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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Senadores vão debater com General Heleno

Índios são donos de 93% de Roraima - Sen.Kátia Abreu faz denúncias


"são etnias completamente diferentes"
"é uma dicotomia falsa esta: são milhares de índios contra alguns poucos arrozeiros"
"são índios aculturados, também vivem de atividades econômicas"
"a advogada do Conselho Indigenista Missionário, já anunciou que vai à ONU, pedir apoio para a ação no Supremo. Vejam bem, ela já antecipa que não aceitarão a decisão do Supremo Tribunal Federal, que vão levar isso para as instâncias internacionais. Isso é muito grave. Há perigo de separatismo no futuro, sim. Lá está cheio de ONGs cujas intenções eu desconheço. O Kosovo sempre foi da Sérvia, mas os de etnia albanesa proclamaram a independência e imediatamente a União Européia a reconheceu"
Sen. Jefferson Péres (PDT-AM) Discurso completo

Senadores querem debater política indigenista e fronteiras com general
O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, deve vir ao Senado explicar críticas feitas, semana passada, à política indigenista, que chamou de "caótica". O militar considera uma ameaça à soberania nacional a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em área contínua de 1,7 milhão de hectares na fronteira amazônica.
O senador Expedito Júnior (PR-RO) apresentou requerimento convidando o general Heleno e o presidente da Funai, Márcio Meira, para audiência na Subcomissão Temporária para Acompanhar a Crise Ambiental na Amazônia.
Já a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) também pode convidar o general Heleno a falar, mas em sessão reservada, conforme requerimento de Arthur Virgílio (PSDB-AM). Romeu Tuma (PTB-SP) solidarizou-se com o comandante e confirmou o possível convite da CRE ao general. Já o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que o comandante apenas "teceu comentários sobre uma política que considera caótica, mal alinhavada". Os senadores Flávio Arns (PT-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS) avaliaram como necessário um debate com o general. Agência Senado

CDH debaterá demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quinta-feira (24) requerimento do senador Sibá Machado (PT-AC) para a realização de audiência pública destinada a discutir a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Roraima. Deverão ser convidados para o debate o antropólogo e professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Viveiros de Castro; o indigenista e especialista em relações com índios isolados Sydney Possuelo; a advogada indígena e integrante da delegação brasileira no Fórum Permanente dos Povos Indígenas da Organização das Nações Unidas (ONU) Joênia Wapixama; e o antropólogo e presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.Fonte: Agência Senado

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Senadores vão debater com General Heleno

Índios são donos de 93% de Roraima - Sen.Kátia Abreu faz denúncias


"são etnias completamente diferentes"
"é uma dicotomia falsa esta: são milhares de índios contra alguns poucos arrozeiros"
"são índios aculturados, também vivem de atividades econômicas"
"a advogada do Conselho Indigenista Missionário, já anunciou que vai à ONU, pedir apoio para a ação no Supremo. Vejam bem, ela já antecipa que não aceitarão a decisão do Supremo Tribunal Federal, que vão levar isso para as instâncias internacionais. Isso é muito grave. Há perigo de separatismo no futuro, sim. Lá está cheio de ONGs cujas intenções eu desconheço. O Kosovo sempre foi da Sérvia, mas os de etnia albanesa proclamaram a independência e imediatamente a União Européia a reconheceu"
Sen. Jefferson Péres (PDT-AM) Discurso completo

Senadores querem debater política indigenista e fronteiras com general
O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, deve vir ao Senado explicar críticas feitas, semana passada, à política indigenista, que chamou de "caótica". O militar considera uma ameaça à soberania nacional a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em área contínua de 1,7 milhão de hectares na fronteira amazônica.
O senador Expedito Júnior (PR-RO) apresentou requerimento convidando o general Heleno e o presidente da Funai, Márcio Meira, para audiência na Subcomissão Temporária para Acompanhar a Crise Ambiental na Amazônia.
Já a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) também pode convidar o general Heleno a falar, mas em sessão reservada, conforme requerimento de Arthur Virgílio (PSDB-AM). Romeu Tuma (PTB-SP) solidarizou-se com o comandante e confirmou o possível convite da CRE ao general. Já o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que o comandante apenas "teceu comentários sobre uma política que considera caótica, mal alinhavada". Os senadores Flávio Arns (PT-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS) avaliaram como necessário um debate com o general. Agência Senado

CDH debaterá demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quinta-feira (24) requerimento do senador Sibá Machado (PT-AC) para a realização de audiência pública destinada a discutir a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Roraima. Deverão ser convidados para o debate o antropólogo e professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Viveiros de Castro; o indigenista e especialista em relações com índios isolados Sydney Possuelo; a advogada indígena e integrante da delegação brasileira no Fórum Permanente dos Povos Indígenas da Organização das Nações Unidas (ONU) Joênia Wapixama; e o antropólogo e presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.Fonte: Agência Senado

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Senadores vão debater com General Heleno

Índios são donos de 93% de Roraima - Sen.Kátia Abreu faz denúncias


"são etnias completamente diferentes"
"é uma dicotomia falsa esta: são milhares de índios contra alguns poucos arrozeiros"
"são índios aculturados, também vivem de atividades econômicas"
"a advogada do Conselho Indigenista Missionário, já anunciou que vai à ONU, pedir apoio para a ação no Supremo. Vejam bem, ela já antecipa que não aceitarão a decisão do Supremo Tribunal Federal, que vão levar isso para as instâncias internacionais. Isso é muito grave. Há perigo de separatismo no futuro, sim. Lá está cheio de ONGs cujas intenções eu desconheço. O Kosovo sempre foi da Sérvia, mas os de etnia albanesa proclamaram a independência e imediatamente a União Européia a reconheceu"
Sen. Jefferson Péres (PDT-AM) Discurso completo

Senadores querem debater política indigenista e fronteiras com general
O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, deve vir ao Senado explicar críticas feitas, semana passada, à política indigenista, que chamou de "caótica". O militar considera uma ameaça à soberania nacional a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em área contínua de 1,7 milhão de hectares na fronteira amazônica.
O senador Expedito Júnior (PR-RO) apresentou requerimento convidando o general Heleno e o presidente da Funai, Márcio Meira, para audiência na Subcomissão Temporária para Acompanhar a Crise Ambiental na Amazônia.
Já a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) também pode convidar o general Heleno a falar, mas em sessão reservada, conforme requerimento de Arthur Virgílio (PSDB-AM). Romeu Tuma (PTB-SP) solidarizou-se com o comandante e confirmou o possível convite da CRE ao general. Já o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que o comandante apenas "teceu comentários sobre uma política que considera caótica, mal alinhavada". Os senadores Flávio Arns (PT-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS) avaliaram como necessário um debate com o general. Agência Senado

CDH debaterá demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quinta-feira (24) requerimento do senador Sibá Machado (PT-AC) para a realização de audiência pública destinada a discutir a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Roraima. Deverão ser convidados para o debate o antropólogo e professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Viveiros de Castro; o indigenista e especialista em relações com índios isolados Sydney Possuelo; a advogada indígena e integrante da delegação brasileira no Fórum Permanente dos Povos Indígenas da Organização das Nações Unidas (ONU) Joênia Wapixama; e o antropólogo e presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.Fonte: Agência Senado

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Senadores vão debater com General Heleno

Índios são donos de 93% de Roraima - Sen.Kátia Abreu faz denúncias


"são etnias completamente diferentes"
"é uma dicotomia falsa esta: são milhares de índios contra alguns poucos arrozeiros"
"são índios aculturados, também vivem de atividades econômicas"
"a advogada do Conselho Indigenista Missionário, já anunciou que vai à ONU, pedir apoio para a ação no Supremo. Vejam bem, ela já antecipa que não aceitarão a decisão do Supremo Tribunal Federal, que vão levar isso para as instâncias internacionais. Isso é muito grave. Há perigo de separatismo no futuro, sim. Lá está cheio de ONGs cujas intenções eu desconheço. O Kosovo sempre foi da Sérvia, mas os de etnia albanesa proclamaram a independência e imediatamente a União Européia a reconheceu"
Sen. Jefferson Péres (PDT-AM) Discurso completo

Senadores querem debater política indigenista e fronteiras com general
O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, deve vir ao Senado explicar críticas feitas, semana passada, à política indigenista, que chamou de "caótica". O militar considera uma ameaça à soberania nacional a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em área contínua de 1,7 milhão de hectares na fronteira amazônica.
O senador Expedito Júnior (PR-RO) apresentou requerimento convidando o general Heleno e o presidente da Funai, Márcio Meira, para audiência na Subcomissão Temporária para Acompanhar a Crise Ambiental na Amazônia.
Já a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) também pode convidar o general Heleno a falar, mas em sessão reservada, conforme requerimento de Arthur Virgílio (PSDB-AM). Romeu Tuma (PTB-SP) solidarizou-se com o comandante e confirmou o possível convite da CRE ao general. Já o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que o comandante apenas "teceu comentários sobre uma política que considera caótica, mal alinhavada". Os senadores Flávio Arns (PT-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS) avaliaram como necessário um debate com o general. Agência Senado

CDH debaterá demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quinta-feira (24) requerimento do senador Sibá Machado (PT-AC) para a realização de audiência pública destinada a discutir a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Roraima. Deverão ser convidados para o debate o antropólogo e professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Viveiros de Castro; o indigenista e especialista em relações com índios isolados Sydney Possuelo; a advogada indígena e integrante da delegação brasileira no Fórum Permanente dos Povos Indígenas da Organização das Nações Unidas (ONU) Joênia Wapixama; e o antropólogo e presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.Fonte: Agência Senado

.

