesinato por el régimen en 1972. Boitel se ha convertido en el símbolo de las fuerzas democráticas dentro de Cuba.
Mais em Directorio Democrático Cubano


História de Pedro Luis Boitel








Lula coopera com a ditadura em Cuba


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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Morreu Marulanda, o “Tirofijo” chefão das FARC. O inferno está em festa.



Timoleón Jiménez, faz um discurso "emocionante" confirmando a morte de Pedro Antonio Marín, ou "Manuel Marulanda Vélez", o Tirofijo, o chefão das FARC desde 1964, "en brazo de su compañera y rodeado de su guardia personal y de su seguridad".

Alfonso Cano agora é novo comandante.

Diante da morte de Marulanda e do crescente enfraquecimento da guerrilha obsoleta, o Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu as FARC que libertem todos os reféns e que deponham as armas, em troca de garantias de vida e de liberdade.
Desde que Uribe foi eleito, 48.000 guerrilheiros já deixaram as FARC por deserção, morte ou captura.

Veja o comunicado da FARC



Continuação


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Morreu Marulanda, o “Tirofijo” chefão das FARC. O inferno está em festa.



Timoleón Jiménez, faz um discurso "emocionante" confirmando a morte de Pedro Antonio Marín, ou "Manuel Marulanda Vélez", o Tirofijo, o chefão das FARC desde 1964, "en brazo de su compañera y rodeado de su guardia personal y de su seguridad".

Alfonso Cano agora é novo comandante.

Diante da morte de Marulanda e do crescente enfraquecimento da guerrilha obsoleta, o Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu as FARC que libertem todos os reféns e que deponham as armas, em troca de garantias de vida e de liberdade.
Desde que Uribe foi eleito, 48.000 guerrilheiros já deixaram as FARC por deserção, morte ou captura.

Veja o comunicado da FARC



Continuação


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Morreu Marulanda, o “Tirofijo” chefão das FARC. O inferno está em festa.



Timoleón Jiménez, faz um discurso "emocionante" confirmando a morte de Pedro Antonio Marín, ou "Manuel Marulanda Vélez", o Tirofijo, o chefão das FARC desde 1964, "en brazo de su compañera y rodeado de su guardia personal y de su seguridad".

Alfonso Cano agora é novo comandante.

Diante da morte de Marulanda e do crescente enfraquecimento da guerrilha obsoleta, o Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu as FARC que libertem todos os reféns e que deponham as armas, em troca de garantias de vida e de liberdade.
Desde que Uribe foi eleito, 48.000 guerrilheiros já deixaram as FARC por deserção, morte ou captura.

Veja o comunicado da FARC



Continuação


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Morreu Marulanda, o “Tirofijo” chefão das FARC. O inferno está em festa.



Timoleón Jiménez, faz um discurso "emocionante" confirmando a morte de Pedro Antonio Marín, ou "Manuel Marulanda Vélez", o Tirofijo, o chefão das FARC desde 1964, "en brazo de su compañera y rodeado de su guardia personal y de su seguridad".

Alfonso Cano agora é novo comandante.

Diante da morte de Marulanda e do crescente enfraquecimento da guerrilha obsoleta, o Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu as FARC que libertem todos os reféns e que deponham as armas, em troca de garantias de vida e de liberdade.
Desde que Uribe foi eleito, 48.000 guerrilheiros já deixaram as FARC por deserção, morte ou captura.

Veja o comunicado da FARC



Continuação


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sábado, 24 de maio de 2008

UNASUL - Está criada a nova NAÇÃO BOLIVARIANA

Lula está certo: A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"

(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.

A Unasul - União das Nações Sul-americanas está formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Após a criação da Unasul, o próximo passo para a criação da nova NAÇÃO BOLIVARIANA é o Conselho de Defesa Sul-americano, do qual o ministro Nelson Jobim é o atual articulador e da qual o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, até agora recusa-se a participar.



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UNASUL - Está criada a nova NAÇÃO BOLIVARIANA

Lula está certo: A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"

(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.

A Unasul - União das Nações Sul-americanas está formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Após a criação da Unasul, o próximo passo para a criação da nova NAÇÃO BOLIVARIANA é o Conselho de Defesa Sul-americano, do qual o ministro Nelson Jobim é o atual articulador e da qual o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, até agora recusa-se a participar.



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UNASUL - Está criada a nova NAÇÃO BOLIVARIANA

Lula está certo: A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"

(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.

A Unasul - União das Nações Sul-americanas está formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Após a criação da Unasul, o próximo passo para a criação da nova NAÇÃO BOLIVARIANA é o Conselho de Defesa Sul-americano, do qual o ministro Nelson Jobim é o atual articulador e da qual o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, até agora recusa-se a participar.



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UNASUL - Está criada a nova NAÇÃO BOLIVARIANA

Lula está certo: A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"

(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.

A Unasul - União das Nações Sul-americanas está formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Após a criação da Unasul, o próximo passo para a criação da nova NAÇÃO BOLIVARIANA é o Conselho de Defesa Sul-americano, do qual o ministro Nelson Jobim é o atual articulador e da qual o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, até agora recusa-se a participar.



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Senador Jefferson Peres

Em várias ocasiões o senador Jefferson Peres desabafou o seu cansaço com a podridão da política Brasileira, a qual, com sua morte, agora fica mais podre.

Descanse em Paz Senador!

Ouça um dos mais famosos discursos do senador Jefferson Peres.


Assista um dos últimos discursos senador Jefferson Peres, no qual ele comenta sobre o problema da reserva "Raposa Serra do Sol".
Ler o Discurso completo


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Senador Jefferson Peres

Em várias ocasiões o senador Jefferson Peres desabafou o seu cansaço com a podridão da política Brasileira, a qual, com sua morte, agora fica mais podre.

