quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Hugo Chávez e Álvaro Uribe brigam durante cúpula no México
Sea varón, quédese aquí y hablemos de frente, porque usted a veces insulta en la distancia” (Uribe)
Se Agarraron Uribe Y Chávez
Un reclamo del presidente Uribe a su colega venezolano Hugo Chávez, por el embargo comercial contra Colombia, hizo que éste le contestara diciendo que desde aquí lo querían asesinar e insinuó que Uribe tenía que ver algo con ello.
“Vete al carajo”, le gritó Chávez a Uribe en el momento en que éste quiso interrumpirlo.
Cuando Chávez intentó retirarse, Uribe le dijo: “¡Sea varón, quédese aquí y hablemos de frente, porque usted a veces insulta en la distancia”. Y el presidente venezolano se quedó. La situación estuvo tan tensa que falto poco para que se fueran a las manos, según algunas versiones.
Todo paso al mediodía de ayer en la cumbre del Grupo de Río, que se realiza en Cancún (México). Anoche, Uribe y Chávez aceptaron conformar un grupo de países amigos que ayude a ambos gobiernos a superar las diferencias tras el duro altercado. .
El Tiempo
Hugo Chávez e Álvaro Uribe brigam durante cúpula no México
O presidente da Venezuela ameaçou deixar a cúpula de países da América Latina e do Caribe, após uma discussão na qual o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, comparou o tratamento dado por Chávez às empresas colombianas com o bloqueio americanpo a Cuba.
A discussão, durante um almoço fechado entre os 25 chefes de Estado e de Governo que participam da reunião, no balneário de Cancún, ameaça manchar o discurso de unidade vendido pelo anfitrião da cúpula, o presidente do México, Felipe Calderón.
Após Uribe reclamar do tratamento dado pela Venezuela às empresas colombianas, Chávez teria argumentado que o comércio entre os dois países cresceu oito vezes desde que ele chegou ao poder, em 1999.
Segundo fontes presentes no almoço, a discussão subiu de tom quando Uribe interrompeu a explicação de Chávez, que teria então soltado um palavrão e exigido que o colega o deixasse terminar de falar.
Segundo o relato de uma fonte colombiana à agência France Presse, Chávez teria acusado Uribe de planejar seu assassinato por um esquadrão paramilitar e fez menção de deixar o encontro.
Uribe teria então gritado: "Seja homem! Estas questões devem ser discutidas nestes fóruns. Você é muito corajoso para falar as coisas à distância, mas um covarde quando é para falar as coisas na cara".
A discussão teria sido apartada com uma intervenção do presidente de Cuba, Raúl Castro.
Calderón comentou as discussões em uma entrevista pela tarde e disse que os dois países “concordaram em conduzir as diferenças com um diálogo amistoso”.
Segundo ele, também houve um acordo para criar um grupo de países amigos para ajudar a Venezuela e a Colômbia a eliminar suas diferenças, formado por Brasil, Argentina, República Dominicana e México.
A crise diplomática entre a Colômbia e a Venezuela teve seu auge em 2008, quando o governo colombiano bombardeou um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, e voltou a se intensificar no ano passado, com a autorização da Colômbia para que os Estados Unidos instalem bases militares no seu território.
Diário do Comércio
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Hugo Chávez e Álvaro Uribe brigam durante cúpula no México
Sea varón, quédese aquí y hablemos de frente, porque usted a veces insulta en la distancia” (Uribe)
Se Agarraron Uribe Y Chávez
Un reclamo del presidente Uribe a su colega venezolano Hugo Chávez, por el embargo comercial contra Colombia, hizo que éste le contestara diciendo que desde aquí lo querían asesinar e insinuó que Uribe tenía que ver algo con ello.
“Vete al carajo”, le gritó Chávez a Uribe en el momento en que éste quiso interrumpirlo.
Cuando Chávez intentó retirarse, Uribe le dijo: “¡Sea varón, quédese aquí y hablemos de frente, porque usted a veces insulta en la distancia”. Y el presidente venezolano se quedó. La situación estuvo tan tensa que falto poco para que se fueran a las manos, según algunas versiones.
Todo paso al mediodía de ayer en la cumbre del Grupo de Río, que se realiza en Cancún (México). Anoche, Uribe y Chávez aceptaron conformar un grupo de países amigos que ayude a ambos gobiernos a superar las diferencias tras el duro altercado. .
El Tiempo
Hugo Chávez e Álvaro Uribe brigam durante cúpula no México
O presidente da Venezuela ameaçou deixar a cúpula de países da América Latina e do Caribe, após uma discussão na qual o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, comparou o tratamento dado por Chávez às empresas colombianas com o bloqueio americanpo a Cuba.
A discussão, durante um almoço fechado entre os 25 chefes de Estado e de Governo que participam da reunião, no balneário de Cancún, ameaça manchar o discurso de unidade vendido pelo anfitrião da cúpula, o presidente do México, Felipe Calderón.
Após Uribe reclamar do tratamento dado pela Venezuela às empresas colombianas, Chávez teria argumentado que o comércio entre os dois países cresceu oito vezes desde que ele chegou ao poder, em 1999.
Segundo fontes presentes no almoço, a discussão subiu de tom quando Uribe interrompeu a explicação de Chávez, que teria então soltado um palavrão e exigido que o colega o deixasse terminar de falar.
Segundo o relato de uma fonte colombiana à agência France Presse, Chávez teria acusado Uribe de planejar seu assassinato por um esquadrão paramilitar e fez menção de deixar o encontro.
Uribe teria então gritado: "Seja homem! Estas questões devem ser discutidas nestes fóruns. Você é muito corajoso para falar as coisas à distância, mas um covarde quando é para falar as coisas na cara".
A discussão teria sido apartada com uma intervenção do presidente de Cuba, Raúl Castro.
Calderón comentou as discussões em uma entrevista pela tarde e disse que os dois países “concordaram em conduzir as diferenças com um diálogo amistoso”.
Segundo ele, também houve um acordo para criar um grupo de países amigos para ajudar a Venezuela e a Colômbia a eliminar suas diferenças, formado por Brasil, Argentina, República Dominicana e México.
A crise diplomática entre a Colômbia e a Venezuela teve seu auge em 2008, quando o governo colombiano bombardeou um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, e voltou a se intensificar no ano passado, com a autorização da Colômbia para que os Estados Unidos instalem bases militares no seu território.
Diário do Comércio
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Hugo Chávez e Álvaro Uribe brigam durante cúpula no México
Sea varón, quédese aquí y hablemos de frente, porque usted a veces insulta en la distancia” (Uribe)
Se Agarraron Uribe Y Chávez
Un reclamo del presidente Uribe a su colega venezolano Hugo Chávez, por el embargo comercial contra Colombia, hizo que éste le contestara diciendo que desde aquí lo querían asesinar e insinuó que Uribe tenía que ver algo con ello.
“Vete al carajo”, le gritó Chávez a Uribe en el momento en que éste quiso interrumpirlo.
Cuando Chávez intentó retirarse, Uribe le dijo: “¡Sea varón, quédese aquí y hablemos de frente, porque usted a veces insulta en la distancia”. Y el presidente venezolano se quedó. La situación estuvo tan tensa que falto poco para que se fueran a las manos, según algunas versiones.
Todo paso al mediodía de ayer en la cumbre del Grupo de Río, que se realiza en Cancún (México). Anoche, Uribe y Chávez aceptaron conformar un grupo de países amigos que ayude a ambos gobiernos a superar las diferencias tras el duro altercado. .
El Tiempo
Hugo Chávez e Álvaro Uribe brigam durante cúpula no México
O presidente da Venezuela ameaçou deixar a cúpula de países da América Latina e do Caribe, após uma discussão na qual o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, comparou o tratamento dado por Chávez às empresas colombianas com o bloqueio americanpo a Cuba.
A discussão, durante um almoço fechado entre os 25 chefes de Estado e de Governo que participam da reunião, no balneário de Cancún, ameaça manchar o discurso de unidade vendido pelo anfitrião da cúpula, o presidente do México, Felipe Calderón.
Após Uribe reclamar do tratamento dado pela Venezuela às empresas colombianas, Chávez teria argumentado que o comércio entre os dois países cresceu oito vezes desde que ele chegou ao poder, em 1999.
Segundo fontes presentes no almoço, a discussão subiu de tom quando Uribe interrompeu a explicação de Chávez, que teria então soltado um palavrão e exigido que o colega o deixasse terminar de falar.
Segundo o relato de uma fonte colombiana à agência France Presse, Chávez teria acusado Uribe de planejar seu assassinato por um esquadrão paramilitar e fez menção de deixar o encontro.
Uribe teria então gritado: "Seja homem! Estas questões devem ser discutidas nestes fóruns. Você é muito corajoso para falar as coisas à distância, mas um covarde quando é para falar as coisas na cara".
A discussão teria sido apartada com uma intervenção do presidente de Cuba, Raúl Castro.
Calderón comentou as discussões em uma entrevista pela tarde e disse que os dois países “concordaram em conduzir as diferenças com um diálogo amistoso”.
Segundo ele, também houve um acordo para criar um grupo de países amigos para ajudar a Venezuela e a Colômbia a eliminar suas diferenças, formado por Brasil, Argentina, República Dominicana e México.