A questão militar


Por Denis Lerrer Rosenfield
Um dos pontos de convergência entre os militares, o PT e o governo atual, residia no nacionalismo. Não foram poucos os que viram nas posições do partido uma garantia de que potências estrangeiras não interfeririam nos assuntos nacionais, em particular em nossas reservas estratégicas. Segundo essa concepção, a Amazônia ocuparia um lugar central, por ser objeto de cobiça internacional e ter em seu subsolo minérios ainda inexplorados.
Em um mundo que se mostra cada vez mais finito, em que os agentes econômicos e Estados entram numa disputada desenfreada pelos recursos do planeta, a posição militar ganha uma expressão ainda maior. Veja-se o papel da China na África, que, cada vez mais, entra naquele continente, com o intuito de assegurar o funcionamento e o futuro de suas indústrias.
No entanto, a convergência nacionalista estava baseada num equívoco. Enquanto os militares propugnavam pela defesa da soberania nacional, a doutrina petista apenas se ancorava numa formulação dita anti-imperialista, voltada, na verdade, contra os EUA. Na verdade, ela mostrava também uma outra face, a da colaboração com outros países a partir de uma ideologia de "solidariedade socialista". A dita compreensão com os mais "fracos" sinalizava uma atitude que estava ancorada numa concepção em que a defesa dos interesses nacionais se encontrava relegada a segundo plano.
Uma outra vertente da mesma colocação consiste na assimilação do "politicamente correto", feita em nome de uma suposta justiça social. O apoio ao MST, político e financeiro, inclusive com respaldo para atuar fora da lei, é a expressão de um processo em que o antigo projeto comunista se apresenta, agora, como se fosse uma questão de reforma agrária. Basta ler os documentos dessa organização política para constatar a sua afinidade eletiva com as democracias totalitárias do século XX, com o seu "socialismo real". A sua versão mais recente consiste em tornar uma questão de justiça social, em relação aos índios e os negros, uma questão propriamente política.
Também aqui a instituição militar serviu de bode expiatório. A questão dita quilombola foi utilizada politicamente para atingir a Marinha, ao tornar a Restinga da Marambaia, base dos fuzileiros navais, objeto de um processo de desapropriação. Salta aos olhos a inexistência de qualquer quilombo naquela região, nos termos da Constituição de 1988. Entretanto, há ainda em curso uma ação para que a maior parte dessa área seja desapropriada, tornando-a inviável para operações militares. Um dos locais possíveis para abrigar uma futura base de submarinos tornar-se-ia "propriedade" de "quilombolas", financiados e instrumentalizados por uma ONG, que conta com recursos da União Européia , Fundação Ford e um conjunto de Igrejas anglicanas e evangélicas internacionais.
Processo semelhante ocorre com a FAB, também objeto de uma ação dita quilombola contra a Base de Alcântara, Maranhão. O problema reside igualmente numa questão de soberania nacional, essencial para um projeto espacial brasileiro, se o País quiser ser militarmente e economicamente competitivo no século XXI.
A fala do general Heleno, atentando para a situação caótica da Amazônia, perante um grupo expressivo de altos oficiais das Forças Armadas, da ativa e da reserva, deu vazão a um sentimento generalizado de indignação com os destinos do País. Quando advertiu para os perigos de uma demarcação contínua de terras indígenas, em Roraima, em faixa de fronteira, sobre um subsolo rico em minérios, o Comandante da Amazônia sinalizou para os perigos que corre o Brasil.
É sobejamente conhecido que há ONGs que agem impunemente, tornando o território nacional algo que poderia ser relativizado no futuro, tornando-se "internacional", seja por razões ditas ambientais, seja indígenas. Uma formulação freqüente, utilizada em relação aos indígenas, consiste em considerá-los como "nações" e "povos".
Os termos políticos aqui empregados são significativos por se inscreverem em toda uma tradição filosófico-política, que ganha realce em ONGs e organismos internacionais. O emprego desse vocabulário tem um sentido e uma finalidade precisos. O termo de nação remonta, em uma de suas significações, à Revolução Francesa , tendo sido usado como arma política para a criação de um novo tipo de Estado. O Antigo Regime , por exemplo, era dito não corresponder à "nação" francesa, por não ter feito ainda a necessária transformação sócio-política. Ou seja, a nação deveria se constituir em um novo Estado. É essa ressonância semântica que está presente no uso do termo de nação, que pode ser considerado como uma preliminar ideológica, do ponto de vista de uma independência posterior desses povos ditos indígenas em relação à "nação" brasileira.
O mesmo ocorre com a expressão autonomia dos povos indígenas . O seu significado remete a todo o período da descolonização, do qual surgiram os Estados africanos. É também muito utilizado para significar uma dita luta "anti-imperialista", empregada para facilitar a dominação interna desses mesmos povos. Em nosso contexto específico, o tratamento dos indígenas nacionais, brasileiros, como um povo autônomo, tem o propósito político de criar condições para que eles venham a ser considerados efetivamente como povos independentes. Passariam os indígenas a escolher autonomamente os seus dirigentes, independentemente dos estados e da União, fariam tratados com ONGS e, poderiam - por que não? - vir a solicitar reconhecimento internacional.
Digno de nota é o fato das ONGs descontentes com a decisão do Supremo, suspendendo a demarcação da Raposa/Serra do Sol , estarem pensando em recorrer a OEA e a ONU, como se essas fossem as instâncias adequadas para resolver essa questão e não o próprio Brasil.
O simples fato de já haver essa orientação merece ser ressaltado, pois ele exibe que o alvo almejado é o reconhecimento internacional de povos independentes , que passariam a ter um estatuto próprio no seio dessas organizações internacionais.
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS

.