Descanse em Paz Senador!

Ouça um dos mais famosos discursos do senador Jefferson Peres.


Assista um dos últimos discursos senador Jefferson Peres, no qual ele comenta sobre o problema da reserva "Raposa Serra do Sol".
Ler o Discurso completo


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Senador Jefferson Peres

Em várias ocasiões o senador Jefferson Peres desabafou o seu cansaço com a podridão da política Brasileira, a qual, com sua morte, agora fica mais podre.

Descanse em Paz Senador!

Ouça um dos mais famosos discursos do senador Jefferson Peres.


Assista um dos últimos discursos senador Jefferson Peres, no qual ele comenta sobre o problema da reserva "Raposa Serra do Sol".
Ler o Discurso completo


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Senador Jefferson Peres

Em várias ocasiões o senador Jefferson Peres desabafou o seu cansaço com a podridão da política Brasileira, a qual, com sua morte, agora fica mais podre.

Descanse em Paz Senador!

Ouça um dos mais famosos discursos do senador Jefferson Peres.


Assista um dos últimos discursos senador Jefferson Peres, no qual ele comenta sobre o problema da reserva "Raposa Serra do Sol".
Ler o Discurso completo


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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Índios agridem engenheiro em debate sobre hidrelétrica.



O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende foi agredido ontem a socos e ferido com um facão por índios caiapós.As agressões ocorreram no fim de uma palestra no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reuniu 3 mil pessoas em Altamira (PA) - metade delas indígenas que debatiam os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.Rezende havia acabado de fazer uma palestra sobre os detalhes técnicos do projeto da usina. Os índios, liderados por Tuíra Caiapó, avançaram sobre o técnico. Ele teve teve a camisa rasgada e foi ferido no braço pelo facão de um guerreiro. Os organizadores do encontro tiveram dificuldade para livrar Rezende dos índios, que o acusaram de estar debochando deles e de desrespeitá-los. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Transamazônica, enquanto outros técnicos da Eletrobrás registravam ocorrência na Polícia Civil.Havia 600 índios de várias etnias no salão em que se realiza o encontro na hora da confusão. A Polícia Militar não prendeu ninguém.Não foi a primeira vez que um técnico da estatal sofre agressão. Em 1989, a índia Tuíra esfregou um facão no rosto do atual presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, protestando contra a construção da hidrelétrica.
Fonte : Zero Hora

======================

A agressão de índios a um engenheiro no Pará marca o debate sobre a construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do país.
Ticiana Villas Boas


PF investiga agressão de engenheiro por índios no Pará
A PF abriu inquérito para investigar a agressão sofrida por engenheiro da Eletrobras. Ele foi ferido durante evento sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
.

Índios agridem engenheiro em debate sobre hidrelétrica.



O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende foi agredido ontem a socos e ferido com um facão por índios caiapós.As agressões ocorreram no fim de uma palestra no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reuniu 3 mil pessoas em Altamira (PA) - metade delas indígenas que debatiam os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.Rezende havia acabado de fazer uma palestra sobre os detalhes técnicos do projeto da usina. Os índios, liderados por Tuíra Caiapó, avançaram sobre o técnico. Ele teve teve a camisa rasgada e foi ferido no braço pelo facão de um guerreiro. Os organizadores do encontro tiveram dificuldade para livrar Rezende dos índios, que o acusaram de estar debochando deles e de desrespeitá-los. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Transamazônica, enquanto outros técnicos da Eletrobrás registravam ocorrência na Polícia Civil.Havia 600 índios de várias etnias no salão em que se realiza o encontro na hora da confusão. A Polícia Militar não prendeu ninguém.Não foi a primeira vez que um técnico da estatal sofre agressão. Em 1989, a índia Tuíra esfregou um facão no rosto do atual presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, protestando contra a construção da hidrelétrica.
Fonte : Zero Hora

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A agressão de índios a um engenheiro no Pará marca o debate sobre a construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do país.
Ticiana Villas Boas


PF investiga agressão de engenheiro por índios no Pará
A PF abriu inquérito para investigar a agressão sofrida por engenheiro da Eletrobras. Ele foi ferido durante evento sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
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Índios agridem engenheiro em debate sobre hidrelétrica.



O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende foi agredido ontem a socos e ferido com um facão por índios caiapós.As agressões ocorreram no fim de uma palestra no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reuniu 3 mil pessoas em Altamira (PA) - metade delas indígenas que debatiam os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.Rezende havia acabado de fazer uma palestra sobre os detalhes técnicos do projeto da usina. Os índios, liderados por Tuíra Caiapó, avançaram sobre o técnico. Ele teve teve a camisa rasgada e foi ferido no braço pelo facão de um guerreiro. Os organizadores do encontro tiveram dificuldade para livrar Rezende dos índios, que o acusaram de estar debochando deles e de desrespeitá-los. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Transamazônica, enquanto outros técnicos da Eletrobrás registravam ocorrência na Polícia Civil.Havia 600 índios de várias etnias no salão em que se realiza o encontro na hora da confusão. A Polícia Militar não prendeu ninguém.Não foi a primeira vez que um técnico da estatal sofre agressão. Em 1989, a índia Tuíra esfregou um facão no rosto do atual presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, protestando contra a construção da hidrelétrica.
Fonte : Zero Hora

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A agressão de índios a um engenheiro no Pará marca o debate sobre a construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do país.
Ticiana Villas Boas


PF investiga agressão de engenheiro por índios no Pará
A PF abriu inquérito para investigar a agressão sofrida por engenheiro da Eletrobras. Ele foi ferido durante evento sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
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Índios agridem engenheiro em debate sobre hidrelétrica.