A crise diplomática entre a Colômbia e a Venezuela teve seu auge em 2008, quando o governo colombiano bombardeou um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, e voltou a se intensificar no ano passado, com a autorização da Colômbia para que os Estados Unidos instalem bases militares no seu território.
Diário do Comércio
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Mais um passo para a implantação da NAÇÃO BOLIVARIANA.
Em Cancún, presidentes de branco e um ideal.
Lula e Calderón vestem guayaberas brancas. Do contra, Chávez usa modelito típico de revolucionário.
Na abertura da reunião da Cúpula da América Latina e Caribe (CALC), o presidente mexicano, Felipe Calderón, evocou o líder revolucionário Simon Bolívar para defender a unidade dos países da América Latina. Convidou os países a "construírem um espaço comum com os países da América Latina e Caribe".
"No México estamos convencidos de que o ideal de Bolívar, de uma América unida, continua e está mais vivo que nunca. Esse foi o sonho de Bolívar, de uma só nação americana, unida em valores de democracia, justiça e igualdade."
Ao propor a criação de uma nova organização de integração da região, Calderón pediu uma entidade que "reafirme a unidade e identidade da região, abrindo novas vias para as aspirações a integração e desenvolvimento". Calderón disse que a nova entidade será ainda mais forte do que o grupo do Rio e a Cúpula da América Latina, porque será uma união de toda a região.
O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que na reunião de Cancún, o processo iniciado na Bahia, no ano passado, será aprofundado. Lembrou que o Grupo do Rio, "que estava agonizando", foi revigorado durante a crise entre Equador e Colômbia. Ganhou novo alento, quando houve a reunião no Sauipe, na Bahia.
"A ideia é a de que os dois grupos possam convergir no espaço de um ano, dois anos para que possamos ter efetivamente uma comunidade latino-americana e caribenha".
Na chegada para o encontro na manhã de ontem, todos os chefes de Estado vestiam guayaberas brancas, oferecidas pelo anfitrião, especialmente para a ocasião. Só Hugo Chávez não seguiu o figurino: optou por uma camisa verde exército com uma camiseta vermelha por baixo, modelito típico de revolucionários.
Dos 33 presidentes convidados, pelo menos 25 participam do encontro. Os presidentes foram recebidos pelo colega mexicano Rafael Caldera. Cristina Kirchner e Michele Bachelet usavam, respectivamente, um vestido florido e um tailleur azul. O último a chegar foi o cubano, Raul Castro.
O périplo de cinco dias de Lula começou domingo, no México. Depois, inclui visitas a Cuba, Haiti e El Salvador
Ronaldo Schmidt/AFP
Agência Estado - 22/2/2010 - 21h15
Maio de 2008
Trecho do discurso de Lula perante a criação da Unasul - União das Nações Sul-americanas
(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.
Destaque:
-A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"
-"criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA"
Alguém ainda tem dúvidas de que eles pretendem implantar FISICAMENTE uma NAÇÃO BOLIVARIANA?
Reveja o discurso:
.
Mais um passo para a implantação da NAÇÃO BOLIVARIANA.
Em Cancún, presidentes de branco e um ideal.
Lula e Calderón vestem guayaberas brancas. Do contra, Chávez usa modelito típico de revolucionário.
Na abertura da reunião da Cúpula da América Latina e Caribe (CALC), o presidente mexicano, Felipe Calderón, evocou o líder revolucionário Simon Bolívar para defender a unidade dos países da América Latina. Convidou os países a "construírem um espaço comum com os países da América Latina e Caribe".
"No México estamos convencidos de que o ideal de Bolívar, de uma América unida, continua e está mais vivo que nunca. Esse foi o sonho de Bolívar, de uma só nação americana, unida em valores de democracia, justiça e igualdade."
Ao propor a criação de uma nova organização de integração da região, Calderón pediu uma entidade que "reafirme a unidade e identidade da região, abrindo novas vias para as aspirações a integração e desenvolvimento". Calderón disse que a nova entidade será ainda mais forte do que o grupo do Rio e a Cúpula da América Latina, porque será uma união de toda a região.
O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que na reunião de Cancún, o processo iniciado na Bahia, no ano passado, será aprofundado. Lembrou que o Grupo do Rio, "que estava agonizando", foi revigorado durante a crise entre Equador e Colômbia. Ganhou novo alento, quando houve a reunião no Sauipe, na Bahia.
"A ideia é a de que os dois grupos possam convergir no espaço de um ano, dois anos para que possamos ter efetivamente uma comunidade latino-americana e caribenha".
Na chegada para o encontro na manhã de ontem, todos os chefes de Estado vestiam guayaberas brancas, oferecidas pelo anfitrião, especialmente para a ocasião. Só Hugo Chávez não seguiu o figurino: optou por uma camisa verde exército com uma camiseta vermelha por baixo, modelito típico de revolucionários.
Dos 33 presidentes convidados, pelo menos 25 participam do encontro. Os presidentes foram recebidos pelo colega mexicano Rafael Caldera. Cristina Kirchner e Michele Bachelet usavam, respectivamente, um vestido florido e um tailleur azul. O último a chegar foi o cubano, Raul Castro.
O périplo de cinco dias de Lula começou domingo, no México. Depois, inclui visitas a Cuba, Haiti e El Salvador
Ronaldo Schmidt/AFP
Agência Estado - 22/2/2010 - 21h15
Maio de 2008
Trecho do discurso de Lula perante a criação da Unasul - União das Nações Sul-americanas
(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.
Destaque:
-A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"
-"criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA"
Alguém ainda tem dúvidas de que eles pretendem implantar FISICAMENTE uma NAÇÃO BOLIVARIANA?
Reveja o discurso:
.
Mais um passo para a implantação da NAÇÃO BOLIVARIANA.
Em Cancún, presidentes de branco e um ideal.
Lula e Calderón vestem guayaberas brancas. Do contra, Chávez usa modelito típico de revolucionário.
Na abertura da reunião da Cúpula da América Latina e Caribe (CALC), o presidente mexicano, Felipe Calderón, evocou o líder revolucionário Simon Bolívar para defender a unidade dos países da América Latina. Convidou os países a "construírem um espaço comum com os países da América Latina e Caribe".
"No México estamos convencidos de que o ideal de Bolívar, de uma América unida, continua e está mais vivo que nunca. Esse foi o sonho de Bolívar, de uma só nação americana, unida em valores de democracia, justiça e igualdade."
Ao propor a criação de uma nova organização de integração da região, Calderón pediu uma entidade que "reafirme a unidade e identidade da região, abrindo novas vias para as aspirações a integração e desenvolvimento". Calderón disse que a nova entidade será ainda mais forte do que o grupo do Rio e a Cúpula da América Latina, porque será uma união de toda a região.
O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que na reunião de Cancún, o processo iniciado na Bahia, no ano passado, será aprofundado. Lembrou que o Grupo do Rio, "que estava agonizando", foi revigorado durante a crise entre Equador e Colômbia. Ganhou novo alento, quando houve a reunião no Sauipe, na Bahia.
"A ideia é a de que os dois grupos possam convergir no espaço de um ano, dois anos para que possamos ter efetivamente uma comunidade latino-americana e caribenha".
Na chegada para o encontro na manhã de ontem, todos os chefes de Estado vestiam guayaberas brancas, oferecidas pelo anfitrião, especialmente para a ocasião. Só Hugo Chávez não seguiu o figurino: optou por uma camisa verde exército com uma camiseta vermelha por baixo, modelito típico de revolucionários.
Dos 33 presidentes convidados, pelo menos 25 participam do encontro. Os presidentes foram recebidos pelo colega mexicano Rafael Caldera. Cristina Kirchner e Michele Bachelet usavam, respectivamente, um vestido florido e um tailleur azul. O último a chegar foi o cubano, Raul Castro.
O périplo de cinco dias de Lula começou domingo, no México. Depois, inclui visitas a Cuba, Haiti e El Salvador
Ronaldo Schmidt/AFP
Agência Estado - 22/2/2010 - 21h15
Maio de 2008
Trecho do discurso de Lula perante a criação da Unasul - União das Nações Sul-americanas
(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.
Destaque:
-A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"
-"criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA"
Alguém ainda tem dúvidas de que eles pretendem implantar FISICAMENTE uma NAÇÃO BOLIVARIANA?
Reveja o discurso:
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País curioso, de poderes confusos.
ESTE BRASIL É CURIOSO
Desde a promulgação da Constituição de 1988, argumenta-se que o Estado brasileiro tornou-se, definitivamente, um Estado Democrático de Direito, com a eliminação de diferenças e de discriminações e com a implementação de uma sociedade solidária, estando a lei assegurada pela independência e autonomia dos Três Poderes.
Apesar de tais desideratos estarem plasmados no texto constitucional, a realidade não tem correspondido à intenção dos constituintes. De início, não conseguem, o governo federal e os governos estaduais, fazer com que determinados movimentos respeitem a Carta Magna. MST, Vila Campesina e outros vivem, exclusivamente, da violação da Constituição e da lei, com o beneplácito e a colaboração, principalmente do governo
federal, por meio de financiamentos e desapropriações, parte delas barrada nos Tribunais.
