Adhemar de Barros, após eleição para governador de São Paulo.
Sergio Kapustan
Tarde de 18 de julho de 1969, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Treze guerrilheiros da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares ( VAR Palmares) – 11 homens e duas mulheres – entram na mansão do irmão da secretária e amante do governador paulista Adhemar de Barros, morto quatro meses antes em Paris, Ana Guimol Banchimol Capriglione.
Objetivo: resgatar um cofre. A ação foi um sucesso, mas até hoje é polêmica porque nunca foi totalmente esclarecida. Ana Capriglione ficou conhecida como "Dr. Rui", pseudônimo dado pelo próprio Adhemar. "Pois não, Dr. Rui". Era dessa forma que Adhemar – que entrou para a história com a frase "rouba, mas faz" – atendia os telefonemas ela.
O grupo invadiu a casa apresentando-se como policiais que cumpriam um mandado de busca e apreensão. Quatro ficaram em frente à casa e nove entraram. Eles renderam os empregados e até as crianças, cortaram as duas linhas telefônicas e um grupo subiu ao quarto para chegar ao cofre. Especula-se que o cofre pesava entre 200 e 300 quilos e que teria rolado escada abaixo antes de ser colocado em uma Veraneio.
A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo, ex-marido dela e ex-deputado estadual. Em entrevista à época, o capitão Carlos Lamarca, líder da guerrilha e morto no sertão baiano em 1971, revelou que a quantia no cofre era de US$ 2,5 milhões. "Depois de uma longa investigação, localizamos uma parte da famosa caixinha do governador", declarou Lamarca.
O dinheiro foi levado para um aparelho localizado próximo ao Largo da Taquara, em Jacarepaguá. O cofre foi arrombado com maçarico e enchido de água para evitar a queima do dinheiro. Documentos pessoais de Adhemar foram recolhidos.
O destino do dinheiro financiou ações do grupo é uma incógnita até hoje.
Conhecida com o codinome de "Stella", Dilma contou posteriormente que não teria tido dificuldades em participar do assalto. Ela foi presa aos 22 anos em 16 de janeiro de 1970 e submetida a tortura por ser a "mentora" de todo o processo.
Esteve no assalto outro companheiro de Dilma no governo: o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Com 18 anos, era secundarista, conhecido pelo codinome "Orlando". Ele foi um dos "policiais" que tomaram a mansão. Minc foi preso em 1969, sofreu torturas e deixou o País em 1970. Estava entre os 40 presos políticos negociados em troca do embaixador da então Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Hollebem, seqüestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e pela Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1970. Com a anistia, voltou ao Brasil em 1979 e criou o PV junto com o deputado federal Fernando Gabeira na década 80.
José Dirceu, então líder estudantil, foi preso em 1968 e solto em 1969, com mais 14 presos políticos exilados em troca da libertação do embaixador americano Charles Elbrick.
Tarde de 18 de julho de 1969, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Treze guerrilheiros da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares ( VAR Palmares) – 11 homens e duas mulheres – entram na mansão do irmão da secretária e amante do governador paulista Adhemar de Barros, morto quatro meses antes em Paris, Ana Guimol Banchimol Capriglione.
Objetivo: resgatar um cofre. A ação foi um sucesso, mas até hoje é polêmica porque nunca foi totalmente esclarecida. Ana Capriglione ficou conhecida como "Dr. Rui", pseudônimo dado pelo próprio Adhemar. "Pois não, Dr. Rui". Era dessa forma que Adhemar – que entrou para a história com a frase "rouba, mas faz" – atendia os telefonemas ela.
O grupo invadiu a casa apresentando-se como policiais que cumpriam um mandado de busca e apreensão. Quatro ficaram em frente à casa e nove entraram. Eles renderam os empregados e até as crianças, cortaram as duas linhas telefônicas e um grupo subiu ao quarto para chegar ao cofre. Especula-se que o cofre pesava entre 200 e 300 quilos e que teria rolado escada abaixo antes de ser colocado em uma Veraneio.
A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo, ex-marido dela e ex-deputado estadual. Em entrevista à época, o capitão Carlos Lamarca, líder da guerrilha e morto no sertão baiano em 1971, revelou que a quantia no cofre era de US$ 2,5 milhões. "Depois de uma longa investigação, localizamos uma parte da famosa caixinha do governador", declarou Lamarca.
O dinheiro foi levado para um aparelho localizado próximo ao Largo da Taquara, em Jacarepaguá. O cofre foi arrombado com maçarico e enchido de água para evitar a queima do dinheiro. Documentos pessoais de Adhemar foram recolhidos.
O destino do dinheiro financiou ações do grupo é uma incógnita até hoje.
Conhecida com o codinome de "Stella", Dilma contou posteriormente que não teria tido dificuldades em participar do assalto. Ela foi presa aos 22 anos em 16 de janeiro de 1970 e submetida a tortura por ser a "mentora" de todo o processo.
Esteve no assalto outro companheiro de Dilma no governo: o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Com 18 anos, era secundarista, conhecido pelo codinome "Orlando". Ele foi um dos "policiais" que tomaram a mansão. Minc foi preso em 1969, sofreu torturas e deixou o País em 1970. Estava entre os 40 presos políticos negociados em troca do embaixador da então Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Hollebem, seqüestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e pela Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1970. Com a anistia, voltou ao Brasil em 1979 e criou o PV junto com o deputado federal Fernando Gabeira na década 80.
José Dirceu, então líder estudantil, foi preso em 1968 e solto em 1969, com mais 14 presos políticos exilados em troca da libertação do embaixador americano Charles Elbrick.
Troca de Presos pelo embaixador Ehrenfried von Hollebem
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