O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende foi agredido ontem a socos e ferido com um facão por índios caiapós.As agressões ocorreram no fim de uma palestra no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reuniu 3 mil pessoas em Altamira (PA) - metade delas indígenas que debatiam os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.Rezende havia acabado de fazer uma palestra sobre os detalhes técnicos do projeto da usina. Os índios, liderados por Tuíra Caiapó, avançaram sobre o técnico. Ele teve teve a camisa rasgada e foi ferido no braço pelo facão de um guerreiro. Os organizadores do encontro tiveram dificuldade para livrar Rezende dos índios, que o acusaram de estar debochando deles e de desrespeitá-los. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Transamazônica, enquanto outros técnicos da Eletrobrás registravam ocorrência na Polícia Civil.Havia 600 índios de várias etnias no salão em que se realiza o encontro na hora da confusão. A Polícia Militar não prendeu ninguém.Não foi a primeira vez que um técnico da estatal sofre agressão. Em 1989, a índia Tuíra esfregou um facão no rosto do atual presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, protestando contra a construção da hidrelétrica.
Fonte : Zero Hora

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A agressão de índios a um engenheiro no Pará marca o debate sobre a construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do país.
Ticiana Villas Boas


PF investiga agressão de engenheiro por índios no Pará
A PF abriu inquérito para investigar a agressão sofrida por engenheiro da Eletrobras. Ele foi ferido durante evento sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Reserva Raposa Serra do Sol baseou-se em laudo fraudado

Não sei se esqueci de postar ou se deletei por engano, mas o fato é que a postagem do inicio do mês, que fiz ou que pensei ter feito, sobre uma das mais importantes notícias sobre a Reserva Raposa Serra do Sol não está no blog, ou sumiu, por isso estou repostanto, acrescida do comentário de Reinaldo Azevedo e dos videos do Jornal da Globo .

Laudo foi fraude!

O laudo antropológico feito para justificar a demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol foi uma fraude. Essa é a afirmação feita pelo historiador roraimense Riobranco Brasil, que disse ter provas conclusivas que alegam que apenas uma pessoa elaborou o documento, ao invés de um grupo de trabalho, como mandava a Justiça. O historiador caracteriza o laudo como a maior peça farsante já produzida e que chegou a induzir as autoridades federais, na ocasião, o presidente Luizs Inácio Lula da Silva e o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para oficializarem a demarcação da área indígena.
Os autos que comprovam a farsa estão reunidos no livro do autor, "Pedra Pintada, o Templo Sagrado", ainda em fase de publicação. Nele, Riobranco afirma que o grupo técnico, recrutado pela Funai para elaborar o relatório antropológico, nunca existiu. "O que se chama grupo se resume apenas em uma pessoa: a antropóloga Maria Guiomar de Melo, que foi a única que assinou o relatório", disse o historiador. "É de se supor que ela estivesse representando todo o grupo dos 27 técnicos das várias instituições envolvidas".
O processo de pesquisa foi realizado entre 1991 e 1993. Os 27 técnicos eram representantes da então Secretaria estadual de Meio Ambiente, Interior e Justiça de Roraima (Semaijus), por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), por membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
O grupo interinstitucional foi formado por dez índios indicados pelo CIR. Segundo Riobranco, isso demonstra a parcialidade por não constar representações de outras instituições e dos índios contrários à demarcação em área contínua. "Além do fato de o relatório não representar o pensamento dos membros do grupo técnico, é considerável a pouca representatividade desse grupo constituído pela Funai".
Para o pesquisador, a Assessoria Jurídica do Governo do Estado deve entrar com uma ação judicial pedindo a anulação do laudo e, conseqüentemente, a anulação da homologação de Raposa Serra do Sol.
Além disso, a Assembléia Legislativa deve convocar para depoimento a antropóloga Maria Guiomar de Melo, apontada como a responsável pela elaboração do laudo. "Ela vai ter que se explicar sobre a elaboração fraudulenta desse documento, que em nada justifica a operação da Polícia Federal de retirada dos não-índios da terra indígena".
O historiador afirma que um fato, semelhante ao que ocorre na Raposa, aconteceu há 104 anos, em que o Brasil perdeu uma gleba de 19.630 km para a Inglaterra. Trata-se da questão do Pirara, região localizada na época a Leste do Estado de Roraima.
Alegando estar proporcionando a exploração da riqueza britânica, o império inglês enviou ao lugar o explorador prussiano Robert Hermam Schomburgk, em 1835. Mais tarde, sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes.
Logo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a fronteira sem a anuência do governo brasileiro.
O feito foi chamado de "Linha Shomburgk". A questão se prolongou até 1904, quando, por fim, o Brasil aceitou o laudo arbitral do rei Vitor Emanuel III, da Itália, que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630km2 de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os outros 13.570 km2) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.
"A argumentação de Schomburgk para que o Brasil perdesse a questão do Pirara é a mesma mentira que estão argumentando para o país perder Raposa Serra do Sol", disse Riobranco. "Naquela época, o rei italiano Vitor Manuel usou os índios como escudo e hoje a história se repete. Outros italianos estão usando novamente os índios como escudo".
Fabio Cavalcante é historiador
Tribuna da Imprensa

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Alô, ministros do Supremo!!!
No “grupo” formado para colher as informações sobre Raposa Serra do Sol que resultaram no “laudo antropológico” (a que se agarra a Funai) estão:

Maíldes Fabrício Lemos – Ele aparece lá como “técnico agrícola”. Mas é o próprio quem diz: “Eu acho que um negócio desses está errado, porque não sou técnico, eu sou motorista”.