A destruição da Câmara dos Deputados, de pesquisas científicas, de terras, de lavouras, por tais movimentos repudiados pela população e que se negam a fazer o teste das urnas, tem sido uma constante e clara demonstração de que determinadas autoridades são coniventes com tais maculações da lei maior.
Por outro lado, magistrados de Tribunais Regionais, inclusive da Suprema Corte, criticam o excesso de prisões preventivas – muitas vezes arbitrárias – de pessoas, sem haver processos ou autos lavrados, quase sempre lastreadas em trechos pinçados de gravações telefônicas.
A imprensa publicou manifesto de eminentes desembargadores, que ficaram estupefatos quando souberam da existência de 409.000 escutas telefônicas autorizadas no Brasil, em 2007, tendo, inclusive, o ministro Sepúlveda Pertence, em depoimento na Câmara dos Deputados , tecido duras críticas a tais abusivas ações. Nem Orwell imaginaria, em seu dramático 1984, uma tal violação de privacidade.
Uma interpretação equivocada – a nosso ver – da Constituição, são os artigos 231 CF e 68 da ACDT, que ofertam direitos aos índios e aos quilombolas sobre terras que,no momento da promulgação da lei suprema, ocupariam e não que ocuparam no passado. Isso gera problemas. Pela interpretação oficial, o presente do indicativo do texto maior passou a ser o pretérito perfeito e onde se lê "ocupam" passou-se a ler "ocuparam".
Com isso, para aproximadamente 700 mil índios, nascidos no Brasil ou nos países vizinhos, estão sendo entregues 13% de território nacional. Aos declarados quilombolas – e são poucos aqueles que descendem efetivamente dos quilombos coloniais e vivem naquelas terras históricas – houve tal extensão conceitual do termo que a maior parte dos afro-descendentes passou a ser considerada quilombola.
Por outro lado, à luz de uma exegese controversa do que seja o neoconstitucionalismo, ou seja, dar praticidade aos princípios constitucionais – tese de rigor que deu origem ao constitucionalismo americano e francês, não sendo, portanto, novo, mas apenas mais uma tentativa de adaptar-se o "construtivismo" americano à realidade social –, o Poder Judiciário tem-se outorgado o direito de se transformar em legislador positivo, não poucas vezes, sobrepondo-se ao Poder Legislativo no suprir o que entende ser omissão daquele poder.
Por seu lado, o Poder Executivo continua utilizando-se das medidas provisórias, que só foram colocadas no texto constitucional – pois a Constituição de 1988 deveria ser para uma República Parlamentar do Governo – tornando-se, de rigor, no verdadeiro legislador.
Temos, portanto, um Brasil curioso. O Poder Executivo assumiu funções legislativas, por meio das medidas provisórias. O Poder Legislativo, diminuído em suas funções, por meio das CPIs transformou-se em Poder Judiciário. E o Poder Judiciário, de legislador negativo – ou seja, de não dar sequência às normas constitucionais –, assume, mais e mais, à luz de estranha concepção do neoconstitucionalismo, a função de legislador positivo.
É, neste País de contradições e de preconceitos às avessas, que os privilégios das cotas universitárias e para pessoas de opções sexuais diversas estão a refletir discriminações contra a grande maioria dos demais cidadãos comuns. Dessa forma, a juventude busca alternativas para o futuro, não encontrando, entretanto, nos seus líderes atuais, um modelo paradigmático a ser seguido.
Nossa esperança reside na educação e no trabalho daqueles que ainda acreditam no ensino e estão dispostos a tentar influenciar as futuras gerações com ideias não contaminadas, sem preconceitos, sabendo que solidariedade não se faz com o semear do joio, nem se
cria uma grande nação com ódio e preconceitos, favorecendo grupos contrários ao Estado de Direito, ou beneficiando aqueles que se enquistam no poder, não para servir à sociedade, mas para dela se servir. Infelizmente, gerar conflitos sociais encontra-se na base do PNDH-3.
Ives Gandra da Silva Martins
.
País curioso, de poderes confusos.
ESTE BRASIL É CURIOSO
Desde a promulgação da Constituição de 1988, argumenta-se que o Estado brasileiro tornou-se, definitivamente, um Estado Democrático de Direito, com a eliminação de diferenças e de discriminações e com a implementação de uma sociedade solidária, estando a lei assegurada pela independência e autonomia dos Três Poderes.
Apesar de tais desideratos estarem plasmados no texto constitucional, a realidade não tem correspondido à intenção dos constituintes. De início, não conseguem, o governo federal e os governos estaduais, fazer com que determinados movimentos respeitem a Carta Magna. MST, Vila Campesina e outros vivem, exclusivamente, da violação da Constituição e da lei, com o beneplácito e a colaboração, principalmente do governo
federal, por meio de financiamentos e desapropriações, parte delas barrada nos Tribunais.
A destruição da Câmara dos Deputados, de pesquisas científicas, de terras, de lavouras, por tais movimentos repudiados pela população e que se negam a fazer o teste das urnas, tem sido uma constante e clara demonstração de que determinadas autoridades são coniventes com tais maculações da lei maior.
Por outro lado, magistrados de Tribunais Regionais, inclusive da Suprema Corte, criticam o excesso de prisões preventivas – muitas vezes arbitrárias – de pessoas, sem haver processos ou autos lavrados, quase sempre lastreadas em trechos pinçados de gravações telefônicas.
A imprensa publicou manifesto de eminentes desembargadores, que ficaram estupefatos quando souberam da existência de 409.000 escutas telefônicas autorizadas no Brasil, em 2007, tendo, inclusive, o ministro Sepúlveda Pertence, em depoimento na Câmara dos Deputados , tecido duras críticas a tais abusivas ações. Nem Orwell imaginaria, em seu dramático 1984, uma tal violação de privacidade.
Uma interpretação equivocada – a nosso ver – da Constituição, são os artigos 231 CF e 68 da ACDT, que ofertam direitos aos índios e aos quilombolas sobre terras que,no momento da promulgação da lei suprema, ocupariam e não que ocuparam no passado. Isso gera problemas. Pela interpretação oficial, o presente do indicativo do texto maior passou a ser o pretérito perfeito e onde se lê "ocupam" passou-se a ler "ocuparam".
Com isso, para aproximadamente 700 mil índios, nascidos no Brasil ou nos países vizinhos, estão sendo entregues 13% de território nacional. Aos declarados quilombolas – e são poucos aqueles que descendem efetivamente dos quilombos coloniais e vivem naquelas terras históricas – houve tal extensão conceitual do termo que a maior parte dos afro-descendentes passou a ser considerada quilombola.
Por outro lado, à luz de uma exegese controversa do que seja o neoconstitucionalismo, ou seja, dar praticidade aos princípios constitucionais – tese de rigor que deu origem ao constitucionalismo americano e francês, não sendo, portanto, novo, mas apenas mais uma tentativa de adaptar-se o "construtivismo" americano à realidade social –, o Poder Judiciário tem-se outorgado o direito de se transformar em legislador positivo, não poucas vezes, sobrepondo-se ao Poder Legislativo no suprir o que entende ser omissão daquele poder.
Por seu lado, o Poder Executivo continua utilizando-se das medidas provisórias, que só foram colocadas no texto constitucional – pois a Constituição de 1988 deveria ser para uma República Parlamentar do Governo – tornando-se, de rigor, no verdadeiro legislador.
Temos, portanto, um Brasil curioso. O Poder Executivo assumiu funções legislativas, por meio das medidas provisórias. O Poder Legislativo, diminuído em suas funções, por meio das CPIs transformou-se em Poder Judiciário. E o Poder Judiciário, de legislador negativo – ou seja, de não dar sequência às normas constitucionais –, assume, mais e mais, à luz de estranha concepção do neoconstitucionalismo, a função de legislador positivo.
É, neste País de contradições e de preconceitos às avessas, que os privilégios das cotas universitárias e para pessoas de opções sexuais diversas estão a refletir discriminações contra a grande maioria dos demais cidadãos comuns. Dessa forma, a juventude busca alternativas para o futuro, não encontrando, entretanto, nos seus líderes atuais, um modelo paradigmático a ser seguido.
Nossa esperança reside na educação e no trabalho daqueles que ainda acreditam no ensino e estão dispostos a tentar influenciar as futuras gerações com ideias não contaminadas, sem preconceitos, sabendo que solidariedade não se faz com o semear do joio, nem se
cria uma grande nação com ódio e preconceitos, favorecendo grupos contrários ao Estado de Direito, ou beneficiando aqueles que se enquistam no poder, não para servir à sociedade, mas para dela se servir. Infelizmente, gerar conflitos sociais encontra-se na base do PNDH-3.
Ives Gandra da Silva Martins
.
País curioso, de poderes confusos.
ESTE BRASIL É CURIOSO
Desde a promulgação da Constituição de 1988, argumenta-se que o Estado brasileiro tornou-se, definitivamente, um Estado Democrático de Direito, com a eliminação de diferenças e de discriminações e com a implementação de uma sociedade solidária, estando a lei assegurada pela independência e autonomia dos Três Poderes.