A questão militar


Por Denis Lerrer Rosenfield
Um dos pontos de convergência entre os militares, o PT e o governo atual, residia no nacionalismo. Não foram poucos os que viram nas posições do partido uma garantia de que potências estrangeiras não interfeririam nos assuntos nacionais, em particular em nossas reservas estratégicas. Segundo essa concepção, a Amazônia ocuparia um lugar central, por ser objeto de cobiça internacional e ter em seu subsolo minérios ainda inexplorados.
Em um mundo que se mostra cada vez mais finito, em que os agentes econômicos e Estados entram numa disputada desenfreada pelos recursos do planeta, a posição militar ganha uma expressão ainda maior. Veja-se o papel da China na África, que, cada vez mais, entra naquele continente, com o intuito de assegurar o funcionamento e o futuro de suas indústrias.
No entanto, a convergência nacionalista estava baseada num equívoco. Enquanto os militares propugnavam pela defesa da soberania nacional, a doutrina petista apenas se ancorava numa formulação dita anti-imperialista, voltada, na verdade, contra os EUA. Na verdade, ela mostrava também uma outra face, a da colaboração com outros países a partir de uma ideologia de "solidariedade socialista". A dita compreensão com os mais "fracos" sinalizava uma atitude que estava ancorada numa concepção em que a defesa dos interesses nacionais se encontrava relegada a segundo plano.
Uma outra vertente da mesma colocação consiste na assimilação do "politicamente correto", feita em nome de uma suposta justiça social. O apoio ao MST, político e financeiro, inclusive com respaldo para atuar fora da lei, é a expressão de um processo em que o antigo projeto comunista se apresenta, agora, como se fosse uma questão de reforma agrária. Basta ler os documentos dessa organização política para constatar a sua afinidade eletiva com as democracias totalitárias do século XX, com o seu "socialismo real". A sua versão mais recente consiste em tornar uma questão de justiça social, em relação aos índios e os negros, uma questão propriamente política.
Também aqui a instituição militar serviu de bode expiatório. A questão dita quilombola foi utilizada politicamente para atingir a Marinha, ao tornar a Restinga da Marambaia, base dos fuzileiros navais, objeto de um processo de desapropriação. Salta aos olhos a inexistência de qualquer quilombo naquela região, nos termos da Constituição de 1988. Entretanto, há ainda em curso uma ação para que a maior parte dessa área seja desapropriada, tornando-a inviável para operações militares. Um dos locais possíveis para abrigar uma futura base de submarinos tornar-se-ia "propriedade" de "quilombolas", financiados e instrumentalizados por uma ONG, que conta com recursos da União Européia , Fundação Ford e um conjunto de Igrejas anglicanas e evangélicas internacionais.
Processo semelhante ocorre com a FAB, também objeto de uma ação dita quilombola contra a Base de Alcântara, Maranhão. O problema reside igualmente numa questão de soberania nacional, essencial para um projeto espacial brasileiro, se o País quiser ser militarmente e economicamente competitivo no século XXI.
A fala do general Heleno, atentando para a situação caótica da Amazônia, perante um grupo expressivo de altos oficiais das Forças Armadas, da ativa e da reserva, deu vazão a um sentimento generalizado de indignação com os destinos do País. Quando advertiu para os perigos de uma demarcação contínua de terras indígenas, em Roraima, em faixa de fronteira, sobre um subsolo rico em minérios, o Comandante da Amazônia sinalizou para os perigos que corre o Brasil.
É sobejamente conhecido que há ONGs que agem impunemente, tornando o território nacional algo que poderia ser relativizado no futuro, tornando-se "internacional", seja por razões ditas ambientais, seja indígenas. Uma formulação freqüente, utilizada em relação aos indígenas, consiste em considerá-los como "nações" e "povos".
Os termos políticos aqui empregados são significativos por se inscreverem em toda uma tradição filosófico-política, que ganha realce em ONGs e organismos internacionais. O emprego desse vocabulário tem um sentido e uma finalidade precisos. O termo de nação remonta, em uma de suas significações, à Revolução Francesa , tendo sido usado como arma política para a criação de um novo tipo de Estado. O Antigo Regime , por exemplo, era dito não corresponder à "nação" francesa, por não ter feito ainda a necessária transformação sócio-política. Ou seja, a nação deveria se constituir em um novo Estado. É essa ressonância semântica que está presente no uso do termo de nação, que pode ser considerado como uma preliminar ideológica, do ponto de vista de uma independência posterior desses povos ditos indígenas em relação à "nação" brasileira.
O mesmo ocorre com a expressão autonomia dos povos indígenas . O seu significado remete a todo o período da descolonização, do qual surgiram os Estados africanos. É também muito utilizado para significar uma dita luta "anti-imperialista", empregada para facilitar a dominação interna desses mesmos povos. Em nosso contexto específico, o tratamento dos indígenas nacionais, brasileiros, como um povo autônomo, tem o propósito político de criar condições para que eles venham a ser considerados efetivamente como povos independentes. Passariam os indígenas a escolher autonomamente os seus dirigentes, independentemente dos estados e da União, fariam tratados com ONGS e, poderiam - por que não? - vir a solicitar reconhecimento internacional.
Digno de nota é o fato das ONGs descontentes com a decisão do Supremo, suspendendo a demarcação da Raposa/Serra do Sol , estarem pensando em recorrer a OEA e a ONU, como se essas fossem as instâncias adequadas para resolver essa questão e não o próprio Brasil.
O simples fato de já haver essa orientação merece ser ressaltado, pois ele exibe que o alvo almejado é o reconhecimento internacional de povos independentes , que passariam a ter um estatuto próprio no seio dessas organizações internacionais.
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS

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A questão militar


Por Denis Lerrer Rosenfield
Um dos pontos de convergência entre os militares, o PT e o governo atual, residia no nacionalismo. Não foram poucos os que viram nas posições do partido uma garantia de que potências estrangeiras não interfeririam nos assuntos nacionais, em particular em nossas reservas estratégicas. Segundo essa concepção, a Amazônia ocuparia um lugar central, por ser objeto de cobiça internacional e ter em seu subsolo minérios ainda inexplorados.
Em um mundo que se mostra cada vez mais finito, em que os agentes econômicos e Estados entram numa disputada desenfreada pelos recursos do planeta, a posição militar ganha uma expressão ainda maior. Veja-se o papel da China na África, que, cada vez mais, entra naquele continente, com o intuito de assegurar o funcionamento e o futuro de suas indústrias.
No entanto, a convergência nacionalista estava baseada num equívoco. Enquanto os militares propugnavam pela defesa da soberania nacional, a doutrina petista apenas se ancorava numa formulação dita anti-imperialista, voltada, na verdade, contra os EUA. Na verdade, ela mostrava também uma outra face, a da colaboração com outros países a partir de uma ideologia de "solidariedade socialista". A dita compreensão com os mais "fracos" sinalizava uma atitude que estava ancorada numa concepção em que a defesa dos interesses nacionais se encontrava relegada a segundo plano.
Uma outra vertente da mesma colocação consiste na assimilação do "politicamente correto", feita em nome de uma suposta justiça social. O apoio ao MST, político e financeiro, inclusive com respaldo para atuar fora da lei, é a expressão de um processo em que o antigo projeto comunista se apresenta, agora, como se fosse uma questão de reforma agrária. Basta ler os documentos dessa organização política para constatar a sua afinidade eletiva com as democracias totalitárias do século XX, com o seu "socialismo real". A sua versão mais recente consiste em tornar uma questão de justiça social, em relação aos índios e os negros, uma questão propriamente política.
Também aqui a instituição militar serviu de bode expiatório. A questão dita quilombola foi utilizada politicamente para atingir a Marinha, ao tornar a Restinga da Marambaia, base dos fuzileiros navais, objeto de um processo de desapropriação. Salta aos olhos a inexistência de qualquer quilombo naquela região, nos termos da Constituição de 1988. Entretanto, há ainda em curso uma ação para que a maior parte dessa área seja desapropriada, tornando-a inviável para operações militares. Um dos locais possíveis para abrigar uma futura base de submarinos tornar-se-ia "propriedade" de "quilombolas", financiados e instrumentalizados por uma ONG, que conta com recursos da União Européia , Fundação Ford e um conjunto de Igrejas anglicanas e evangélicas internacionais.
Processo semelhante ocorre com a FAB, também objeto de uma ação dita quilombola contra a Base de Alcântara, Maranhão. O problema reside igualmente numa questão de soberania nacional, essencial para um projeto espacial brasileiro, se o País quiser ser militarmente e economicamente competitivo no século XXI.
A fala do general Heleno, atentando para a situação caótica da Amazônia, perante um grupo expressivo de altos oficiais das Forças Armadas, da ativa e da reserva, deu vazão a um sentimento generalizado de indignação com os destinos do País. Quando advertiu para os perigos de uma demarcação contínua de terras indígenas, em Roraima, em faixa de fronteira, sobre um subsolo rico em minérios, o Comandante da Amazônia sinalizou para os perigos que corre o Brasil.
É sobejamente conhecido que há ONGs que agem impunemente, tornando o território nacional algo que poderia ser relativizado no futuro, tornando-se "internacional", seja por razões ditas ambientais, seja indígenas. Uma formulação freqüente, utilizada em relação aos indígenas, consiste em considerá-los como "nações" e "povos".
Os termos políticos aqui empregados são significativos por se inscreverem em toda uma tradição filosófico-política, que ganha realce em ONGs e organismos internacionais. O emprego desse vocabulário tem um sentido e uma finalidade precisos. O termo de nação remonta, em uma de suas significações, à Revolução Francesa , tendo sido usado como arma política para a criação de um novo tipo de Estado. O Antigo Regime , por exemplo, era dito não corresponder à "nação" francesa, por não ter feito ainda a necessária transformação sócio-política. Ou seja, a nação deveria se constituir em um novo Estado. É essa ressonância semântica que está presente no uso do termo de nação, que pode ser considerado como uma preliminar ideológica, do ponto de vista de uma independência posterior desses povos ditos indígenas em relação à "nação" brasileira.
O mesmo ocorre com a expressão autonomia dos povos indígenas . O seu significado remete a todo o período da descolonização, do qual surgiram os Estados africanos. É também muito utilizado para significar uma dita luta "anti-imperialista", empregada para facilitar a dominação interna desses mesmos povos. Em nosso contexto específico, o tratamento dos indígenas nacionais, brasileiros, como um povo autônomo, tem o propósito político de criar condições para que eles venham a ser considerados efetivamente como povos independentes. Passariam os indígenas a escolher autonomamente os seus dirigentes, independentemente dos estados e da União, fariam tratados com ONGS e, poderiam - por que não? - vir a solicitar reconhecimento internacional.
Digno de nota é o fato das ONGs descontentes com a decisão do Supremo, suspendendo a demarcação da Raposa/Serra do Sol , estarem pensando em recorrer a OEA e a ONU, como se essas fossem as instâncias adequadas para resolver essa questão e não o próprio Brasil.
O simples fato de já haver essa orientação merece ser ressaltado, pois ele exibe que o alvo almejado é o reconhecimento internacional de povos independentes , que passariam a ter um estatuto próprio no seio dessas organizações internacionais.
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS

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A questão militar


Por Denis Lerrer Rosenfield
Um dos pontos de convergência entre os militares, o PT e o governo atual, residia no nacionalismo. Não foram poucos os que viram nas posições do partido uma garantia de que potências estrangeiras não interfeririam nos assuntos nacionais, em particular em nossas reservas estratégicas. Segundo essa concepção, a Amazônia ocuparia um lugar central, por ser objeto de cobiça internacional e ter em seu subsolo minérios ainda inexplorados.
Em um mundo que se mostra cada vez mais finito, em que os agentes econômicos e Estados entram numa disputada desenfreada pelos recursos do planeta, a posição militar ganha uma expressão ainda maior. Veja-se o papel da China na África, que, cada vez mais, entra naquele continente, com o intuito de assegurar o funcionamento e o futuro de suas indústrias.
No entanto, a convergência nacionalista estava baseada num equívoco. Enquanto os militares propugnavam pela defesa da soberania nacional, a doutrina petista apenas se ancorava numa formulação dita anti-imperialista, voltada, na verdade, contra os EUA. Na verdade, ela mostrava também uma outra face, a da colaboração com outros países a partir de uma ideologia de "solidariedade socialista". A dita compreensão com os mais "fracos" sinalizava uma atitude que estava ancorada numa concepção em que a defesa dos interesses nacionais se encontrava relegada a segundo plano.
Uma outra vertente da mesma colocação consiste na assimilação do "politicamente correto", feita em nome de uma suposta justiça social. O apoio ao MST, político e financeiro, inclusive com respaldo para atuar fora da lei, é a expressão de um processo em que o antigo projeto comunista se apresenta, agora, como se fosse uma questão de reforma agrária. Basta ler os documentos dessa organização política para constatar a sua afinidade eletiva com as democracias totalitárias do século XX, com o seu "socialismo real". A sua versão mais recente consiste em tornar uma questão de justiça social, em relação aos índios e os negros, uma questão propriamente política.
Também aqui a instituição militar serviu de bode expiatório. A questão dita quilombola foi utilizada politicamente para atingir a Marinha, ao tornar a Restinga da Marambaia, base dos fuzileiros navais, objeto de um processo de desapropriação. Salta aos olhos a inexistência de qualquer quilombo naquela região, nos termos da Constituição de 1988. Entretanto, há ainda em curso uma ação para que a maior parte dessa área seja desapropriada, tornando-a inviável para operações militares. Um dos locais possíveis para abrigar uma futura base de submarinos tornar-se-ia "propriedade" de "quilombolas", financiados e instrumentalizados por uma ONG, que conta com recursos da União Européia , Fundação Ford e um conjunto de Igrejas anglicanas e evangélicas internacionais.
Processo semelhante ocorre com a FAB, também objeto de uma ação dita quilombola contra a Base de Alcântara, Maranhão. O problema reside igualmente numa questão de soberania nacional, essencial para um projeto espacial brasileiro, se o País quiser ser militarmente e economicamente competitivo no século XXI.
A fala do general Heleno, atentando para a situação caótica da Amazônia, perante um grupo expressivo de altos oficiais das Forças Armadas, da ativa e da reserva, deu vazão a um sentimento generalizado de indignação com os destinos do País. Quando advertiu para os perigos de uma demarcação contínua de terras indígenas, em Roraima, em faixa de fronteira, sobre um subsolo rico em minérios, o Comandante da Amazônia sinalizou para os perigos que corre o Brasil.
É sobejamente conhecido que há ONGs que agem impunemente, tornando o território nacional algo que poderia ser relativizado no futuro, tornando-se "internacional", seja por razões ditas ambientais, seja indígenas. Uma formulação freqüente, utilizada em relação aos indígenas, consiste em considerá-los como "nações" e "povos".
Os termos políticos aqui empregados são significativos por se inscreverem em toda uma tradição filosófico-política, que ganha realce em ONGs e organismos internacionais. O emprego desse vocabulário tem um sentido e uma finalidade precisos. O termo de nação remonta, em uma de suas significações, à Revolução Francesa , tendo sido usado como arma política para a criação de um novo tipo de Estado. O Antigo Regime , por exemplo, era dito não corresponder à "nação" francesa, por não ter feito ainda a necessária transformação sócio-política. Ou seja, a nação deveria se constituir em um novo Estado. É essa ressonância semântica que está presente no uso do termo de nação, que pode ser considerado como uma preliminar ideológica, do ponto de vista de uma independência posterior desses povos ditos indígenas em relação à "nação" brasileira.
O mesmo ocorre com a expressão autonomia dos povos indígenas . O seu significado remete a todo o período da descolonização, do qual surgiram os Estados africanos. É também muito utilizado para significar uma dita luta "anti-imperialista", empregada para facilitar a dominação interna desses mesmos povos. Em nosso contexto específico, o tratamento dos indígenas nacionais, brasileiros, como um povo autônomo, tem o propósito político de criar condições para que eles venham a ser considerados efetivamente como povos independentes. Passariam os indígenas a escolher autonomamente os seus dirigentes, independentemente dos estados e da União, fariam tratados com ONGS e, poderiam - por que não? - vir a solicitar reconhecimento internacional.
Digno de nota é o fato das ONGs descontentes com a decisão do Supremo, suspendendo a demarcação da Raposa/Serra do Sol , estarem pensando em recorrer a OEA e a ONU, como se essas fossem as instâncias adequadas para resolver essa questão e não o próprio Brasil.
O simples fato de já haver essa orientação merece ser ressaltado, pois ele exibe que o alvo almejado é o reconhecimento internacional de povos independentes , que passariam a ter um estatuto próprio no seio dessas organizações internacionais.
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS

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Farc agravam tensão entre Correa e Uribe


Segundo líder colombiano Álvaro Uribe (à esq.), sobre as opções dos militantes: "As Farc podem escolher: ou fazem paz, ou o povo continuará com a tarefa de derrotá-los". O presidente equatoriano Rafael Correa (à dir.), sobre a posição do colega colombiano: "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez".
As tensões entre Colômbia e Equador voltaram a se agravar ontem depois que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, descartou conceder status político às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), opondo-se ao colega do Equador, Rafael Correa, que disse que reconhecerá o grupo rebelde como uma força beligerante. O governo de Bogotá antecipou que enviará uma nota de protesto ao Equador e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"(Os meus compatriotas deveriam assinar) documentos para defender nossa democracia e evitar estes atentados que acontecem quando se propõe o status de beligerância a favor de um grupo terrorista", disse Uribe à rádio local RCN.
Para o presidente colombiano, as Farc descumprem as condições que as tornariam uma força beligerante, pois só se pode reconhecer um grupo que tenha controle territorial e um comando unificado que exerça justiça e cumpra o direito internacional humanitário.
"As Farc podem escolher entre dois caminhos: ou se retificam e fazem paz, o que se faz em cinco minutos, ou o povo colombiano, apoiando o governo e as forças públicas, continuará com a tarefa de derrotá-los", acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente equatoriano havia declarado que pode reconhecer as Farc como um grupo em situação de guerra caso abandonasse os seqüestros e os ataques considerados terroristas.
O líder equatoriano ainda disse que as Farc têm de liberar incondicionalmente seus reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Correa criticou seu colega colombiano ao afirmar que "o melhor negócio para Uribe é esta guerra" interna no país. "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez", acusou.
Colômbia, Estados Unidos e União Européia consideram as Farc como um grupo terrorista, por causa da prática de ações ilegais, incluindo o seqüestro de civis. Com o status de força beligerante, o grupo poderia, entre outras vantagens, ter escritórios em outros países e receber fundos ou ajuda financeira legalmente de organizações e Estados.
Em oposição às declarações de Correa, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, revelou que Bogotá prepara uma nota de protesto que será enviada ao governo de Equador e à OEA, para que "se tomem as medidas correspondentes".
"Naturalmente vamos protestar do ponto de vista diplomático por causa das declarações feitas pelo presidente Correa, que violam os acordos que temos conseguido", disse o chanceler colombiano.
"Consideramos que um país democrático não pode cair na tentação de dar nenhum tipo de status a grupos que executam atos de terrorismo permanentemente. Eu mesmo estive seqüestrado seis anos pelas Farc e garanto à comunidade internacional da qualidade de terrorista do grupo", afirmou.
Em Quito, o Ministério das Relações Exteriores equatoriano afirmou ter havido "versões distorcidas" sobre o pronunciamento de Correa.
Araújo ainda recordou que, na reunião em março passado entre os ministros de Relações Exteriores da OEA, ficou combinado que Bogotá e Quito evitariam declarações negativas.
As relações diplomáticas entre Bogotá e Quito estão estremecidas desde que as forças militares colombianas atacaram um acampamento das Farc em solo equatoriano, em março passado, matando o então número 2 do grupo rebelde, Raúl Reyes.
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Farc agravam tensão entre Correa e Uribe