José Juliano Carvalho – professor da USP. Ocorre que o tal professor nunca esteve em Raraima e ignora a questão. Ele diz que seu nome está sendo “usado” para tungar a terra dos índios. Ora, usado ele foi para fazer o laudo fraudulento, não é mesmo?

O que vai acima, como se vê, é incontestável. E daí? O presidente da Funai, mesmo admitindo ignorar a questão — parece que ele também desconhece o Brasil — reafirma a seriedade do laudo, assinado pela antropóloga Maria Guiomar de Melo, que se nega a dar declarações a respeito.

Começa a ficar claro que o laudo antropológico — que teria resultado do trabalho de uma grande equipe — é obra de uma pessoa só. E, como diz um juz, feito a partir de recortes de jornal.
O que a reportagem do Jornal da Globo evidencia é que a convivência entre índios e não-índios em Roraima é muito mais antiga do que afirmam a Funai e o governo federal.
Os conflitos em Raposa Serra do Sol, como se nota, não derivam do conflito de interesses entre os arrozeiros e os índios de Roraraima. Quem bota fogo na questão são os "índios" da USP e de Brasília.
Reinaldo Azevedo

Reportagem completa do Jornal da Globo sobre a Reserva Raposa Serra do Sol
Parte 01

Parte 02

Parte 03

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Reserva Raposa Serra do Sol baseou-se em laudo fraudado

Não sei se esqueci de postar ou se deletei por engano, mas o fato é que a postagem do inicio do mês, que fiz ou que pensei ter feito, sobre uma das mais importantes notícias sobre a Reserva Raposa Serra do Sol não está no blog, ou sumiu, por isso estou repostanto, acrescida do comentário de Reinaldo Azevedo e dos videos do Jornal da Globo .

Laudo foi fraude!

O laudo antropológico feito para justificar a demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol foi uma fraude. Essa é a afirmação feita pelo historiador roraimense Riobranco Brasil, que disse ter provas conclusivas que alegam que apenas uma pessoa elaborou o documento, ao invés de um grupo de trabalho, como mandava a Justiça. O historiador caracteriza o laudo como a maior peça farsante já produzida e que chegou a induzir as autoridades federais, na ocasião, o presidente Luizs Inácio Lula da Silva e o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para oficializarem a demarcação da área indígena.
Os autos que comprovam a farsa estão reunidos no livro do autor, "Pedra Pintada, o Templo Sagrado", ainda em fase de publicação. Nele, Riobranco afirma que o grupo técnico, recrutado pela Funai para elaborar o relatório antropológico, nunca existiu. "O que se chama grupo se resume apenas em uma pessoa: a antropóloga Maria Guiomar de Melo, que foi a única que assinou o relatório", disse o historiador. "É de se supor que ela estivesse representando todo o grupo dos 27 técnicos das várias instituições envolvidas".
O processo de pesquisa foi realizado entre 1991 e 1993. Os 27 técnicos eram representantes da então Secretaria estadual de Meio Ambiente, Interior e Justiça de Roraima (Semaijus), por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), por membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
O grupo interinstitucional foi formado por dez índios indicados pelo CIR. Segundo Riobranco, isso demonstra a parcialidade por não constar representações de outras instituições e dos índios contrários à demarcação em área contínua. "Além do fato de o relatório não representar o pensamento dos membros do grupo técnico, é considerável a pouca representatividade desse grupo constituído pela Funai".
Para o pesquisador, a Assessoria Jurídica do Governo do Estado deve entrar com uma ação judicial pedindo a anulação do laudo e, conseqüentemente, a anulação da homologação de Raposa Serra do Sol.
Além disso, a Assembléia Legislativa deve convocar para depoimento a antropóloga Maria Guiomar de Melo, apontada como a responsável pela elaboração do laudo. "Ela vai ter que se explicar sobre a elaboração fraudulenta desse documento, que em nada justifica a operação da Polícia Federal de retirada dos não-índios da terra indígena".
O historiador afirma que um fato, semelhante ao que ocorre na Raposa, aconteceu há 104 anos, em que o Brasil perdeu uma gleba de 19.630 km para a Inglaterra. Trata-se da questão do Pirara, região localizada na época a Leste do Estado de Roraima.
Alegando estar proporcionando a exploração da riqueza britânica, o império inglês enviou ao lugar o explorador prussiano Robert Hermam Schomburgk, em 1835. Mais tarde, sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes.
Logo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a fronteira sem a anuência do governo brasileiro.
O feito foi chamado de "Linha Shomburgk". A questão se prolongou até 1904, quando, por fim, o Brasil aceitou o laudo arbitral do rei Vitor Emanuel III, da Itália, que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630km2 de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os outros 13.570 km2) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.
"A argumentação de Schomburgk para que o Brasil perdesse a questão do Pirara é a mesma mentira que estão argumentando para o país perder Raposa Serra do Sol", disse Riobranco. "Naquela época, o rei italiano Vitor Manuel usou os índios como escudo e hoje a história se repete. Outros italianos estão usando novamente os índios como escudo".
Fabio Cavalcante é historiador
Tribuna da Imprensa

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Alô, ministros do Supremo!!!
No “grupo” formado para colher as informações sobre Raposa Serra do Sol que resultaram no “laudo antropológico” (a que se agarra a Funai) estão:

Maíldes Fabrício Lemos – Ele aparece lá como “técnico agrícola”. Mas é o próprio quem diz: “Eu acho que um negócio desses está errado, porque não sou técnico, eu sou motorista”.

José Juliano Carvalho – professor da USP. Ocorre que o tal professor nunca esteve em Raraima e ignora a questão. Ele diz que seu nome está sendo “usado” para tungar a terra dos índios. Ora, usado ele foi para fazer o laudo fraudulento, não é mesmo?

