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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Arquivos da ditadura serão abertos

Casa Civil finaliza os procedimentos.

Ficarão retidos os relativos à segurança do Estado

No segundo semestre de 2004, parte da mídia intensificou a campanha para a “abertura dos arquivos da ditadura” comandada pelos “arautos da democracia e dos direitos humanos”, sobressaindo-se na empreitada o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Com a faca e o queijo na mão, o governo Lula, continua, volta e meia, fazendo a mesma promessa e, ainda, responsabilizando as Forças Armadas pela sonegação de dados que permitiriam a abertura tão prometida e tão esperada por todos.

Em 2006, o assunto “abertura dos arquivos” retornou à baila, pois que interessava ao governo do PT desviar as atenções do mar de lama dos “mensalões”, da corrupção desenfreada, dos caixas-dois, das compras de consciências, das mentiras cínicas dos dirigentes de um partido que se diz campeão da ética e da moralidade, afrontando a inteligência de todos nós ao afirmarem nada saber acerca de toda essa sujeira. Para eles, urgia mudar o rumo dos noticiários e fazer a mídia, que tanto os fustigou em 2005, buscar de novo, no passado, o veio do seu sensacionalismo.

Nada melhor que os arquivos da ditadura, que, sobre os quais, publique-se o que se publique, ficará sempre sem uma resposta oficial contestatória.

Afastado José Dirceu do cenário, assumiu o seu lugar na Casa Civil Dilma Vana Rousseff - a “Estela”, “Luiza”, “Patrícia”, ou “Wanda”-, dos tempos de militante das organizações clandestinas subversivo-terroristas POLOP (Política Operária), COLINA (Comando de Libertação Nacional) e VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares).

A atual ministra passou a ser dona dos rumos dos “arquivos da ditadura” e prometeu abri-los a partir de 2006, para mostrar ao mundo os “horrores do regime dos generais”, comprometendo-se a resguardar os anistiados “combatentes da liberdade”, omitindo as suas ações criminosas, sob o argumento de preservá-los, já que hoje foram promovidos a heróis nacionais. Ao pressentirem que, finalmente, através do próprio governo, a Nação tomaria conhecimento contra o quê e contra quem as Forças Armadas lutaram durante algum tempo, o assunto foi temporariamente esquecido.

Entretanto, é preciso manter vivo o tema. Afinal, estamos em ano de eleições para prefeitos e vereadores e em 2010 teremos eleições para a presidência. Torna-se imperioso, portanto, manter o mito dos “inocentes massacrados pelos horrores do regime dos militares”, o que ainda carreia votos para o “torturado” ou “perseguido político”, além de uma boa indenização.

Pelas últimas reportagens do Jornal do Brasil - setembro de 2008 - volta o tema que vem sendo prometido desde o início deste governo, desde o tempo em que José Dirceu ainda era, oficialmente, o homem forte do governo Lula.

“O governo concluiu os últimos preparativos para, ainda este ano, autorizar a abertura dos arquivos relativos ao período da ditadura. O ministro interino da Justiça, Luís Paulo Teles Barreto, afirmou, ontem, que nos próximos dias serão definidos os critérios para a abertura dos documentos.”

O que falta para que o governo, afinal, abra estes arquivos, uma aspiração de todos os que combateram os terroristas quando eles, nas décadas de 60 e 70, tentaram tornar o Brasil uma república marxista-leninista?

Na realidade, tais arquivos já foram abertos, há mais de vinte anos, ainda durante o período militar, quando a equipe do arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, coordenada por Luís Eduardo Greenhalg, em pesquisas para produzir o livro Brasil Nunca Mais, esquadrinhou os documentos sob a guarda do Superior Tribunal Militar (STM).

D. Paulo e sua equipe tiveram acesso à vasta documentação, copiaram o que desejavam, inclusive documentos sigilosos. Ardilosamente, usaram o que lhes interessava, utilizando somente o que chamam de “principal”. O “restante” para o arcebispo, ou seja, os arquivos existentes na ABIN, no DPF, nas Forças Armadas e nos antigos DOPS, são documentos secundários. Certamente, por conterem explicitamente os crimes e as intenções dos protegidos do eminente prelado.

A equipe que escreveu o livro Brasil Nunca Mais, de posse dessa valiosa documentação, fez a triagem a seu modo, privilegiando o que queria, publicando o que interessava, distorcendo os fatos e ignorando o que não lhe convinha. Não consideraram os atentados terroristas, os “justiçamentos”, os seqüestros e os assassinatos praticados pela esquerda. Tais crimes foram propositadamente omitidos, para que a Nação não tomasse conhecimento das atrocidades dos que pegaram em armas para implantar no Brasil a ditadura comunista.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em 28/10/2004, o arcebispo declarou:
“Na preparação do livro Brasil Nunca Mais, obtivemos autorização para copiar 707 processos da Justiça Militar. No total copiamos 1 milhão de páginas”.

É bom frisar que no STM se encontra o maior e mais confiável acervo sobre o combate ao terrorismo. Outros arquivos importantes, que também deveriam ser requisitados, estão com organizações não-governamentais, especializadas em denegrir os governos militares.
Evidentemente, se houvesse interesse do governo, os dados que não foram revelados poderiam ser recuperados.