Segundo líder colombiano Álvaro Uribe (à esq.), sobre as opções dos militantes: "As Farc podem escolher: ou fazem paz, ou o povo continuará com a tarefa de derrotá-los". O presidente equatoriano Rafael Correa (à dir.), sobre a posição do colega colombiano: "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez".
As tensões entre Colômbia e Equador voltaram a se agravar ontem depois que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, descartou conceder status político às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), opondo-se ao colega do Equador, Rafael Correa, que disse que reconhecerá o grupo rebelde como uma força beligerante. O governo de Bogotá antecipou que enviará uma nota de protesto ao Equador e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"(Os meus compatriotas deveriam assinar) documentos para defender nossa democracia e evitar estes atentados que acontecem quando se propõe o status de beligerância a favor de um grupo terrorista", disse Uribe à rádio local RCN.
Para o presidente colombiano, as Farc descumprem as condições que as tornariam uma força beligerante, pois só se pode reconhecer um grupo que tenha controle territorial e um comando unificado que exerça justiça e cumpra o direito internacional humanitário.
"As Farc podem escolher entre dois caminhos: ou se retificam e fazem paz, o que se faz em cinco minutos, ou o povo colombiano, apoiando o governo e as forças públicas, continuará com a tarefa de derrotá-los", acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente equatoriano havia declarado que pode reconhecer as Farc como um grupo em situação de guerra caso abandonasse os seqüestros e os ataques considerados terroristas.
O líder equatoriano ainda disse que as Farc têm de liberar incondicionalmente seus reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Correa criticou seu colega colombiano ao afirmar que "o melhor negócio para Uribe é esta guerra" interna no país. "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez", acusou.
Colômbia, Estados Unidos e União Européia consideram as Farc como um grupo terrorista, por causa da prática de ações ilegais, incluindo o seqüestro de civis. Com o status de força beligerante, o grupo poderia, entre outras vantagens, ter escritórios em outros países e receber fundos ou ajuda financeira legalmente de organizações e Estados.
Em oposição às declarações de Correa, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, revelou que Bogotá prepara uma nota de protesto que será enviada ao governo de Equador e à OEA, para que "se tomem as medidas correspondentes".
"Naturalmente vamos protestar do ponto de vista diplomático por causa das declarações feitas pelo presidente Correa, que violam os acordos que temos conseguido", disse o chanceler colombiano.
"Consideramos que um país democrático não pode cair na tentação de dar nenhum tipo de status a grupos que executam atos de terrorismo permanentemente. Eu mesmo estive seqüestrado seis anos pelas Farc e garanto à comunidade internacional da qualidade de terrorista do grupo", afirmou.
Em Quito, o Ministério das Relações Exteriores equatoriano afirmou ter havido "versões distorcidas" sobre o pronunciamento de Correa.
Araújo ainda recordou que, na reunião em março passado entre os ministros de Relações Exteriores da OEA, ficou combinado que Bogotá e Quito evitariam declarações negativas.
As relações diplomáticas entre Bogotá e Quito estão estremecidas desde que as forças militares colombianas atacaram um acampamento das Farc em solo equatoriano, em março passado, matando o então número 2 do grupo rebelde, Raúl Reyes.
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Farc agravam tensão entre Correa e Uribe


Segundo líder colombiano Álvaro Uribe (à esq.), sobre as opções dos militantes: "As Farc podem escolher: ou fazem paz, ou o povo continuará com a tarefa de derrotá-los". O presidente equatoriano Rafael Correa (à dir.), sobre a posição do colega colombiano: "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez".
As tensões entre Colômbia e Equador voltaram a se agravar ontem depois que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, descartou conceder status político às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), opondo-se ao colega do Equador, Rafael Correa, que disse que reconhecerá o grupo rebelde como uma força beligerante. O governo de Bogotá antecipou que enviará uma nota de protesto ao Equador e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"(Os meus compatriotas deveriam assinar) documentos para defender nossa democracia e evitar estes atentados que acontecem quando se propõe o status de beligerância a favor de um grupo terrorista", disse Uribe à rádio local RCN.
Para o presidente colombiano, as Farc descumprem as condições que as tornariam uma força beligerante, pois só se pode reconhecer um grupo que tenha controle territorial e um comando unificado que exerça justiça e cumpra o direito internacional humanitário.
"As Farc podem escolher entre dois caminhos: ou se retificam e fazem paz, o que se faz em cinco minutos, ou o povo colombiano, apoiando o governo e as forças públicas, continuará com a tarefa de derrotá-los", acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente equatoriano havia declarado que pode reconhecer as Farc como um grupo em situação de guerra caso abandonasse os seqüestros e os ataques considerados terroristas.
O líder equatoriano ainda disse que as Farc têm de liberar incondicionalmente seus reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Correa criticou seu colega colombiano ao afirmar que "o melhor negócio para Uribe é esta guerra" interna no país. "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez", acusou.
Colômbia, Estados Unidos e União Européia consideram as Farc como um grupo terrorista, por causa da prática de ações ilegais, incluindo o seqüestro de civis. Com o status de força beligerante, o grupo poderia, entre outras vantagens, ter escritórios em outros países e receber fundos ou ajuda financeira legalmente de organizações e Estados.
Em oposição às declarações de Correa, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, revelou que Bogotá prepara uma nota de protesto que será enviada ao governo de Equador e à OEA, para que "se tomem as medidas correspondentes".
"Naturalmente vamos protestar do ponto de vista diplomático por causa das declarações feitas pelo presidente Correa, que violam os acordos que temos conseguido", disse o chanceler colombiano.
"Consideramos que um país democrático não pode cair na tentação de dar nenhum tipo de status a grupos que executam atos de terrorismo permanentemente. Eu mesmo estive seqüestrado seis anos pelas Farc e garanto à comunidade internacional da qualidade de terrorista do grupo", afirmou.
Em Quito, o Ministério das Relações Exteriores equatoriano afirmou ter havido "versões distorcidas" sobre o pronunciamento de Correa.
Araújo ainda recordou que, na reunião em março passado entre os ministros de Relações Exteriores da OEA, ficou combinado que Bogotá e Quito evitariam declarações negativas.
As relações diplomáticas entre Bogotá e Quito estão estremecidas desde que as forças militares colombianas atacaram um acampamento das Farc em solo equatoriano, em março passado, matando o então número 2 do grupo rebelde, Raúl Reyes.
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Farc agravam tensão entre Correa e Uribe


Segundo líder colombiano Álvaro Uribe (à esq.), sobre as opções dos militantes: "As Farc podem escolher: ou fazem paz, ou o povo continuará com a tarefa de derrotá-los". O presidente equatoriano Rafael Correa (à dir.), sobre a posição do colega colombiano: "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez".
As tensões entre Colômbia e Equador voltaram a se agravar ontem depois que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, descartou conceder status político às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), opondo-se ao colega do Equador, Rafael Correa, que disse que reconhecerá o grupo rebelde como uma força beligerante. O governo de Bogotá antecipou que enviará uma nota de protesto ao Equador e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"(Os meus compatriotas deveriam assinar) documentos para defender nossa democracia e evitar estes atentados que acontecem quando se propõe o status de beligerância a favor de um grupo terrorista", disse Uribe à rádio local RCN.
Para o presidente colombiano, as Farc descumprem as condições que as tornariam uma força beligerante, pois só se pode reconhecer um grupo que tenha controle territorial e um comando unificado que exerça justiça e cumpra o direito internacional humanitário.
"As Farc podem escolher entre dois caminhos: ou se retificam e fazem paz, o que se faz em cinco minutos, ou o povo colombiano, apoiando o governo e as forças públicas, continuará com a tarefa de derrotá-los", acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente equatoriano havia declarado que pode reconhecer as Farc como um grupo em situação de guerra caso abandonasse os seqüestros e os ataques considerados terroristas.
O líder equatoriano ainda disse que as Farc têm de liberar incondicionalmente seus reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Correa criticou seu colega colombiano ao afirmar que "o melhor negócio para Uribe é esta guerra" interna no país. "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez", acusou.
Colômbia, Estados Unidos e União Européia consideram as Farc como um grupo terrorista, por causa da prática de ações ilegais, incluindo o seqüestro de civis. Com o status de força beligerante, o grupo poderia, entre outras vantagens, ter escritórios em outros países e receber fundos ou ajuda financeira legalmente de organizações e Estados.
Em oposição às declarações de Correa, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, revelou que Bogotá prepara uma nota de protesto que será enviada ao governo de Equador e à OEA, para que "se tomem as medidas correspondentes".
"Naturalmente vamos protestar do ponto de vista diplomático por causa das declarações feitas pelo presidente Correa, que violam os acordos que temos conseguido", disse o chanceler colombiano.
"Consideramos que um país democrático não pode cair na tentação de dar nenhum tipo de status a grupos que executam atos de terrorismo permanentemente. Eu mesmo estive seqüestrado seis anos pelas Farc e garanto à comunidade internacional da qualidade de terrorista do grupo", afirmou.
Em Quito, o Ministério das Relações Exteriores equatoriano afirmou ter havido "versões distorcidas" sobre o pronunciamento de Correa.
Araújo ainda recordou que, na reunião em março passado entre os ministros de Relações Exteriores da OEA, ficou combinado que Bogotá e Quito evitariam declarações negativas.
As relações diplomáticas entre Bogotá e Quito estão estremecidas desde que as forças militares colombianas atacaram um acampamento das Farc em solo equatoriano, em março passado, matando o então número 2 do grupo rebelde, Raúl Reyes.
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domingo, 20 de abril de 2008