O que vai acima, como se vê, é incontestável. E daí? O presidente da Funai, mesmo admitindo ignorar a questão — parece que ele também desconhece o Brasil — reafirma a seriedade do laudo, assinado pela antropóloga Maria Guiomar de Melo, que se nega a dar declarações a respeito.

Começa a ficar claro que o laudo antropológico — que teria resultado do trabalho de uma grande equipe — é obra de uma pessoa só. E, como diz um juz, feito a partir de recortes de jornal.
O que a reportagem do Jornal da Globo evidencia é que a convivência entre índios e não-índios em Roraima é muito mais antiga do que afirmam a Funai e o governo federal.
Os conflitos em Raposa Serra do Sol, como se nota, não derivam do conflito de interesses entre os arrozeiros e os índios de Roraraima. Quem bota fogo na questão são os "índios" da USP e de Brasília.
Reinaldo Azevedo

Reportagem completa do Jornal da Globo sobre a Reserva Raposa Serra do Sol
Parte 01

Parte 02

Parte 03

.

Reserva Raposa Serra do Sol baseou-se em laudo fraudado

Não sei se esqueci de postar ou se deletei por engano, mas o fato é que a postagem do inicio do mês, que fiz ou que pensei ter feito, sobre uma das mais importantes notícias sobre a Reserva Raposa Serra do Sol não está no blog, ou sumiu, por isso estou repostanto, acrescida do comentário de Reinaldo Azevedo e dos videos do Jornal da Globo .

Laudo foi fraude!

O laudo antropológico feito para justificar a demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol foi uma fraude. Essa é a afirmação feita pelo historiador roraimense Riobranco Brasil, que disse ter provas conclusivas que alegam que apenas uma pessoa elaborou o documento, ao invés de um grupo de trabalho, como mandava a Justiça. O historiador caracteriza o laudo como a maior peça farsante já produzida e que chegou a induzir as autoridades federais, na ocasião, o presidente Luizs Inácio Lula da Silva e o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para oficializarem a demarcação da área indígena.
Os autos que comprovam a farsa estão reunidos no livro do autor, "Pedra Pintada, o Templo Sagrado", ainda em fase de publicação. Nele, Riobranco afirma que o grupo técnico, recrutado pela Funai para elaborar o relatório antropológico, nunca existiu. "O que se chama grupo se resume apenas em uma pessoa: a antropóloga Maria Guiomar de Melo, que foi a única que assinou o relatório", disse o historiador. "É de se supor que ela estivesse representando todo o grupo dos 27 técnicos das várias instituições envolvidas".
O processo de pesquisa foi realizado entre 1991 e 1993. Os 27 técnicos eram representantes da então Secretaria estadual de Meio Ambiente, Interior e Justiça de Roraima (Semaijus), por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), por membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
O grupo interinstitucional foi formado por dez índios indicados pelo CIR. Segundo Riobranco, isso demonstra a parcialidade por não constar representações de outras instituições e dos índios contrários à demarcação em área contínua. "Além do fato de o relatório não representar o pensamento dos membros do grupo técnico, é considerável a pouca representatividade desse grupo constituído pela Funai".
Para o pesquisador, a Assessoria Jurídica do Governo do Estado deve entrar com uma ação judicial pedindo a anulação do laudo e, conseqüentemente, a anulação da homologação de Raposa Serra do Sol.
Além disso, a Assembléia Legislativa deve convocar para depoimento a antropóloga Maria Guiomar de Melo, apontada como a responsável pela elaboração do laudo. "Ela vai ter que se explicar sobre a elaboração fraudulenta desse documento, que em nada justifica a operação da Polícia Federal de retirada dos não-índios da terra indígena".
O historiador afirma que um fato, semelhante ao que ocorre na Raposa, aconteceu há 104 anos, em que o Brasil perdeu uma gleba de 19.630 km para a Inglaterra. Trata-se da questão do Pirara, região localizada na época a Leste do Estado de Roraima.
Alegando estar proporcionando a exploração da riqueza britânica, o império inglês enviou ao lugar o explorador prussiano Robert Hermam Schomburgk, em 1835. Mais tarde, sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes.
Logo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a fronteira sem a anuência do governo brasileiro.
O feito foi chamado de "Linha Shomburgk". A questão se prolongou até 1904, quando, por fim, o Brasil aceitou o laudo arbitral do rei Vitor Emanuel III, da Itália, que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630km2 de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os outros 13.570 km2) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.
"A argumentação de Schomburgk para que o Brasil perdesse a questão do Pirara é a mesma mentira que estão argumentando para o país perder Raposa Serra do Sol", disse Riobranco. "Naquela época, o rei italiano Vitor Manuel usou os índios como escudo e hoje a história se repete. Outros italianos estão usando novamente os índios como escudo".
Fabio Cavalcante é historiador
Tribuna da Imprensa

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Alô, ministros do Supremo!!!
No “grupo” formado para colher as informações sobre Raposa Serra do Sol que resultaram no “laudo antropológico” (a que se agarra a Funai) estão:

Maíldes Fabrício Lemos – Ele aparece lá como “técnico agrícola”. Mas é o próprio quem diz: “Eu acho que um negócio desses está errado, porque não sou técnico, eu sou motorista”.

José Juliano Carvalho – professor da USP. Ocorre que o tal professor nunca esteve em Raraima e ignora a questão. Ele diz que seu nome está sendo “usado” para tungar a terra dos índios. Ora, usado ele foi para fazer o laudo fraudulento, não é mesmo?

O que vai acima, como se vê, é incontestável. E daí? O presidente da Funai, mesmo admitindo ignorar a questão — parece que ele também desconhece o Brasil — reafirma a seriedade do laudo, assinado pela antropóloga Maria Guiomar de Melo, que se nega a dar declarações a respeito.