Apesar de tais desideratos estarem plasmados no texto constitucional, a realidade não tem correspondido à intenção dos constituintes. De início, não conseguem, o governo federal e os governos estaduais, fazer com que determinados movimentos respeitem a Carta Magna. MST, Vila Campesina e outros vivem, exclusivamente, da violação da Constituição e da lei, com o beneplácito e a colaboração, principalmente do governo
federal, por meio de financiamentos e desapropriações, parte delas barrada nos Tribunais.
A destruição da Câmara dos Deputados, de pesquisas científicas, de terras, de lavouras, por tais movimentos repudiados pela população e que se negam a fazer o teste das urnas, tem sido uma constante e clara demonstração de que determinadas autoridades são coniventes com tais maculações da lei maior.
Por outro lado, magistrados de Tribunais Regionais, inclusive da Suprema Corte, criticam o excesso de prisões preventivas – muitas vezes arbitrárias – de pessoas, sem haver processos ou autos lavrados, quase sempre lastreadas em trechos pinçados de gravações telefônicas.
A imprensa publicou manifesto de eminentes desembargadores, que ficaram estupefatos quando souberam da existência de 409.000 escutas telefônicas autorizadas no Brasil, em 2007, tendo, inclusive, o ministro Sepúlveda Pertence, em depoimento na Câmara dos Deputados , tecido duras críticas a tais abusivas ações. Nem Orwell imaginaria, em seu dramático 1984, uma tal violação de privacidade.
Uma interpretação equivocada – a nosso ver – da Constituição, são os artigos 231 CF e 68 da ACDT, que ofertam direitos aos índios e aos quilombolas sobre terras que,no momento da promulgação da lei suprema, ocupariam e não que ocuparam no passado. Isso gera problemas. Pela interpretação oficial, o presente do indicativo do texto maior passou a ser o pretérito perfeito e onde se lê "ocupam" passou-se a ler "ocuparam".
Com isso, para aproximadamente 700 mil índios, nascidos no Brasil ou nos países vizinhos, estão sendo entregues 13% de território nacional. Aos declarados quilombolas – e são poucos aqueles que descendem efetivamente dos quilombos coloniais e vivem naquelas terras históricas – houve tal extensão conceitual do termo que a maior parte dos afro-descendentes passou a ser considerada quilombola.
Por outro lado, à luz de uma exegese controversa do que seja o neoconstitucionalismo, ou seja, dar praticidade aos princípios constitucionais – tese de rigor que deu origem ao constitucionalismo americano e francês, não sendo, portanto, novo, mas apenas mais uma tentativa de adaptar-se o "construtivismo" americano à realidade social –, o Poder Judiciário tem-se outorgado o direito de se transformar em legislador positivo, não poucas vezes, sobrepondo-se ao Poder Legislativo no suprir o que entende ser omissão daquele poder.
Por seu lado, o Poder Executivo continua utilizando-se das medidas provisórias, que só foram colocadas no texto constitucional – pois a Constituição de 1988 deveria ser para uma República Parlamentar do Governo – tornando-se, de rigor, no verdadeiro legislador.
Temos, portanto, um Brasil curioso. O Poder Executivo assumiu funções legislativas, por meio das medidas provisórias. O Poder Legislativo, diminuído em suas funções, por meio das CPIs transformou-se em Poder Judiciário. E o Poder Judiciário, de legislador negativo – ou seja, de não dar sequência às normas constitucionais –, assume, mais e mais, à luz de estranha concepção do neoconstitucionalismo, a função de legislador positivo.
É, neste País de contradições e de preconceitos às avessas, que os privilégios das cotas universitárias e para pessoas de opções sexuais diversas estão a refletir discriminações contra a grande maioria dos demais cidadãos comuns. Dessa forma, a juventude busca alternativas para o futuro, não encontrando, entretanto, nos seus líderes atuais, um modelo paradigmático a ser seguido.
Nossa esperança reside na educação e no trabalho daqueles que ainda acreditam no ensino e estão dispostos a tentar influenciar as futuras gerações com ideias não contaminadas, sem preconceitos, sabendo que solidariedade não se faz com o semear do joio, nem se
cria uma grande nação com ódio e preconceitos, favorecendo grupos contrários ao Estado de Direito, ou beneficiando aqueles que se enquistam no poder, não para servir à sociedade, mas para dela se servir. Infelizmente, gerar conflitos sociais encontra-se na base do PNDH-3.
Ives Gandra da Silva Martins
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Abra os olhos, você pode ser um Sr. Oliveira
Imagine-se um hipotético indivíduo que doravante chamaremos de Sr. Oliveira.
O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família. Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade. Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo. Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.
O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana, SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.
Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.
Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.
O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.
Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.
No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.
Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa para jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.
O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente. No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.
Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás. Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor). Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro). Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi.
Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.
Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!
-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.
-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.
-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.
-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.
-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.
-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.
-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.
-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.
-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.
-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.
-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver, transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu. São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.
-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.
-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.
-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.
Notícias Agrícolas
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O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família. Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade. Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo. Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.
O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana, SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.
Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.
Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.
O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.
Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.
No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.
Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa para jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.
O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente. No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.
Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás. Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor). Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro). Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi.
Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.
Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!
-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.
-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.
-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.
-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.
-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.
-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.
-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.
-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.
-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.
-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.
-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver, transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu. São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.
-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.
-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.
-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.
Notícias Agrícolas
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Abra os olhos, você pode ser um Sr. Oliveira
Imagine-se um hipotético indivíduo que doravante chamaremos de Sr. Oliveira.
O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família. Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade. Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo. Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.
O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana, SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.
Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.
Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.
O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.
Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.
No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.
Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa para jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.
O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente. No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.
Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás. Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor). Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro). Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi.
Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.
Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!
-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.
-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.
-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.
-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.
-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.
-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.
-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.
-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.
-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.
-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.
-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver, transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu. São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.
-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.
-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.
-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.
Notícias Agrícolas
.
O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família. Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade. Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo. Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.
O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana, SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.
Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.
Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.
O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.
Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.
No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.
Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa para jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.
O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente. No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.
Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás. Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor). Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro). Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi.
Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.
Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!
-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.
-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.
-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.
-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.
-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.
-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.
-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.
-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.
-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.
-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.
-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver, transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu. São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.
-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.
-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.
-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.
Notícias Agrícolas
.
Abra os olhos, você pode ser um Sr. Oliveira
Imagine-se um hipotético indivíduo que doravante chamaremos de Sr. Oliveira.
O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família. Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade. Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo. Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.
O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana, SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.
Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.
Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.
O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.
Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.
No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.
Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa para jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.
O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente. No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.
Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás. Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor). Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro). Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi.
Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.
Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!
-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.
-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.
-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.
-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.
-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.
-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.
-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.
-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.
-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.
-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.
-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver, transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu. São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.
-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.
-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.
-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.
Notícias Agrícolas
.
O Sr. Oliveira é um homem comum. É um pai de família. Habita uma região metropolitana que poderia ser São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Recife ou alguma outra grande cidade. Tem um emprego em uma instituição financeira, ou em uma revendedora de peças por exemplo. Pertence àquela classe média ligeira, que além de trabalhar 4 meses por ano de graça para o governo esforça-se para pagar as contas de aluguel, escola, natação e inglês dos filhos, plano de saúde, o guarda da rua e outros pormenores no fim do mês.
O Sr. Oliveira levanta-se de manhã e veste-se com roupas de algodão, algodão esse crescido nos campos de Chapadão do Sul, MS e processado em Blumenau, SC. Talvez esteja um pouco frio, e ele use um pulôver de lã de carneiros criados em Pelotas, RS e fabricado em Americana, SP. Calça seus sapatos de couro vindo de bois do Mato Grosso, e fabricados em Novo Hamburgo, RS.
Ele toma café da manhã, com ovos vindos de Bastos, SP, leite de uma cooperativa do Rio de Janeiro, broa de milho colhido em Londrina, PR, um mamão vindo do Espírito Santo, suco de laranja de Araraquara, SP e um cafezinho vindo direto de São Lourenço, MG.
Ele lê um jornal, impresso em papel feito de eucalipto crescido em Três Lagoas, MS.
O Sr. Oliveira entra em seu carro, abastecido com álcool de cana de açúcar produzida em Piracicaba, SP, com pneus de borracha saída dos seringais de São José do Rio Preto, SP.
Enquanto ele vai ao trabalho, a Sra. Oliveira vai às compras nos supermercados do bairro, sempre pesquisando os melhores preços das frutas, das verduras e da carne para não apertar o orçamento familiar.
No almoço, o Sr. Oliveira come um filé de frango criado no Paraná, alimentado com soja de Goiás e milho do Mato Grosso, com molho de tomate de Goiás. Tem arroz do Rio Grande do Sul, feijão dos pivôs do oeste baiano. Tem salada das hortas de Mogi das Cruzes, SP. Suco de uvas do Vale do São Francisco e de sobremesa goiabada feita com goiabas de Valinhos, SP e açúcar de Ribeirão Preto, SP, e queijo de Uberlândia, MG. Outro cafezinho dessa vez da Bahia.
Hoje a noite é de comemoração. Sua empresa fez um corte de pessoal mas felizmente o Sr. Oliveira manteve o emprego. Ele leva a esposa para jantar fora. Vinho do Vale dos Vinhedos gaúcho. Presuntos e frios de porco criado em Santa Catarina, alimentado com soja paranaense, filet mignon de bois criados no Sul do Pará. Chocolate produzido com cacau do sul da Bahia. E outro café de Minas, adoçado com açúcar pernambucano.