Governo Militar

Tente advinhar de quem é esse texto abaixo?

============================
O Governo cai; os movimentos sindical e estudantil não conseguem reagir; o esquema militar que o governo Goulart dizia ter, não funciona; praticamente, há pouca resistência. João Goulart foge para o Uruguai e os militares tomam o poder.


Durante 1963–64, o Brasil enfrentou uma terrível crise econômica inflacionária; as massas populares irromperam na cena política para defender seu padrão de vida, seus salários. Então, sob o pretexto de que havia um caos, porque os sargentos e os cabos das Forças Armadas também queriam reivindicar seus direitos, que havia muita repressão e muitos privilégios nas Forças Armadas, desencadeia-se uma grande propaganda anti-comunista,

Essa virada no Golpe Militar de 64 já indicava que este não se tratava de mais uma quartelada; de mais uma troca de governo ou de facção militar no poder como em outros países da América Latina. Trata-se de profundo processo de contra-revolução que ia mudar a estrutura produtiva e social do Brasil, e reorganizar o Estado brasileiro. Talvez, a principal característica do Golpe Militar de 64 é que ele não foi apenas um Golpe Militar, que tira um governo constitucional e põe um governo militar; foi uma profunda reorganização no capitalismo brasileiro.

inicia um processo conservador de modernização do capitalismo brasileiro, concentrando a renda e transformando o Estado num grande instrumento para investimento na infra-estrutura do país – telecomunicações, energia, transportes, siderurgia e petroquímica –

Essa mudança na estrutura econômica do Brasil; esse novo papel para o Estado; com uma ditadura militar para reprimir os movimentos sindical e popular; com essa modernização da infra-estrutura, abre espaço para que se crie um mercado interno no Brasil para uma indústria de eletrodomésticos, de automóveis, chamada indústria de bens de consumo duráveis. Através do BNH e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, abre-se um mercado interno de classe média para a construção civil

O arrocho salarial; a repressão do movimento sindical; a abertura ao capital estrangeiro; esse novo papel do Estado, como grande investidor e o fortalecimento das empresas estatais e concentração da renda na camada média que, mesmo sendo uma parcela pequena da população criou um mercado interno e dinamizou a economia brasileira, industrializou o país para o atendimento das necessidades e permitiu a 2ª fase da industrialização do país, que é a implantação das indústrias petroquímica, eletrônica, e criou as condições para implantação da indústria de base - que é a indústria que produz outra indústria – e da indústria de bens de produção, implantada na década de 70, através da mão do General Ernesto Geisel e da consolidação da petroquímica.

À força de fartos investimentos, subsídios, créditos e incentivos para a compra de tratores, máquinas e implementos agrícolas, a agricultura brasileira foi modernizada.

grandes grupos econômicos nacionais e internacionais, como Bamerindus, Bradesco, Itaú, Volkswagen e outras empresas, criando complexos agro-industriais, grandes cooperativas, e, principalmente, promovendo a ampliação da produção de soja para exportação; depois, laranja, algodão, café, açúcar; consolidando uma agro-indústria e uma agricultura de exportação moderna, baseada em máquinas e equipamentos, em agrotóxicos, no uso abusivo de fertilizantes, cuja indústria também foi montada no país.

E o pensamento político-militar não impôs apenas uma ditadura ao país, impôs também uma doutrina: a de segurança nacional; impôs uma concepção de "Brasil Grande Potência", e procurou impor ao povo brasileiro uma visão ufanista de grande potência. A Transamazônica, as 200 milhas, a Copa do Mundo de 70 criaram o espírito do "Brasil pra Frente", na tentativa de envolver a população brasileira.

Por tudo isso, nós NÃO podemos ver o Golpe Militar de 1964 como um golpe exclusivamente militar. Foi uma profunda transformação conservadora, de cima para baixo e autoritária do capitalismo brasileiro. Foi esse Golpe, que ao criar esse crescimento do capitalismo que "modernizou" o Brasil, criou também condições para o surgimento de sua contra-fase, que é a classe operária industrial moderna brasileira; que é a juventude brasileira; que são as grandes cidades, as grandes concentrações urbanas; que é a modernização do campo; que é a introdução de milhões e milhões de homens e mulheres que viviam na zona rural no trabalho produtivo, com a necessidade de curso primário de da alfabetização.

============================


Logicamente, dá pra perceber que pincei várias frases de um texto bem longo. Quem ler o texto inteiro verá que para cada frase acima o autor seguia apontando somente o lado negativo.

Trata-se de uma entrevista com o José Dirceu em julho de 1989.
É a confirmação de que a esquerda vem mudando a história e contando uma nova versão. Uma versão ideológica construída pela revolução cultural gramcista, por quem queria implantar aqui a Peste Vermelha e transformar o Brasil em um satélite da URSS, nos moldes de Cuba. O resto é conversa para enganar trouxas e receber as gordas verbas indenizatórias, que já chegam a R$ 4 bilhões, usando o mentiroso refrão de "defensores da democracia".
Creio que hoje é impossivel achar um esquerdista que fale o mesmo que Dirceu falou há quase 20 anos. Muito menos o próprio. Portanto, essa é uma parte da história verdadeira e contada pela boca do próprio de Dirceu. Um documento para a posteridade, pois enquanto eles continuarem no poder, continuarão mudando a história cada vez mais.


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Governo Militar

Tente advinhar de quem é esse texto abaixo?

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O Governo cai; os movimentos sindical e estudantil não conseguem reagir; o esquema militar que o governo Goulart dizia ter, não funciona; praticamente, há pouca resistência. João Goulart foge para o Uruguai e os militares tomam o poder.


Durante 1963–64, o Brasil enfrentou uma terrível crise econômica inflacionária; as massas populares irromperam na cena política para defender seu padrão de vida, seus salários. Então, sob o pretexto de que havia um caos, porque os sargentos e os cabos das Forças Armadas também queriam reivindicar seus direitos, que havia muita repressão e muitos privilégios nas Forças Armadas, desencadeia-se uma grande propaganda anti-comunista,

Essa virada no Golpe Militar de 64 já indicava que este não se tratava de mais uma quartelada; de mais uma troca de governo ou de facção militar no poder como em outros países da América Latina. Trata-se de profundo processo de contra-revolução que ia mudar a estrutura produtiva e social do Brasil, e reorganizar o Estado brasileiro. Talvez, a principal característica do Golpe Militar de 64 é que ele não foi apenas um Golpe Militar, que tira um governo constitucional e põe um governo militar; foi uma profunda reorganização no capitalismo brasileiro.

inicia um processo conservador de modernização do capitalismo brasileiro, concentrando a renda e transformando o Estado num grande instrumento para investimento na infra-estrutura do país – telecomunicações, energia, transportes, siderurgia e petroquímica –

Essa mudança na estrutura econômica do Brasil; esse novo papel para o Estado; com uma ditadura militar para reprimir os movimentos sindical e popular; com essa modernização da infra-estrutura, abre espaço para que se crie um mercado interno no Brasil para uma indústria de eletrodomésticos, de automóveis, chamada indústria de bens de consumo duráveis. Através do BNH e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, abre-se um mercado interno de classe média para a construção civil

O arrocho salarial; a repressão do movimento sindical; a abertura ao capital estrangeiro; esse novo papel do Estado, como grande investidor e o fortalecimento das empresas estatais e concentração da renda na camada média que, mesmo sendo uma parcela pequena da população criou um mercado interno e dinamizou a economia brasileira, industrializou o país para o atendimento das necessidades e permitiu a 2ª fase da industrialização do país, que é a implantação das indústrias petroquímica, eletrônica, e criou as condições para implantação da indústria de base - que é a indústria que produz outra indústria – e da indústria de bens de produção, implantada na década de 70, através da mão do General Ernesto Geisel e da consolidação da petroquímica.