Começa a ficar claro que o laudo antropológico — que teria resultado do trabalho de uma grande equipe — é obra de uma pessoa só. E, como diz um juz, feito a partir de recortes de jornal.
O que a reportagem do Jornal da Globo evidencia é que a convivência entre índios e não-índios em Roraima é muito mais antiga do que afirmam a Funai e o governo federal.
Os conflitos em Raposa Serra do Sol, como se nota, não derivam do conflito de interesses entre os arrozeiros e os índios de Roraraima. Quem bota fogo na questão são os "índios" da USP e de Brasília.
Reinaldo Azevedo

Reportagem completa do Jornal da Globo sobre a Reserva Raposa Serra do Sol
Parte 01

Parte 02

Parte 03

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Reserva Raposa Serra do Sol baseou-se em laudo fraudado

Não sei se esqueci de postar ou se deletei por engano, mas o fato é que a postagem do inicio do mês, que fiz ou que pensei ter feito, sobre uma das mais importantes notícias sobre a Reserva Raposa Serra do Sol não está no blog, ou sumiu, por isso estou repostanto, acrescida do comentário de Reinaldo Azevedo e dos videos do Jornal da Globo .

Laudo foi fraude!

O laudo antropológico feito para justificar a demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol foi uma fraude. Essa é a afirmação feita pelo historiador roraimense Riobranco Brasil, que disse ter provas conclusivas que alegam que apenas uma pessoa elaborou o documento, ao invés de um grupo de trabalho, como mandava a Justiça. O historiador caracteriza o laudo como a maior peça farsante já produzida e que chegou a induzir as autoridades federais, na ocasião, o presidente Luizs Inácio Lula da Silva e o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para oficializarem a demarcação da área indígena.
Os autos que comprovam a farsa estão reunidos no livro do autor, "Pedra Pintada, o Templo Sagrado", ainda em fase de publicação. Nele, Riobranco afirma que o grupo técnico, recrutado pela Funai para elaborar o relatório antropológico, nunca existiu. "O que se chama grupo se resume apenas em uma pessoa: a antropóloga Maria Guiomar de Melo, que foi a única que assinou o relatório", disse o historiador. "É de se supor que ela estivesse representando todo o grupo dos 27 técnicos das várias instituições envolvidas".
O processo de pesquisa foi realizado entre 1991 e 1993. Os 27 técnicos eram representantes da então Secretaria estadual de Meio Ambiente, Interior e Justiça de Roraima (Semaijus), por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), por membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
O grupo interinstitucional foi formado por dez índios indicados pelo CIR. Segundo Riobranco, isso demonstra a parcialidade por não constar representações de outras instituições e dos índios contrários à demarcação em área contínua. "Além do fato de o relatório não representar o pensamento dos membros do grupo técnico, é considerável a pouca representatividade desse grupo constituído pela Funai".
Para o pesquisador, a Assessoria Jurídica do Governo do Estado deve entrar com uma ação judicial pedindo a anulação do laudo e, conseqüentemente, a anulação da homologação de Raposa Serra do Sol.
Além disso, a Assembléia Legislativa deve convocar para depoimento a antropóloga Maria Guiomar de Melo, apontada como a responsável pela elaboração do laudo. "Ela vai ter que se explicar sobre a elaboração fraudulenta desse documento, que em nada justifica a operação da Polícia Federal de retirada dos não-índios da terra indígena".
O historiador afirma que um fato, semelhante ao que ocorre na Raposa, aconteceu há 104 anos, em que o Brasil perdeu uma gleba de 19.630 km para a Inglaterra. Trata-se da questão do Pirara, região localizada na época a Leste do Estado de Roraima.
Alegando estar proporcionando a exploração da riqueza britânica, o império inglês enviou ao lugar o explorador prussiano Robert Hermam Schomburgk, em 1835. Mais tarde, sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes.
Logo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a fronteira sem a anuência do governo brasileiro.
O feito foi chamado de "Linha Shomburgk". A questão se prolongou até 1904, quando, por fim, o Brasil aceitou o laudo arbitral do rei Vitor Emanuel III, da Itália, que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630km2 de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os outros 13.570 km2) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.
"A argumentação de Schomburgk para que o Brasil perdesse a questão do Pirara é a mesma mentira que estão argumentando para o país perder Raposa Serra do Sol", disse Riobranco. "Naquela época, o rei italiano Vitor Manuel usou os índios como escudo e hoje a história se repete. Outros italianos estão usando novamente os índios como escudo".
Fabio Cavalcante é historiador
Tribuna da Imprensa

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Alô, ministros do Supremo!!!
No “grupo” formado para colher as informações sobre Raposa Serra do Sol que resultaram no “laudo antropológico” (a que se agarra a Funai) estão:

Maíldes Fabrício Lemos – Ele aparece lá como “técnico agrícola”. Mas é o próprio quem diz: “Eu acho que um negócio desses está errado, porque não sou técnico, eu sou motorista”.

José Juliano Carvalho – professor da USP. Ocorre que o tal professor nunca esteve em Raraima e ignora a questão. Ele diz que seu nome está sendo “usado” para tungar a terra dos índios. Ora, usado ele foi para fazer o laudo fraudulento, não é mesmo?

O que vai acima, como se vê, é incontestável. E daí? O presidente da Funai, mesmo admitindo ignorar a questão — parece que ele também desconhece o Brasil — reafirma a seriedade do laudo, assinado pela antropóloga Maria Guiomar de Melo, que se nega a dar declarações a respeito.