O Sr. Oliveira é um homem razoavelmente informado e inteligente. No dia seguinte ele lerá os jornais novamente.
Pelos jornais ele ficará sabendo que há conflitos em terras indígenas recentemente demarcadas e fazendeiros cujas famílias foram incentivadas a ocupar aquelas terras há décadas atrás. Pelos jornais ele ficará sabendo que a pecuária é a maior poluidora do país (embora ele mesmo tenha o sonho de um dia abandonar a cidade poluída e viver no campo por uma qualidade de vida melhor). Pelos jornais ele tem notícias de invasões de terras, de conflitos agrários, de saques e estradas bloqueadas (o Sr. Oliveira é a favor da reforma agrária, embora repudie a violência). Pelos jornais ele toma conhecimento de ações do Ministério Público contra empresas do agronegócio (ele não entende que mal há em empresas que ganham dinheiro). Pelos jornais ele acha que a Amazônia está sendo desmatada por plantadores de soja e criadores de boi.
Mas o Sr. Oliveira pensa que isso não tem nada a ver com ele.
Pois eu gostaria de agarrá-lo pela orelha, e gritar bem alto, de megafone talvez, não um, nem dez, mas mil megafones que TUDO ISSO É PROBLEMA DELE SIM!
-Gostaria de lhe dizer que a agropecuária está presente em todos os dias da vida dele.
-Gostaria de lhe dizer que o agronegócio gera um terço do PIB e dos empregos do país. Gostaria de lhe dizer que quem diz que a pecuária polui mente descaradamente.
-Gostaria de lhe dizer que o maior desmatador da Amazônia é o INCRA, que com o dinheiro dos impostos dele sustenta assentamentos que não produzem absolutamente nada, condenando uma multidão de miseráveis manipulados por canalhas balizados por uma ideologia assassina à eterna assistência do Estado.
-Gostaria de lhe dizer que estes mesmos canalhas estão tentando, sob a palatável desculpa dos direitos humanos, acabar com o direito de propriedade, arruinando qualquer futuro para o agronegócio brasileiro.
-Gostaria de lhe dizer, que os mesmos canalhas querem fechar índios que há 5 séculos estão em contato com brancos em gigantescos zoológicos onde eles estarão condenados à miséria e ao suicídio.
-Gostaria de lhe dizer que índios são 0,5% da população brasileira e não obstante são donos de 13% do país.
-Gostaria de lhe dizer que querem transformar 2/3 do país em reservas e parque que estão sendo demarcados sobre importantes reservas minerais e aqüíferos subterrâneos essenciais para o futuro do país.
-Gostaria de lhe dizer que a agricultura ocupa apenas 7,5% da superfície do país, e que mesmo assim somos os maiores exportadores do mundo de carne, soja, café, açúcar, suco de laranja e inúmeros outros produtos.
-Gostaria de lhe dizer que podemos dobrar ou triplicar a produção pecuária do país sem derrubar uma árvore sequer.
-Gostaria de lhe dizer que produtores rurais não são a espécie arrogante e retrógrada que os canalhas dizem que são.
-São gente que está vivendo em lugares onde você não se animaria a viver, transitando por estradas intransitáveis e mortais, acordando nas madrugadas para ver nascer um animal, rezando para chover na hora de plantar e para parar de chover na hora de colher, com um contato e um conhecimento da natureza muito maior do que o seu. São gente cujos antepassados foram enviados às fronteiras desse país para garantir que esse território fosse nosso, foi gente incentivada a abrir a mata, abrir estradas, plantar e colher, às vezes por causa do governo, às vezes apesar dele.
-Gostaria enfim de gritar a plenos pulmões, que qualquer problema que afete um produtor rural, uma empresa rural, uma agroindústria É UM PROBLEMA DELE, DO PAÍS E DO MUNDO.
-Sim, porque no mesmo jornal que o Sr. Oliveira leu, há uma nota de rodapé que diz que há 1 bilhão de pessoas no mundo passando fome.
-E grito finalmente para o Sr. Oliveira e tantos outros iguais a ele: ABRA OS OLHOS! e desconfie daqueles que querem transformar o agronegócio em uma atividade criminosa.
Notícias Agrícolas
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Valores invertidos: o ócio remunerado
Não posso deixar passar sem um comentário a bela crônica do João Pereira Coutinho, publicada na Folha de S. Paulo sob o título Vender a alma. No texto, o autor relata a iniquidade que se instalou em Portugal, qual seja, a institucionalização do ócio remunerado, que praticamente condena multidões a nada fazer, como se isso fosse algo de bom. Em troca, os déficits da Previdência Social crescem de forma explosiva e o desemprego não dá sinais de que possa regredir.
Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda a Europa é possível que alguém nasça e morra sem nunca precisar trabalhar , permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o "direito humano" à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniquidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.
No Brasil vivemos já o império das bolsas com variadas denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente
as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. E assim como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.
O que mais interessa ao observador é o que se dará na esfera política. Aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão perto de constituir uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Isso terá de ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?
Veja-se o caso dramático da Grécia, manchete dos últimos dias. Aquele país passa por uma grave crise financeira e precisará cortar benefícios sociais, empregos públicos, e gastos de um modo geral, uma vez que a válvula da inflação e da desvalorização cambial, conforme o acordo para integrar a União Europeia, não pode ser usada.
Portugal é a bola da vez em termos de volume proporcional de déficit. Como isso será feito no regime democrático?
Eu não tenho a mínima idéia.
Mas é certo que essas sociedades passarão por um processo de empobrecimento rápido.
O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram, escorados nessa mentira.
O tempo do ajuste chegou.
Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e de Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados é que determinará o realinhamento das forças políticas.
É provável que pactos políticos, feitos a partir de algum tipo de lei de responsabilidade fiscal, venham a ser exigidos para que partidos políticos possam ser constituídos – uma espécie de cláusula pétrea sobre a qual ninguém poderá questionar. Mas antes que isso ocorra, veremos o sofrimento dessas gerações de ociosos remunerados, moradores de beira de praia, praticantes de turismo para preencher o seu vazio existencial. Como fazer alguém assim trabalhar, após décadas de ócio? É uma questão em aberto.
E essa gente que chegou aos cinquenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo
e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.
Nivaldo Cordeiro
.
Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda a Europa é possível que alguém nasça e morra sem nunca precisar trabalhar , permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o "direito humano" à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniquidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.
No Brasil vivemos já o império das bolsas com variadas denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente
as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. E assim como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.
O que mais interessa ao observador é o que se dará na esfera política. Aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão perto de constituir uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Isso terá de ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?
Veja-se o caso dramático da Grécia, manchete dos últimos dias. Aquele país passa por uma grave crise financeira e precisará cortar benefícios sociais, empregos públicos, e gastos de um modo geral, uma vez que a válvula da inflação e da desvalorização cambial, conforme o acordo para integrar a União Europeia, não pode ser usada.
Portugal é a bola da vez em termos de volume proporcional de déficit. Como isso será feito no regime democrático?
Eu não tenho a mínima idéia.
Mas é certo que essas sociedades passarão por um processo de empobrecimento rápido.
O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram, escorados nessa mentira.
O tempo do ajuste chegou.
Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e de Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados é que determinará o realinhamento das forças políticas.
É provável que pactos políticos, feitos a partir de algum tipo de lei de responsabilidade fiscal, venham a ser exigidos para que partidos políticos possam ser constituídos – uma espécie de cláusula pétrea sobre a qual ninguém poderá questionar. Mas antes que isso ocorra, veremos o sofrimento dessas gerações de ociosos remunerados, moradores de beira de praia, praticantes de turismo para preencher o seu vazio existencial. Como fazer alguém assim trabalhar, após décadas de ócio? É uma questão em aberto.
E essa gente que chegou aos cinquenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo
e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.
Nivaldo Cordeiro
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Valores invertidos: o ócio remunerado
Não posso deixar passar sem um comentário a bela crônica do João Pereira Coutinho, publicada na Folha de S. Paulo sob o título Vender a alma. No texto, o autor relata a iniquidade que se instalou em Portugal, qual seja, a institucionalização do ócio remunerado, que praticamente condena multidões a nada fazer, como se isso fosse algo de bom. Em troca, os déficits da Previdência Social crescem de forma explosiva e o desemprego não dá sinais de que possa regredir.
Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda a Europa é possível que alguém nasça e morra sem nunca precisar trabalhar , permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o "direito humano" à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniquidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.
No Brasil vivemos já o império das bolsas com variadas denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente
as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. E assim como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.
O que mais interessa ao observador é o que se dará na esfera política. Aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão perto de constituir uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Isso terá de ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?
Veja-se o caso dramático da Grécia, manchete dos últimos dias. Aquele país passa por uma grave crise financeira e precisará cortar benefícios sociais, empregos públicos, e gastos de um modo geral, uma vez que a válvula da inflação e da desvalorização cambial, conforme o acordo para integrar a União Europeia, não pode ser usada.