À força de fartos investimentos, subsídios, créditos e incentivos para a compra de tratores, máquinas e implementos agrícolas, a agricultura brasileira foi modernizada.

grandes grupos econômicos nacionais e internacionais, como Bamerindus, Bradesco, Itaú, Volkswagen e outras empresas, criando complexos agro-industriais, grandes cooperativas, e, principalmente, promovendo a ampliação da produção de soja para exportação; depois, laranja, algodão, café, açúcar; consolidando uma agro-indústria e uma agricultura de exportação moderna, baseada em máquinas e equipamentos, em agrotóxicos, no uso abusivo de fertilizantes, cuja indústria também foi montada no país.

E o pensamento político-militar não impôs apenas uma ditadura ao país, impôs também uma doutrina: a de segurança nacional; impôs uma concepção de "Brasil Grande Potência", e procurou impor ao povo brasileiro uma visão ufanista de grande potência. A Transamazônica, as 200 milhas, a Copa do Mundo de 70 criaram o espírito do "Brasil pra Frente", na tentativa de envolver a população brasileira.

Por tudo isso, nós NÃO podemos ver o Golpe Militar de 1964 como um golpe exclusivamente militar. Foi uma profunda transformação conservadora, de cima para baixo e autoritária do capitalismo brasileiro. Foi esse Golpe, que ao criar esse crescimento do capitalismo que "modernizou" o Brasil, criou também condições para o surgimento de sua contra-fase, que é a classe operária industrial moderna brasileira; que é a juventude brasileira; que são as grandes cidades, as grandes concentrações urbanas; que é a modernização do campo; que é a introdução de milhões e milhões de homens e mulheres que viviam na zona rural no trabalho produtivo, com a necessidade de curso primário de da alfabetização.

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Logicamente, dá pra perceber que pincei várias frases de um texto bem longo. Quem ler o texto inteiro verá que para cada frase acima o autor seguia apontando somente o lado negativo.

Trata-se de uma entrevista com o José Dirceu em julho de 1989.
É a confirmação de que a esquerda vem mudando a história e contando uma nova versão. Uma versão ideológica construída pela revolução cultural gramcista, por quem queria implantar aqui a Peste Vermelha e transformar o Brasil em um satélite da URSS, nos moldes de Cuba. O resto é conversa para enganar trouxas e receber as gordas verbas indenizatórias, que já chegam a R$ 4 bilhões, usando o mentiroso refrão de "defensores da democracia".
Creio que hoje é impossivel achar um esquerdista que fale o mesmo que Dirceu falou há quase 20 anos. Muito menos o próprio. Portanto, essa é uma parte da história verdadeira e contada pela boca do próprio de Dirceu. Um documento para a posteridade, pois enquanto eles continuarem no poder, continuarão mudando a história cada vez mais.


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Governo Militar

Tente advinhar de quem é esse texto abaixo?

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O Governo cai; os movimentos sindical e estudantil não conseguem reagir; o esquema militar que o governo Goulart dizia ter, não funciona; praticamente, há pouca resistência. João Goulart foge para o Uruguai e os militares tomam o poder.


Durante 1963–64, o Brasil enfrentou uma terrível crise econômica inflacionária; as massas populares irromperam na cena política para defender seu padrão de vida, seus salários. Então, sob o pretexto de que havia um caos, porque os sargentos e os cabos das Forças Armadas também queriam reivindicar seus direitos, que havia muita repressão e muitos privilégios nas Forças Armadas, desencadeia-se uma grande propaganda anti-comunista,

Essa virada no Golpe Militar de 64 já indicava que este não se tratava de mais uma quartelada; de mais uma troca de governo ou de facção militar no poder como em outros países da América Latina. Trata-se de profundo processo de contra-revolução que ia mudar a estrutura produtiva e social do Brasil, e reorganizar o Estado brasileiro. Talvez, a principal característica do Golpe Militar de 64 é que ele não foi apenas um Golpe Militar, que tira um governo constitucional e põe um governo militar; foi uma profunda reorganização no capitalismo brasileiro.

inicia um processo conservador de modernização do capitalismo brasileiro, concentrando a renda e transformando o Estado num grande instrumento para investimento na infra-estrutura do país – telecomunicações, energia, transportes, siderurgia e petroquímica –

Essa mudança na estrutura econômica do Brasil; esse novo papel para o Estado; com uma ditadura militar para reprimir os movimentos sindical e popular; com essa modernização da infra-estrutura, abre espaço para que se crie um mercado interno no Brasil para uma indústria de eletrodomésticos, de automóveis, chamada indústria de bens de consumo duráveis. Através do BNH e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, abre-se um mercado interno de classe média para a construção civil

O arrocho salarial; a repressão do movimento sindical; a abertura ao capital estrangeiro; esse novo papel do Estado, como grande investidor e o fortalecimento das empresas estatais e concentração da renda na camada média que, mesmo sendo uma parcela pequena da população criou um mercado interno e dinamizou a economia brasileira, industrializou o país para o atendimento das necessidades e permitiu a 2ª fase da industrialização do país, que é a implantação das indústrias petroquímica, eletrônica, e criou as condições para implantação da indústria de base - que é a indústria que produz outra indústria – e da indústria de bens de produção, implantada na década de 70, através da mão do General Ernesto Geisel e da consolidação da petroquímica.

À força de fartos investimentos, subsídios, créditos e incentivos para a compra de tratores, máquinas e implementos agrícolas, a agricultura brasileira foi modernizada.

grandes grupos econômicos nacionais e internacionais, como Bamerindus, Bradesco, Itaú, Volkswagen e outras empresas, criando complexos agro-industriais, grandes cooperativas, e, principalmente, promovendo a ampliação da produção de soja para exportação; depois, laranja, algodão, café, açúcar; consolidando uma agro-indústria e uma agricultura de exportação moderna, baseada em máquinas e equipamentos, em agrotóxicos, no uso abusivo de fertilizantes, cuja indústria também foi montada no país.

E o pensamento político-militar não impôs apenas uma ditadura ao país, impôs também uma doutrina: a de segurança nacional; impôs uma concepção de "Brasil Grande Potência", e procurou impor ao povo brasileiro uma visão ufanista de grande potência. A Transamazônica, as 200 milhas, a Copa do Mundo de 70 criaram o espírito do "Brasil pra Frente", na tentativa de envolver a população brasileira.

Por tudo isso, nós NÃO podemos ver o Golpe Militar de 1964 como um golpe exclusivamente militar. Foi uma profunda transformação conservadora, de cima para baixo e autoritária do capitalismo brasileiro. Foi esse Golpe, que ao criar esse crescimento do capitalismo que "modernizou" o Brasil, criou também condições para o surgimento de sua contra-fase, que é a classe operária industrial moderna brasileira; que é a juventude brasileira; que são as grandes cidades, as grandes concentrações urbanas; que é a modernização do campo; que é a introdução de milhões e milhões de homens e mulheres que viviam na zona rural no trabalho produtivo, com a necessidade de curso primário de da alfabetização.

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Logicamente, dá pra perceber que pincei várias frases de um texto bem longo. Quem ler o texto inteiro verá que para cada frase acima o autor seguia apontando somente o lado negativo.

Trata-se de uma entrevista com o José Dirceu em julho de 1989.
É a confirmação de que a esquerda vem mudando a história e contando uma nova versão. Uma versão ideológica construída pela revolução cultural gramcista, por quem queria implantar aqui a Peste Vermelha e transformar o Brasil em um satélite da URSS, nos moldes de Cuba. O resto é conversa para enganar trouxas e receber as gordas verbas indenizatórias, que já chegam a R$ 4 bilhões, usando o mentiroso refrão de "defensores da democracia".
Creio que hoje é impossivel achar um esquerdista que fale o mesmo que Dirceu falou há quase 20 anos. Muito menos o próprio. Portanto, essa é uma parte da história verdadeira e contada pela boca do próprio de Dirceu. Um documento para a posteridade, pois enquanto eles continuarem no poder, continuarão mudando a história cada vez mais.


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Governo Militar

Tente advinhar de quem é esse texto abaixo?

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O Governo cai; os movimentos sindical e estudantil não conseguem reagir; o esquema militar que o governo Goulart dizia ter, não funciona; praticamente, há pouca resistência. João Goulart foge para o Uruguai e os militares tomam o poder.