Ainda segundo o jornal: “Porém, Barreto adiantou que os arquivos considerados secretos e ultra-secretos serão mantidos sob sigilo para segurança do Estado.”

Será que realmente vão abrir os arquivos? Será que a atual ministra Dilma Rousseff e os outros membros do governo envolvidos na luta armada, no terrorismo, nos assaltos, já fizeram a triagem para excluir os “arquivos secretos e ultra-secretos que serão mantidos sob sigilo para segurança do Estado?”

Quais serão esses critérios? Já se falou em assuntos pessoais, em assuntos de segurança nacional. Já se falou que certos detalhes serão preservados da revelação pública, mas de qualquer maneira, o grupo que estudará o que poderá vir a público será coordenado pela toda poderosa ministra-ex-guerrilha Dilma Rousseff e, evidentemente, por membros do Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Comissão de familiares de perseguidos, mortos e desaparecidos políticos, Comissão de Anistia, membros dos grupos Tortura Nunca Mais e similares.
Continua o jornal:
“– (Os estudos são para que) todos os documentos públicos possam ser abertos e dar acesso à população, ressalvando aqueles que, porventura, podem ser secretos e ultra-secretos que devem ser mantidos (preservados) por interesse de segurança do Estado” – afirmou Barreto”.
Ou a triagem será feita para que os crimes cometidos por eles e as motivações para o início da luta armada continuem sendo escondidos do povo?

Será que vão deixar que a nação tome conhecimento de que muito antes de 1964 a luta armada já estava sendo planejada, preparada, recebendo auxilio em armas e dinheiro de países que tinham interesse em implantar no Brasil e consequentemente na América Latina uma ditadura marxista-leninista?

Será que vão deixar o povo saber que esta era a verdadeira motivação da luta armada?
Será que vão mostrar quais eram os verdadeiros chefes das organizações terroristas? Que estes chefes recrutaram jovens, os fanatizaram, colocaram armas em suas mãos, os jogaram no mundo do terrorismo, do crime e os lançaram numa guerrilha insana?

Será que vão esconder que muitos desses jovens eram mandados para Cuba, União Soviética, China e outros países comunistas para se prepararem para a guerrilha?

Ou será que vão continuar alegando que os militares mataram e torturaram jovens estudantes inocentes, que eram retirados dos bancos escolares?

Para o jornal, “o chefe da Secretaria de Direitos Humanos, ministro Paulo Vannuchi, reclamou da falta de informações por parte das Forças Armadas. Segundo ele, apesar do apelo de Dilma Rousseff para que fossem enviadas informações sobre os registros ocorridos no período da ditadura, os dados não foram remetidos sob a alegação de que não havia informações".

Será que a ABIN não dispõe desses arquivos? Será que as pesquisas feitas pelo Grupo de Dom Evaristo Arns não estão arquivadas?

Provavelmente o grupo interessado em abrir os arquivos quer que apenas a versão da história que interessa a eles seja conhecida.

Esse grupo quer que fique para a posteridade que eles lutavam pela liberdade e pela derrubada da ditadura.

Querem que os Marighelas, Lamarcas, Grabois, Prestes, Dilmas, Genoinos, Dirceus, Serras, Mincks, Franklins Martins , Jucas Ferreira , Vannuchis, Tarsos, Nilmários e muitos outros sejam conhecidos como os libertadores da Pátria, sejam os heróis que lutaram desarmados para libertar o Brasil de uma “ditadura sanguinária”.

É preciso, a qualquer preço, apagar desses arquivos, sob a desculpa de segurança nacional, a verdadeira motivação da luta armada - implantar uma ditadura nos moldes de Cuba.
É preciso lavar a roupa suja e apagar os crimes cometidos, pois se os arquivos forem abertos sem essa limpeza, somente eles têm a perder.

Pedido de perdão
Ainda segundo o jornal, além da promessa de reabrir os arquivos, depois do grupo rever as partes impublicáveis, “Barreto e Vanucchi , transformaram a 11ª edição da Caravana da Anistia - que faz parte do projeto Anistia Política: Educação para a Cidadania, Democracia e os Direitos Humanos- em momento histórico. Segundo eles, a data de ontem deverá ser lembrada como o dia em que o Estado pede perdão às vítimas da violência e perseguição política durante a ditadura.”

“O Estado reivindica formalmente o perdão das vítimas de violência do período militar, afirmou Vannuchi”.

O governo não lembrou, como sempre, das famílias que tiveram seus entes queridos mortos pelos que hoje ele homenageia, endeusa, indeniza e a quem pede perdão, como se fossem os verdadeiros mártires de uma luta que eles mesmo começaram.

É triste, para quem conhece a verdadeira história, ler isso.

Imaginamos como se sentem os familiares dos 120 mortos e a revolta dos vivos que carregam seqüelas sofridas durante os atos terroristas.

Para o governo esta gente não existe ou é constituída por cidadãos de segunda classe, pisoteados por essa “elite” de assassinos, seqüestradores e ladrões.
A Verdade Sufocada

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