Portugal é a bola da vez em termos de volume proporcional de déficit. Como isso será feito no regime democrático?
Eu não tenho a mínima idéia.
Mas é certo que essas sociedades passarão por um processo de empobrecimento rápido.
O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram, escorados nessa mentira.
O tempo do ajuste chegou.
Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e de Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados é que determinará o realinhamento das forças políticas.
É provável que pactos políticos, feitos a partir de algum tipo de lei de responsabilidade fiscal, venham a ser exigidos para que partidos políticos possam ser constituídos – uma espécie de cláusula pétrea sobre a qual ninguém poderá questionar. Mas antes que isso ocorra, veremos o sofrimento dessas gerações de ociosos remunerados, moradores de beira de praia, praticantes de turismo para preencher o seu vazio existencial. Como fazer alguém assim trabalhar, após décadas de ócio? É uma questão em aberto.
E essa gente que chegou aos cinquenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo
e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.
Nivaldo Cordeiro
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Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda a Europa é possível que alguém nasça e morra sem nunca precisar trabalhar , permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o "direito humano" à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniquidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.
No Brasil vivemos já o império das bolsas com variadas denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente
as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. E assim como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.
O que mais interessa ao observador é o que se dará na esfera política. Aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão perto de constituir uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Isso terá de ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?
Veja-se o caso dramático da Grécia, manchete dos últimos dias. Aquele país passa por uma grave crise financeira e precisará cortar benefícios sociais, empregos públicos, e gastos de um modo geral, uma vez que a válvula da inflação e da desvalorização cambial, conforme o acordo para integrar a União Europeia, não pode ser usada.
Portugal é a bola da vez em termos de volume proporcional de déficit. Como isso será feito no regime democrático?
Eu não tenho a mínima idéia.
Mas é certo que essas sociedades passarão por um processo de empobrecimento rápido.
O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram, escorados nessa mentira.
O tempo do ajuste chegou.
Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e de Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados é que determinará o realinhamento das forças políticas.
É provável que pactos políticos, feitos a partir de algum tipo de lei de responsabilidade fiscal, venham a ser exigidos para que partidos políticos possam ser constituídos – uma espécie de cláusula pétrea sobre a qual ninguém poderá questionar. Mas antes que isso ocorra, veremos o sofrimento dessas gerações de ociosos remunerados, moradores de beira de praia, praticantes de turismo para preencher o seu vazio existencial. Como fazer alguém assim trabalhar, após décadas de ócio? É uma questão em aberto.
E essa gente que chegou aos cinquenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo
e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.
Nivaldo Cordeiro
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Valores invertidos: o ócio remunerado
Não posso deixar passar sem um comentário a bela crônica do João Pereira Coutinho, publicada na Folha de S. Paulo sob o título Vender a alma. No texto, o autor relata a iniquidade que se instalou em Portugal, qual seja, a institucionalização do ócio remunerado, que praticamente condena multidões a nada fazer, como se isso fosse algo de bom. Em troca, os déficits da Previdência Social crescem de forma explosiva e o desemprego não dá sinais de que possa regredir.
Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda a Europa é possível que alguém nasça e morra sem nunca precisar trabalhar , permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o "direito humano" à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniquidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.
No Brasil vivemos já o império das bolsas com variadas denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente
as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. E assim como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.
O que mais interessa ao observador é o que se dará na esfera política. Aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão perto de constituir uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Isso terá de ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?
Veja-se o caso dramático da Grécia, manchete dos últimos dias. Aquele país passa por uma grave crise financeira e precisará cortar benefícios sociais, empregos públicos, e gastos de um modo geral, uma vez que a válvula da inflação e da desvalorização cambial, conforme o acordo para integrar a União Europeia, não pode ser usada.
Portugal é a bola da vez em termos de volume proporcional de déficit. Como isso será feito no regime democrático?
Eu não tenho a mínima idéia.
Mas é certo que essas sociedades passarão por um processo de empobrecimento rápido.
O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram, escorados nessa mentira.
O tempo do ajuste chegou.
Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e de Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados é que determinará o realinhamento das forças políticas.
É provável que pactos políticos, feitos a partir de algum tipo de lei de responsabilidade fiscal, venham a ser exigidos para que partidos políticos possam ser constituídos – uma espécie de cláusula pétrea sobre a qual ninguém poderá questionar. Mas antes que isso ocorra, veremos o sofrimento dessas gerações de ociosos remunerados, moradores de beira de praia, praticantes de turismo para preencher o seu vazio existencial. Como fazer alguém assim trabalhar, após décadas de ócio? É uma questão em aberto.
E essa gente que chegou aos cinquenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo
e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.
Nivaldo Cordeiro
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Essa situação não é incomum, muito ao contrário. Em toda a Europa é possível que alguém nasça e morra sem nunca precisar trabalhar , permanentemente dependente da mesada estatal. Foi instituído o "direito humano" à vagabundagem. Obviamente que a trajetória dos déficits públicos, somados ao impacto da grave crise mundial, aponta para um fim dramático dessa iniquidade, que é contra a natureza e o senso de justiça.
No Brasil vivemos já o império das bolsas com variadas denominações, e as aposentadorias descasadas das contribuições, especialmente
as do setor público, prática já antiga de remuneração do ócio. Aqui, por vezes com valores estupendos, os famigerados marajás, que caçoam risonhamente dos pagadores de impostos. A eles se juntaram os recebedores da bolsa-ditadura. E assim como na Europa, a situação das finanças públicas agrava-se dia a dia, por força dessa situação anormal.
O que mais interessa ao observador é o que se dará na esfera política. Aposentados, portadores de bolsas e desempregados remunerados estão perto de constituir uma grande maioria. Que governante poderá ser eleito prometendo corrigir as finanças públicas pela raiz, ou seja, cortando o ócio remunerado das multidões viciadas em não trabalhar? Isso terá de ser feito, mas como combinar a correta medida administrativa com a manutenção das instituições democráticas?
Veja-se o caso dramático da Grécia, manchete dos últimos dias. Aquele país passa por uma grave crise financeira e precisará cortar benefícios sociais, empregos públicos, e gastos de um modo geral, uma vez que a válvula da inflação e da desvalorização cambial, conforme o acordo para integrar a União Europeia, não pode ser usada.
Portugal é a bola da vez em termos de volume proporcional de déficit. Como isso será feito no regime democrático?
Eu não tenho a mínima idéia.
Mas é certo que essas sociedades passarão por um processo de empobrecimento rápido.
O fracasso dessas experiências é o fracasso da social-democracia, ou seja, da promessa igualitarista, incompatível com a prosperidade econômica. Estamos chegando a um tempo em que a realidade econômica se imporá de forma inexorável sobre a alucinação política que assumiu a hipótese de que seria possível suprimir a lei da escassez e que parcela crescente da população poderia viver sem trabalhar. Políticos social-democratas e socialistas em geral chegaram ao poder e lá se mantiveram, escorados nessa mentira.
O tempo do ajuste chegou.
Na melhor das hipóteses aparecerão políticos da estirpe de Margareth Thatcher e de Ronald Reagan, que “peitarão” os sindicalistas e os políticos populistas e organizarão as finanças públicas. Na pior, teremos a multiplicação dos regimes de força. O certo é que o tempo das meias medidas acabou e a tolerância com os crescentes déficits públicos (bem como o endividamento do Estado) está chegando ao fim. Em última análise, a quebra técnica dos Estados é que determinará o realinhamento das forças políticas.
É provável que pactos políticos, feitos a partir de algum tipo de lei de responsabilidade fiscal, venham a ser exigidos para que partidos políticos possam ser constituídos – uma espécie de cláusula pétrea sobre a qual ninguém poderá questionar. Mas antes que isso ocorra, veremos o sofrimento dessas gerações de ociosos remunerados, moradores de beira de praia, praticantes de turismo para preencher o seu vazio existencial. Como fazer alguém assim trabalhar, após décadas de ócio? É uma questão em aberto.
E essa gente que chegou aos cinquenta anos sem constituir família, que fez do subsídio estatal seu único arrimo, como sobreviverá ao duro ajuste? Essa gente sem filhos e sem futuro? A disciplina do trabalho se adquire por longos anos de treinamento. Teremos um fenômeno novo
e interessante, da reinserção dessas multidões ociosas na rotina humana, que vem desde que a civilização apontou no horizonte. “Homem, comerás o pão com o suor do teu rosto”.