Durante 1963–64, o Brasil enfrentou uma terrível crise econômica inflacionária; as massas populares irromperam na cena política para defender seu padrão de vida, seus salários. Então, sob o pretexto de que havia um caos, porque os sargentos e os cabos das Forças Armadas também queriam reivindicar seus direitos, que havia muita repressão e muitos privilégios nas Forças Armadas, desencadeia-se uma grande propaganda anti-comunista,

Essa virada no Golpe Militar de 64 já indicava que este não se tratava de mais uma quartelada; de mais uma troca de governo ou de facção militar no poder como em outros países da América Latina. Trata-se de profundo processo de contra-revolução que ia mudar a estrutura produtiva e social do Brasil, e reorganizar o Estado brasileiro. Talvez, a principal característica do Golpe Militar de 64 é que ele não foi apenas um Golpe Militar, que tira um governo constitucional e põe um governo militar; foi uma profunda reorganização no capitalismo brasileiro.

inicia um processo conservador de modernização do capitalismo brasileiro, concentrando a renda e transformando o Estado num grande instrumento para investimento na infra-estrutura do país – telecomunicações, energia, transportes, siderurgia e petroquímica –

Essa mudança na estrutura econômica do Brasil; esse novo papel para o Estado; com uma ditadura militar para reprimir os movimentos sindical e popular; com essa modernização da infra-estrutura, abre espaço para que se crie um mercado interno no Brasil para uma indústria de eletrodomésticos, de automóveis, chamada indústria de bens de consumo duráveis. Através do BNH e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, abre-se um mercado interno de classe média para a construção civil

O arrocho salarial; a repressão do movimento sindical; a abertura ao capital estrangeiro; esse novo papel do Estado, como grande investidor e o fortalecimento das empresas estatais e concentração da renda na camada média que, mesmo sendo uma parcela pequena da população criou um mercado interno e dinamizou a economia brasileira, industrializou o país para o atendimento das necessidades e permitiu a 2ª fase da industrialização do país, que é a implantação das indústrias petroquímica, eletrônica, e criou as condições para implantação da indústria de base - que é a indústria que produz outra indústria – e da indústria de bens de produção, implantada na década de 70, através da mão do General Ernesto Geisel e da consolidação da petroquímica.

À força de fartos investimentos, subsídios, créditos e incentivos para a compra de tratores, máquinas e implementos agrícolas, a agricultura brasileira foi modernizada.

grandes grupos econômicos nacionais e internacionais, como Bamerindus, Bradesco, Itaú, Volkswagen e outras empresas, criando complexos agro-industriais, grandes cooperativas, e, principalmente, promovendo a ampliação da produção de soja para exportação; depois, laranja, algodão, café, açúcar; consolidando uma agro-indústria e uma agricultura de exportação moderna, baseada em máquinas e equipamentos, em agrotóxicos, no uso abusivo de fertilizantes, cuja indústria também foi montada no país.

E o pensamento político-militar não impôs apenas uma ditadura ao país, impôs também uma doutrina: a de segurança nacional; impôs uma concepção de "Brasil Grande Potência", e procurou impor ao povo brasileiro uma visão ufanista de grande potência. A Transamazônica, as 200 milhas, a Copa do Mundo de 70 criaram o espírito do "Brasil pra Frente", na tentativa de envolver a população brasileira.

Por tudo isso, nós NÃO podemos ver o Golpe Militar de 1964 como um golpe exclusivamente militar. Foi uma profunda transformação conservadora, de cima para baixo e autoritária do capitalismo brasileiro. Foi esse Golpe, que ao criar esse crescimento do capitalismo que "modernizou" o Brasil, criou também condições para o surgimento de sua contra-fase, que é a classe operária industrial moderna brasileira; que é a juventude brasileira; que são as grandes cidades, as grandes concentrações urbanas; que é a modernização do campo; que é a introdução de milhões e milhões de homens e mulheres que viviam na zona rural no trabalho produtivo, com a necessidade de curso primário de da alfabetização.

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Logicamente, dá pra perceber que pincei várias frases de um texto bem longo. Quem ler o texto inteiro verá que para cada frase acima o autor seguia apontando somente o lado negativo.

Trata-se de uma entrevista com o José Dirceu em julho de 1989.
É a confirmação de que a esquerda vem mudando a história e contando uma nova versão. Uma versão ideológica construída pela revolução cultural gramcista, por quem queria implantar aqui a Peste Vermelha e transformar o Brasil em um satélite da URSS, nos moldes de Cuba. O resto é conversa para enganar trouxas e receber as gordas verbas indenizatórias, que já chegam a R$ 4 bilhões, usando o mentiroso refrão de "defensores da democracia".
Creio que hoje é impossivel achar um esquerdista que fale o mesmo que Dirceu falou há quase 20 anos. Muito menos o próprio. Portanto, essa é uma parte da história verdadeira e contada pela boca do próprio de Dirceu. Um documento para a posteridade, pois enquanto eles continuarem no poder, continuarão mudando a história cada vez mais.


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sábado, 19 de abril de 2008

PETIÇÃO EM APOIO AO GEN. AUGUSTO HELENO

Quando os militares calaram a boca da esquerda nas décadas de 60/70 era uma ditadura. Agora o governo quer calar a boca dos militares e chama isso de democracia?
Que democracia é esta do governo lula que tenta intimidar, ameaçar e silenciar o Comandante Militar da Amazônia?

Parabéns ao General, um raro militar patriota que não tem vergonha da sua farda!

Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor

Se a Pátria querida for envolvida
Pelo inimigo, na paz ou na guerra
Defende a terra contra o perigo
Com ânimo forte se for preciso
Enfrenta a morte
Afronta se lava com fibra de herói
De gente brava
Bandeira do Brasil
Ninguém te manchará
Teu povo varonil
Isso não consentirá
Bandeira idolatrada
Altiva a tremular
Onde a liberdade
É mais uma estrela
A brilhar

“Não vou entrar para a história como o comandante que foi conivente com a perda de parte do território nacional. Para mim, soberania e integridade do patrimônio nacional não têm discussão.(...)Como um brasileiro não pode entrar numa terra só porque não é indígena”
Gen. Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Comandante Militar da Amazônia.

"(...)O que vimos foi a palavra de um Chefe Militar sobre assunto de sua inteira competência e responsabilidade. Sua afirmação de que o Exército não serve a governos e sim ao Estado está respaldada no que prevê o Art 142 da Constituição Federal ao definir as Forças Armadas como instituições nacionais permanentes.(...)É estranho o Presidente da República pedir explicações sobre o caso. Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo."
Gen. Gilberto Barbosa de Figueiredo, Presidente do Clube Militar
Nota do Clube Militar


– Não leram a Constituição como ela foi escrita. Está escrito "ocupam", no presente do indicativo. Ou seja, que ocupavam naquele momento em que a Constituição foi promulgada. Que não daria sequer 1% do território nacional que era extensivo e exclusivamente daqueles 200 e pouco mil índios – acusou durante o seminário Brasil, Ameaças a Soberania no Clube Militar, no Rio.
– O governo, por uma má interpretação da lei, outorgou quase 15% do território nacional para em torno de meio milhão de brasileiros, transformando o índio num cidadão extremamente privilegiado, que tem todos os direitos que os brasileiros, e mais aqueles que só eles podem ter .
– O Congresso perdeu o poder legislativo e tenta agir como judiciário, usando as CPIs para obter visibilidade. A falta de um poder legislativo leva o STF a se transformar em legislador. O Ministério Público acaba agindo como poder absoluto e a Polícia Federal algema inocentes por dias, sem ter sequer preparado um auto.
Ives Gandra Silva Martins


PETIÇÃO EM APOIO AO GEN. AUGUSTO HELENO
Nós, brasileiras e brasileiros, cidadãos de bem deste País, vimos, através desta missiva, prestar toda nossa solidariedade com relação aos episódios recentes, relativos ao polêmico e delicado tema da defesa das nossas fronteiras, da defesa da soberania nacional, em especial sobre a questão da reserva "Raposa Serra do Sol".
Apoiamos sua avaliação técnica sobre o objeto em questão, apoiamos seu direito e seu dever de informar aos brasileiros o que está acontecendo, apoiamos a defesa incondicional do nosso patrimônio natural contra a cobiça internacional e apoiamos sua defesa de criação de reservas para os índios, nossos irmãos, de forma a não haver entrega de parte do território nacional, ao contrário, fazer prevalecer o ideal de integração tão bem conduzida pelo grande brasileiro Cândido Rondon.
Para assinar, clique aqui.

Declaração do Gen. Augusto Heleno


Apoio ao Gen. Augusto Heleno


Nota ZERO para o oportunista senador Arthur Virgílio

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