Começa a ficar claro que o laudo antropológico — que teria resultado do trabalho de uma grande equipe — é obra de uma pessoa só. E, como diz um juz, feito a partir de recortes de jornal.
O que a reportagem do Jornal da Globo evidencia é que a convivência entre índios e não-índios em Roraima é muito mais antiga do que afirmam a Funai e o governo federal.
Os conflitos em Raposa Serra do Sol, como se nota, não derivam do conflito de interesses entre os arrozeiros e os índios de Roraraima. Quem bota fogo na questão são os "índios" da USP e de Brasília.
Reinaldo Azevedo

Reportagem completa do Jornal da Globo sobre a Reserva Raposa Serra do Sol
Parte 01

Parte 02

Parte 03

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Dez toneladas de remédios que iriam para os índios vão para o lixo.

Realmente, o governo está muito preocupado com os índios.
A preocupação é tão grande que *esqueceram* de distribuir aos índios 10 toneladas de remédios, que mofaram no depósito da Funasa em Brasília. Os remédios, que tinham prazo de até 3 anos, serão incinerados.

"É inacreditável a falta de medicamentos básicos e necessários para o tratamento de pacientes indígenas internados na Casa do Índio em Atalaia do Norte (AM). É um absurdo, uma vergonha que a Funasa perca essa quantidade de remédios. Tem muita gente precisando", afirmou Jorge Duarte, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Vale do Javari (Amazonas).

Leia mais na Revista Época

.

Dez toneladas de remédios que iriam para os índios vão para o lixo.

Realmente, o governo está muito preocupado com os índios.
A preocupação é tão grande que *esqueceram* de distribuir aos índios 10 toneladas de remédios, que mofaram no depósito da Funasa em Brasília. Os remédios, que tinham prazo de até 3 anos, serão incinerados.

"É inacreditável a falta de medicamentos básicos e necessários para o tratamento de pacientes indígenas internados na Casa do Índio em Atalaia do Norte (AM). É um absurdo, uma vergonha que a Funasa perca essa quantidade de remédios. Tem muita gente precisando", afirmou Jorge Duarte, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Vale do Javari (Amazonas).

Leia mais na Revista Época

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Dez toneladas de remédios que iriam para os índios vão para o lixo.

Realmente, o governo está muito preocupado com os índios.
A preocupação é tão grande que *esqueceram* de distribuir aos índios 10 toneladas de remédios, que mofaram no depósito da Funasa em Brasília. Os remédios, que tinham prazo de até 3 anos, serão incinerados.

"É inacreditável a falta de medicamentos básicos e necessários para o tratamento de pacientes indígenas internados na Casa do Índio em Atalaia do Norte (AM). É um absurdo, uma vergonha que a Funasa perca essa quantidade de remédios. Tem muita gente precisando", afirmou Jorge Duarte, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Vale do Javari (Amazonas).

Leia mais na Revista Época

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Dez toneladas de remédios que iriam para os índios vão para o lixo.

Realmente, o governo está muito preocupado com os índios.
A preocupação é tão grande que *esqueceram* de distribuir aos índios 10 toneladas de remédios, que mofaram no depósito da Funasa em Brasília. Os remédios, que tinham prazo de até 3 anos, serão incinerados.

"É inacreditável a falta de medicamentos básicos e necessários para o tratamento de pacientes indígenas internados na Casa do Índio em Atalaia do Norte (AM). É um absurdo, uma vergonha que a Funasa perca essa quantidade de remédios. Tem muita gente precisando", afirmou Jorge Duarte, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Vale do Javari (Amazonas).

Leia mais na Revista Época

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terça-feira, 20 de maio de 2008

A Mentira da Resistência a Ditadura.

A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no noticiário. Nos últimos anos, foi se consolidando uma versão da história de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heróicas ações. Em um país sem memória, é muito fácil reescrever a história. É urgente enfrentarmos essa falácia. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, seqüestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras razões.

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.

Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais menções à democracia estavam ligadas à "fase burguesa da revolução". Uma espécie de caminho penoso, uma concessão momentânea rumo à ditadura de partido único.

Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Católica um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?

Quem contribuiu mais para a restauração da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lisâneas Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A ação do MDB, especialmente dos parlamentares da "ala autêntica", precisa ser relembrada. Não foi nada fácil ser oposição nas eleições na década de 1970.

Os militantes dos grupos de luta armada construíram um discurso eficaz. Quem questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desconsideração dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o terrorismo de Estado.

Precisamos romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o adversário, em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra. Um bom caminho para o país seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a ação contrária ao regime como a dos "defensores da ordem" poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, porém, que o governo não quer. Optou por uma espécie de "cala-boca" financeiro. Rentável, é verdade.

Injusto, também é verdade. Tanto pelo pagamento de indenizações milionárias a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que até hoje não receberam nenhuma compensação. É fundamental não só rever as indenizações já aprovadas como estabelecer critérios rigorosos para os próximos processos. Enfim, precisamos romper os tabus construídos nas últimas quatro décadas: criticar a luta armada não é apoiar a tortura, assim como atacar a selvagem repressão do regime militar não é defender o terrorismo. O pagamento das indenizações não pode servir como cortina de fumaça para encobrir a história do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos não significa revanchismo ou coisa que o valha.

O desinteresse do governo pelo tema é tão grande que nem sequer sabe onde estão os arquivos das Forças Armadas e dos órgãos civis de repressão. Mantê-los fechados só aumenta os boatos e as versões fantasiosas.

MARCO ANTONIO VILLA, 51, é professor de história do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor, entre outros livros, de "Jango, um perfil".
Fonte: Folha

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A Mentira da Resistência a Ditadura.

A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no noticiário. Nos últimos anos, foi se consolidando uma versão da história de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heróicas ações. Em um país sem memória, é muito fácil reescrever a história. É urgente enfrentarmos essa falácia. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, seqüestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras razões.