Nivaldo Cordeiro
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TJ libera acusados de depredar fazenda da Cutrale
Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo mandou libertar no início da noite de hoje os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) presos desde 26 de janeiro, acusados de liderar a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, em outubro do ano passado. O desembargador Luiz Pantaleão, que deu a ordem de soltura, acatou o argumento de advogados do MST de que não persistiam os fundamentos para que os acusados fossem mantidos presos.Entre os beneficiados estão o coordenador do MST na região, Miguel da Luz Serpa, e sua mulher, a vereadora Rosemeire de Almeida Serpa, do PT de Iaras (SP). O habeas corpus beneficia outros 13 militantes que tiveram as prisões decretadas, mas estavam foragidos. O desembargador Pantaleão já havia mandado soltar, segunda feira, o ex-prefeito de Iaras, o petista Edilson Granjeiro Xavier, de 63 anos, acusado de participar da invasão. Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
Agência Estado - 10/2/2010 - 21h49
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O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo mandou libertar no início da noite de hoje os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) presos desde 26 de janeiro, acusados de liderar a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, em outubro do ano passado. O desembargador Luiz Pantaleão, que deu a ordem de soltura, acatou o argumento de advogados do MST de que não persistiam os fundamentos para que os acusados fossem mantidos presos.Entre os beneficiados estão o coordenador do MST na região, Miguel da Luz Serpa, e sua mulher, a vereadora Rosemeire de Almeida Serpa, do PT de Iaras (SP). O habeas corpus beneficia outros 13 militantes que tiveram as prisões decretadas, mas estavam foragidos. O desembargador Pantaleão já havia mandado soltar, segunda feira, o ex-prefeito de Iaras, o petista Edilson Granjeiro Xavier, de 63 anos, acusado de participar da invasão. Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
Agência Estado - 10/2/2010 - 21h49
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TJ libera acusados de depredar fazenda da Cutrale
Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo mandou libertar no início da noite de hoje os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) presos desde 26 de janeiro, acusados de liderar a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, em outubro do ano passado. O desembargador Luiz Pantaleão, que deu a ordem de soltura, acatou o argumento de advogados do MST de que não persistiam os fundamentos para que os acusados fossem mantidos presos.Entre os beneficiados estão o coordenador do MST na região, Miguel da Luz Serpa, e sua mulher, a vereadora Rosemeire de Almeida Serpa, do PT de Iaras (SP). O habeas corpus beneficia outros 13 militantes que tiveram as prisões decretadas, mas estavam foragidos. O desembargador Pantaleão já havia mandado soltar, segunda feira, o ex-prefeito de Iaras, o petista Edilson Granjeiro Xavier, de 63 anos, acusado de participar da invasão. Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
Agência Estado - 10/2/2010 - 21h49
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O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo mandou libertar no início da noite de hoje os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) presos desde 26 de janeiro, acusados de liderar a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, em outubro do ano passado. O desembargador Luiz Pantaleão, que deu a ordem de soltura, acatou o argumento de advogados do MST de que não persistiam os fundamentos para que os acusados fossem mantidos presos.Entre os beneficiados estão o coordenador do MST na região, Miguel da Luz Serpa, e sua mulher, a vereadora Rosemeire de Almeida Serpa, do PT de Iaras (SP). O habeas corpus beneficia outros 13 militantes que tiveram as prisões decretadas, mas estavam foragidos. O desembargador Pantaleão já havia mandado soltar, segunda feira, o ex-prefeito de Iaras, o petista Edilson Granjeiro Xavier, de 63 anos, acusado de participar da invasão. Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
Agência Estado - 10/2/2010 - 21h49
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TJ libera acusados de depredar fazenda da Cutrale
Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo mandou libertar no início da noite de hoje os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) presos desde 26 de janeiro, acusados de liderar a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, em outubro do ano passado. O desembargador Luiz Pantaleão, que deu a ordem de soltura, acatou o argumento de advogados do MST de que não persistiam os fundamentos para que os acusados fossem mantidos presos.Entre os beneficiados estão o coordenador do MST na região, Miguel da Luz Serpa, e sua mulher, a vereadora Rosemeire de Almeida Serpa, do PT de Iaras (SP). O habeas corpus beneficia outros 13 militantes que tiveram as prisões decretadas, mas estavam foragidos. O desembargador Pantaleão já havia mandado soltar, segunda feira, o ex-prefeito de Iaras, o petista Edilson Granjeiro Xavier, de 63 anos, acusado de participar da invasão. Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
Agência Estado - 10/2/2010 - 21h49
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O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo mandou libertar no início da noite de hoje os seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) presos desde 26 de janeiro, acusados de liderar a depredação da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, em outubro do ano passado. O desembargador Luiz Pantaleão, que deu a ordem de soltura, acatou o argumento de advogados do MST de que não persistiam os fundamentos para que os acusados fossem mantidos presos.Entre os beneficiados estão o coordenador do MST na região, Miguel da Luz Serpa, e sua mulher, a vereadora Rosemeire de Almeida Serpa, do PT de Iaras (SP). O habeas corpus beneficia outros 13 militantes que tiveram as prisões decretadas, mas estavam foragidos. O desembargador Pantaleão já havia mandado soltar, segunda feira, o ex-prefeito de Iaras, o petista Edilson Granjeiro Xavier, de 63 anos, acusado de participar da invasão. Os acusados irão responder em liberdade a processos por crimes como danos e formação de quadrilha.
Agência Estado - 10/2/2010 - 21h49
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General que atacou PNDH é exonerado
A primeira diferença entre a Venezuela e o Brasil é que lá o Chavéz MANDA em frente as câmeras.
A segunda diferença entre a Venezuela e o Brasil é que lá uma parte do povo ainda reclama.
"A COMISSÃO DA “VERDADE”?
PNDH-3: Senado convoca Dilma
Oposição aproveita descuido da base aliada e intima ministra a dar explicações sobre o programa.
A segunda diferença entre a Venezuela e o Brasil é que lá uma parte do povo ainda reclama.
General Santa Rosa, em dia de glória. Em 2006 foi homenageado na Assembleia Legislativa de Alagoas.
O general Maynard Marques de Santa Rosa será exonerado do cargo de chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército, por ter feito críticas ao Plano Nacional de Direitos Humanos. Em nota que está circulando na internet, ele afirma, entre outros pontos, que a Comissão da Verdade, criada pelo governo para apurar os crimes cometidos no regime militar, seria comandada por "fanáticos" e acabaria se transformando em uma "comissão da calúnia".
Ao tomar conhecimento da carta divulgada na internet no dia 15 de janeiro, segundo o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim telefonou para o comandante do Exército, Enzo Peri, pedindo providências para o caso. Foi o próprio comandante que sugeriu a exoneração do militar ao ministro da Defesa.
"Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército. O assunto está encerrado", afirmou Jobim, ontem, após a cerimônia de despedida do ministro da Justiça, Tarso Genro, do cargo, que transmitiu o posto para o secretário-executivo Luiz Paulo Barreto.
PNDH-3 – A terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado pelo governo Lula no final de 2009, já havia criado polêmica entre os ministros Jobim e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), obrigando o presidente Lula a entrar no circuito para acalmar os ânimos.
Após acordo com os dois ministros, Lula realizou mudanças no texto original do decreto sobre o plano e, na ocasião, tanto Lula quanto o Palácio do Planalto declararam que o episódio estava solucionado.
Perfil – Considerado um dos remanescentes e o atual "porta-voz" da "linha dura" da ativa, o general Santa Rosa já se envolveu em pelo menos dois outros conflitos com autoridades civis no governo Lula.
Um dos conflitos foi em 2007, quando discordou das negociações para a reserva indígena Raposa Serra do Sol e foi afastado por Nelson Jobim da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais da Defesa e devolvido ao Exército. O outro conflito aconteceu em 2009, quando assinou nota com dois outros generais, então da ativa, criticando a Estratégia Nacional de Defesa e o novo organograma das Forças Armadas, por afastarem ainda mais os militares do poder.
Ao tomar conhecimento da carta divulgada na internet no dia 15 de janeiro, segundo o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim telefonou para o comandante do Exército, Enzo Peri, pedindo providências para o caso. Foi o próprio comandante que sugeriu a exoneração do militar ao ministro da Defesa.
"Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército. O assunto está encerrado", afirmou Jobim, ontem, após a cerimônia de despedida do ministro da Justiça, Tarso Genro, do cargo, que transmitiu o posto para o secretário-executivo Luiz Paulo Barreto.
PNDH-3 – A terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado pelo governo Lula no final de 2009, já havia criado polêmica entre os ministros Jobim e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), obrigando o presidente Lula a entrar no circuito para acalmar os ânimos.
Após acordo com os dois ministros, Lula realizou mudanças no texto original do decreto sobre o plano e, na ocasião, tanto Lula quanto o Palácio do Planalto declararam que o episódio estava solucionado.
Perfil – Considerado um dos remanescentes e o atual "porta-voz" da "linha dura" da ativa, o general Santa Rosa já se envolveu em pelo menos dois outros conflitos com autoridades civis no governo Lula.
Um dos conflitos foi em 2007, quando discordou das negociações para a reserva indígena Raposa Serra do Sol e foi afastado por Nelson Jobim da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais da Defesa e devolvido ao Exército. O outro conflito aconteceu em 2009, quando assinou nota com dois outros generais, então da ativa, criticando a Estratégia Nacional de Defesa e o novo organograma das Forças Armadas, por afastarem ainda mais os militares do poder.
Íntegra da Carta:
"A COMISSÃO DA “VERDADE”?
