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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dois pesos, duas medidas

Por Marcel Solimeo
A população brasileira assistiu preocupada na semana passada ao envio de 500 policiais federais para retirar da reserva Raposa/Serra do Sol a população não-indígena que se encontra na região, especialmente os arrozeiros, que há muitos anos lá estão produzindo a maior parte do arroz que abastece o norte do País e que se mostravam dispostos a resistir por todos os meios ao despejo.
A decisão do ministro da Justiça (?) de apelar para o uso da força, deslocando um enorme contingente da PF para assegurar a absurda decisão do governo de destinar três quartos do estado de Roraima a pouco mais de 15 mil índios, merece ser analisada não apenas no contexto do que vem ocorrendo nessa região, mas, também, em relação à conduta do governo no tocante a outros episódios em que se esperaria alguma ação governamental.
No caso da reserva Raposa/Serra do Sol , a decisão do governo de demarcar de forma contínua a área indígena, sem levar em conta a existência de cidades e fazendas, e uma expressiva população não-indígena, é agravada pelo fato de envolver extensa área de fronteiras, e conta com clara oposição das Forças Armadas, tendo em vista os riscos que implica para a segurança nacional. Somente uma capitulação à pressão exercida por ONGs nacionais - que, no geral, recebem recursos do exterior, ou por organizações e governos estrangeiros, mais interessados em impedir a exploração da Amazônia, além de organizações internacionais que defendem a criação de "nações indígenas", verdadeiros enclaves sob tutela da ONU - do que com o bem-estar dos silvícolas.
Felizmente, o Supremo Tribunal Federal sustou essa ação, que poderia resultar em um confronto sangrento, uma vez que os arrozeiros que se acham há muitos anos no local, e investiram grande parte de suas vidas na produção agrícola, não se mostram dispostos a abandonar suas propriedades. A decisão de envolver a Polícia Federal nessa missão revela uma preocupação seletiva do ministro com os "direitos" dos índios, a qual não se estende aos direitos de empresas e dos empresários agrícolas, que se dedicam a produzir as riquezas que o governo distribui com tanta generosidade.
Enquanto esse imenso contingente da PF se desloca para Roraima, um grupo de bandidos promete - e se prepara - para atacar novamente a ferrovia da Vale do Rio Doce , estimulados pela omissão das autoridades, além de continuar a invadir propriedades em todas regiões. A crônica do "crime anunciado" pode ser escrita pelo noticiário dos jornais, que mostram que cerca de 2 mil militantes do MST estão nas imediações da ferrovia, gerando pânico na população local e intranqüilidade nos trabalhadores da empresa.
Não se constata qualquer preocupação do ministro da Justiça com essa situação, nem com o fato de que se está utilizando um imenso contingente da PF para uma missão que não condiz com suas prioridades, que deveriam ser a de combater o contrabando, especialmente de armas, e os traficantes, que colocam em risco não apenas a segurança da população, como o futuro da juventude brasileira.
A Polícia Federal poderia aproveitar sua estada na Amazônia para investigar as ONGs que atuam na região, especialmente aquelas financiadas por empresas e governos estrangeiros, conforme a bem documentada denúncia da jornalista canadense Elaine Dewar, cujo livro Um demão de verde tem o sugestivo e auto-explicativo subtítulo de "os laços entre grupos ambientais, governos e grandes negócios".
Deveria também investigar as fontes de financiamento e os reais objetivos dos autodenominados "movimentos sociais", que vêm procurando impedir o desenvolvimento do agronegócio e das atividades mineradoras brasileiras, cuja competitividade vem afetando seus concorrentes estrangeiros. Até que ponto essa ação do MST e outros grupos, contra laboratórios de pesquisas agrícolas, campos experimentais e propriedades rurais, não atendem a interesses contrários ao desenvolvimento do Brasil?
Fonte: Diário do Comércio

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Presidentes Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula precisam se unir

Contra a criação de 216 países na Amazônia

Por Hélio Fernandes

A quase totalidade dos senadores desconhecia os riscos da Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU. As matérias do repórter Carlos Newton aqui nesta Tribuna representaram enorme alerta, houve pânico geral. Artur Virgilio foi à tribuna do Senado e mostrou o que pode e certamente acontecerá na Amazônia.

Contou os fatos mas não pôde fazer análise, que é também assustadora, desmembradora, desagregadora e destruidora da nacionalidade. (Parece, de outra maneira, a luta do presidente Lincoln, de 1860 a 1864, para evitar a divisão dos EUA. A luta que começou como combate à escravidão se transformou em esforço heróico e desesperado, para que o país não se DESAGREGASSE. Por isso, na História é lembrada e estudada como "Guerra da Secessão").

Agora estamos ameaçados de divisão maior, sem que tomem providências para defender a integridade e a integração do Brasil. Precisou o repórter Carlos Newton esmiuçar o assunto para que alguns tomassem conhecimento do que está na ONU há muito tempo. Deputados e senadores vão e voltam da ONU e não sabem de coisa alguma. Agora têm que definir se estão contra ou a favor do Brasil ÚNICO e SOBERANO, como fez Artur Virgilio.

Descaso, imprudência ou inconseqüência, desconheciam que a tal Declaração assinada pela representação brasileira na ONU não pode ser aprovada no Senado. Essa é uma questão que mereceria CPI de alto nível, com representação igual dos maiores partidos. É importante e não pode ser tratada em apenas um discurso ou dois.

Essa CPI iria verificar que diplomatas do Itamarati (com o desconhecimento total do chanceler, que não sabia de nada) cometeram crime de lesa-pátria. Se os senadores aprovarem a tal Declaração, será transformada em NORMA CONSTITUCIONAL e terá que ser cumprida.

O que é que os diplomatas brasileiros aprovaram na ONU? A CRIAÇÃO DE 216 NOVOS PAÍSES na Amazônia, que serão DESMEMBRADOS do território nacional. Todos esses 216 NOVOS PAÍSES serão independentes e totalmente desligados do Brasil.

Alguns serão MINÚSCULOS (como o Principado de Andorra), outros, maiores do que a Itália e a França, e que já tem até nome: "PAÍS IANOMAMI". Todos os interessados no desdobramento do Brasil se escondem atrás dos "pobres indígenas, coitados, tão explorados e abandonados". Explorada e abandonada é a Amazônia em toda a sua existência. Índios de "terno e gravata", aculturados, que não representam coisa alguma, ganharam terras continentais, que já venderam de "papel passado".

PS - Como esta não é uma questão pessoal e sim a DEFESA da SOBERANIA NACIONAL, e o impedimento de uma GUERRA CIVIL que na certa acontecerá, chamo a atenção dos presidentes da República, sejam de que partido forem, para que ASSINEM DECLARAÇÃO CONJUNTA, condenando a Declaração que está para ser votada na ONU.

PS 2 - Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, independente de divergências, esqueçam tudo por um momento, e lancem MANIFESTO-LIBELO em defesa da Amazônia, contra a divisão do Brasil. Se ficarem omissos, SERÃO RESPONSABILIZADOS, HOJE E SEMPRE.

Hélio Fernandes - Tribuna da Imprensa

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