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.

Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais menções à democracia estavam ligadas à "fase burguesa da revolução". Uma espécie de caminho penoso, uma concessão momentânea rumo à ditadura de partido único.

Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Católica um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?

Quem contribuiu mais para a restauração da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lisâneas Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A ação do MDB, especialmente dos parlamentares da "ala autêntica", precisa ser relembrada. Não foi nada fácil ser oposição nas eleições na década de 1970.

Os militantes dos grupos de luta armada construíram um discurso eficaz. Quem questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desconsideração dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o terrorismo de Estado.

Precisamos romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o adversário, em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra. Um bom caminho para o país seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a ação contrária ao regime como a dos "defensores da ordem" poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, porém, que o governo não quer. Optou por uma espécie de "cala-boca" financeiro. Rentável, é verdade.

Injusto, também é verdade. Tanto pelo pagamento de indenizações milionárias a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que até hoje não receberam nenhuma compensação. É fundamental não só rever as indenizações já aprovadas como estabelecer critérios rigorosos para os próximos processos. Enfim, precisamos romper os tabus construídos nas últimas quatro décadas: criticar a luta armada não é apoiar a tortura, assim como atacar a selvagem repressão do regime militar não é defender o terrorismo. O pagamento das indenizações não pode servir como cortina de fumaça para encobrir a história do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos não significa revanchismo ou coisa que o valha.

O desinteresse do governo pelo tema é tão grande que nem sequer sabe onde estão os arquivos das Forças Armadas e dos órgãos civis de repressão. Mantê-los fechados só aumenta os boatos e as versões fantasiosas.

MARCO ANTONIO VILLA, 51, é professor de história do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor, entre outros livros, de "Jango, um perfil".
Fonte: Folha

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A Mentira da Resistência a Ditadura.

A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no noticiário. Nos últimos anos, foi se consolidando uma versão da história de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heróicas ações. Em um país sem memória, é muito fácil reescrever a história. É urgente enfrentarmos essa falácia. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, seqüestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras razões.

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.

Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais menções à democracia estavam ligadas à "fase burguesa da revolução". Uma espécie de caminho penoso, uma concessão momentânea rumo à ditadura de partido único.

Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Católica um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?

Quem contribuiu mais para a restauração da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lisâneas Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A ação do MDB, especialmente dos parlamentares da "ala autêntica", precisa ser relembrada. Não foi nada fácil ser oposição nas eleições na década de 1970.

Os militantes dos grupos de luta armada construíram um discurso eficaz. Quem questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desconsideração dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o terrorismo de Estado.

Precisamos romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o adversário, em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra. Um bom caminho para o país seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a ação contrária ao regime como a dos "defensores da ordem" poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, porém, que o governo não quer. Optou por uma espécie de "cala-boca" financeiro. Rentável, é verdade.

Injusto, também é verdade. Tanto pelo pagamento de indenizações milionárias a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que até hoje não receberam nenhuma compensação. É fundamental não só rever as indenizações já aprovadas como estabelecer critérios rigorosos para os próximos processos. Enfim, precisamos romper os tabus construídos nas últimas quatro décadas: criticar a luta armada não é apoiar a tortura, assim como atacar a selvagem repressão do regime militar não é defender o terrorismo. O pagamento das indenizações não pode servir como cortina de fumaça para encobrir a história do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos não significa revanchismo ou coisa que o valha.

O desinteresse do governo pelo tema é tão grande que nem sequer sabe onde estão os arquivos das Forças Armadas e dos órgãos civis de repressão. Mantê-los fechados só aumenta os boatos e as versões fantasiosas.

MARCO ANTONIO VILLA, 51, é professor de história do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor, entre outros livros, de "Jango, um perfil".
Fonte: Folha

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A Mentira da Resistência a Ditadura.

A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no noticiário. Nos últimos anos, foi se consolidando uma versão da história de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heróicas ações. Em um país sem memória, é muito fácil reescrever a história. É urgente enfrentarmos essa falácia. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, seqüestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras razões.

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.

Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais menções à democracia estavam ligadas à "fase burguesa da revolução". Uma espécie de caminho penoso, uma concessão momentânea rumo à ditadura de partido único.

Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Católica um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?

Quem contribuiu mais para a restauração da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lisâneas Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A ação do MDB, especialmente dos parlamentares da "ala autêntica", precisa ser relembrada. Não foi nada fácil ser oposição nas eleições na década de 1970.

Os militantes dos grupos de luta armada construíram um discurso eficaz. Quem questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desconsideração dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o terrorismo de Estado.

Precisamos romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o adversário, em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra. Um bom caminho para o país seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a ação contrária ao regime como a dos "defensores da ordem" poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, porém, que o governo não quer. Optou por uma espécie de "cala-boca" financeiro. Rentável, é verdade.

Injusto, também é verdade. Tanto pelo pagamento de indenizações milionárias a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que até hoje não receberam nenhuma compensação. É fundamental não só rever as indenizações já aprovadas como estabelecer critérios rigorosos para os próximos processos. Enfim, precisamos romper os tabus construídos nas últimas quatro décadas: criticar a luta armada não é apoiar a tortura, assim como atacar a selvagem repressão do regime militar não é defender o terrorismo. O pagamento das indenizações não pode servir como cortina de fumaça para encobrir a história do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos não significa revanchismo ou coisa que o valha.

O desinteresse do governo pelo tema é tão grande que nem sequer sabe onde estão os arquivos das Forças Armadas e dos órgãos civis de repressão. Mantê-los fechados só aumenta os boatos e as versões fantasiosas.

MARCO ANTONIO VILLA, 51, é professor de história do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor, entre outros livros, de "Jango, um perfil".
Fonte: Folha

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