A verdade é o apanágio do pensamento, o ideal da filosofia, a base fundamental da ciência. Absoluta, transcende opiniões e consensos, e não admite incertezas. A busca do conhecimento verdadeiro é o objetivo do método científico. No memorável “Discurso sobre o Método”, René Descartes, pai do racionalismo francês, alertou sobre as ameaças à isenção dos julgamentos, ao afirmar que “a precipitação e a prevenção são os maiores inimigos da verdade”. A opinião ideológica é antes de tudo dogmática, por vício de origem. Por isso, as mentes ideológicas tendem naturalmente ao fanatismo. Estudando o assunto, o filósofo Friedrich Nietszche concluiu que “as opiniões são mais perigosas para a verdade do que as mentiras”. Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A História da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar trinta mil vítimas por ano no reino da Espanha. A “Comissão da Verdade” de que trata o Decreto de 13 de janeiro de 2010, certamente, será composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos, como meio de combate ao regime, para alcançar o poder. Infensa à isenção necessária ao trato de assunto tão sensível, será uma fonte de desarmonia a revolver e ativar a cinza das paixões que a lei da anistia sepultou. Portanto, essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma “Comissão da Calúnia”.
General do Exército Maynard Marques de Santa Rosa"
Mas será que o general falou alguma mentira ou alguma ofensa? Exceto pelo termo "fanáticos" , que não é ofensa, e é pura verdade, e por "calúnia", nada mais há de comprometedor no texto. Ahhh, sim, esqueci que nesse país o presidente pode xingar até mesmo uma cidade inteira(Pelotas) de veados, mas a democracia, o direito de livre expressão, não pode ser exercido pelos militares.
Veremos se Dilma irá contradizer o General! (se ela comparecer)
PNDH-3: Senado convoca Dilma
Oposição aproveita descuido da base aliada e intima ministra a dar explicações sobre o programa.
Depois de blindar com certo sucesso a ministra Dilma Rousseff do desgaste provocado pela edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), o governo sofreu ontem uma derrota no Congresso que colocará a pré-candidata do PT à presidência sob os holofotes da oposição.
A base aliada no Senado não foi tão cuidadosa e, ontem, após um cochilo, deixou a oposição aprovar a convocação para que Dilma fale sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O objetivo é claro: debitar na conta da ministra o ônus político do plano, que desagradou de militares a ruralistas.
A estratégia da oposição estava armada desde a noite anterior. Para isso, senadores do DEM e do PSDB chegaram cedo à reunião. Esperaram a base aliada abandonar a sala pouco a pouco até garantir maioria na comissão. Quando só restavam três senadores governistas na sala, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentou o requerimento e pediu a inversão da pauta. A manobra permitiu ao presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), colocar o pedido em votação de imediato.
Assessores disparam ligações para os senadores governistas retornarem à comissão, mas Demóstenes Torres anunciou que apenas um parlamentar do governo e um da oposição teriam a chance de discutir o requerimento. Eduardo Suplicy (PT-SP) ainda caprichou no vagar do discurso para garantir o quórum, mas o placar acabou em nove votos a sete para que Dilma Rousseff fale sobre o plano ao colegiado.
Caso não apresente justificativas razoáveis para eventuais ausências, a ministra pode ser processada por crime de responsabilidade.
O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), anunciou que recorrerá contra a votação, mas ainda estuda qual o foro adequado para fazê-lo. O objetivo é anular a convocação a qualquer custo. Mercadante disse que o assunto está vencido, chamou a manobra da oposição de "desespero eleitoral", e acusou os adversários de desrespeitar costumes adotados no Senado, como a de convidar os ministros, nunca convocar, como foi feito com a ministra. Na condição de convidada, ela poderia recusar. Como convocada, não.
"Atropelar não é a regra de convivência nas comissões", disse Mercadante, que já estava no gabinete quando foi avisado sobre a estratégia da oposição. De volta à comissão, só teve tempo de travar uma discussão com Demóstenes Torres. Pediu a palavra como líder, mas foi impedido de falar. "Como líder, a palavra não pode ser utilizada. É limitado ao signatário do requerente e um representante de cada bloco partidário, o que já ocorreu", afirmou o presidente do colegiado, pouco antes de colocar o texto em votação.
A base aliada no Senado não foi tão cuidadosa e, ontem, após um cochilo, deixou a oposição aprovar a convocação para que Dilma fale sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O objetivo é claro: debitar na conta da ministra o ônus político do plano, que desagradou de militares a ruralistas.
A estratégia da oposição estava armada desde a noite anterior. Para isso, senadores do DEM e do PSDB chegaram cedo à reunião. Esperaram a base aliada abandonar a sala pouco a pouco até garantir maioria na comissão. Quando só restavam três senadores governistas na sala, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentou o requerimento e pediu a inversão da pauta. A manobra permitiu ao presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), colocar o pedido em votação de imediato.
Assessores disparam ligações para os senadores governistas retornarem à comissão, mas Demóstenes Torres anunciou que apenas um parlamentar do governo e um da oposição teriam a chance de discutir o requerimento. Eduardo Suplicy (PT-SP) ainda caprichou no vagar do discurso para garantir o quórum, mas o placar acabou em nove votos a sete para que Dilma Rousseff fale sobre o plano ao colegiado.
Caso não apresente justificativas razoáveis para eventuais ausências, a ministra pode ser processada por crime de responsabilidade.
O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), anunciou que recorrerá contra a votação, mas ainda estuda qual o foro adequado para fazê-lo. O objetivo é anular a convocação a qualquer custo. Mercadante disse que o assunto está vencido, chamou a manobra da oposição de "desespero eleitoral", e acusou os adversários de desrespeitar costumes adotados no Senado, como a de convidar os ministros, nunca convocar, como foi feito com a ministra. Na condição de convidada, ela poderia recusar. Como convocada, não.
"Atropelar não é a regra de convivência nas comissões", disse Mercadante, que já estava no gabinete quando foi avisado sobre a estratégia da oposição. De volta à comissão, só teve tempo de travar uma discussão com Demóstenes Torres. Pediu a palavra como líder, mas foi impedido de falar. "Como líder, a palavra não pode ser utilizada. É limitado ao signatário do requerente e um representante de cada bloco partidário, o que já ocorreu", afirmou o presidente do colegiado, pouco antes de colocar o texto em votação.
Agência Estado - 10/2/2010 - 22h03
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General que atacou PNDH é exonerado
A primeira diferença entre a Venezuela e o Brasil é que lá o Chavéz MANDA em frente as câmeras.
A segunda diferença entre a Venezuela e o Brasil é que lá uma parte do povo ainda reclama.
"A COMISSÃO DA “VERDADE”?
PNDH-3: Senado convoca Dilma
Oposição aproveita descuido da base aliada e intima ministra a dar explicações sobre o programa.
A segunda diferença entre a Venezuela e o Brasil é que lá uma parte do povo ainda reclama.
General Santa Rosa, em dia de glória. Em 2006 foi homenageado na Assembleia Legislativa de Alagoas.
O general Maynard Marques de Santa Rosa será exonerado do cargo de chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército, por ter feito críticas ao Plano Nacional de Direitos Humanos. Em nota que está circulando na internet, ele afirma, entre outros pontos, que a Comissão da Verdade, criada pelo governo para apurar os crimes cometidos no regime militar, seria comandada por "fanáticos" e acabaria se transformando em uma "comissão da calúnia".
Ao tomar conhecimento da carta divulgada na internet no dia 15 de janeiro, segundo o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim telefonou para o comandante do Exército, Enzo Peri, pedindo providências para o caso. Foi o próprio comandante que sugeriu a exoneração do militar ao ministro da Defesa.
"Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército. O assunto está encerrado", afirmou Jobim, ontem, após a cerimônia de despedida do ministro da Justiça, Tarso Genro, do cargo, que transmitiu o posto para o secretário-executivo Luiz Paulo Barreto.
PNDH-3 – A terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado pelo governo Lula no final de 2009, já havia criado polêmica entre os ministros Jobim e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), obrigando o presidente Lula a entrar no circuito para acalmar os ânimos.
Após acordo com os dois ministros, Lula realizou mudanças no texto original do decreto sobre o plano e, na ocasião, tanto Lula quanto o Palácio do Planalto declararam que o episódio estava solucionado.
Perfil – Considerado um dos remanescentes e o atual "porta-voz" da "linha dura" da ativa, o general Santa Rosa já se envolveu em pelo menos dois outros conflitos com autoridades civis no governo Lula.
Um dos conflitos foi em 2007, quando discordou das negociações para a reserva indígena Raposa Serra do Sol e foi afastado por Nelson Jobim da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais da Defesa e devolvido ao Exército. O outro conflito aconteceu em 2009, quando assinou nota com dois outros generais, então da ativa, criticando a Estratégia Nacional de Defesa e o novo organograma das Forças Armadas, por afastarem ainda mais os militares do poder.
Ao tomar conhecimento da carta divulgada na internet no dia 15 de janeiro, segundo o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim telefonou para o comandante do Exército, Enzo Peri, pedindo providências para o caso. Foi o próprio comandante que sugeriu a exoneração do militar ao ministro da Defesa.
"Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército. O assunto está encerrado", afirmou Jobim, ontem, após a cerimônia de despedida do ministro da Justiça, Tarso Genro, do cargo, que transmitiu o posto para o secretário-executivo Luiz Paulo Barreto.
PNDH-3 – A terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado pelo governo Lula no final de 2009, já havia criado polêmica entre os ministros Jobim e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), obrigando o presidente Lula a entrar no circuito para acalmar os ânimos.
Após acordo com os dois ministros, Lula realizou mudanças no texto original do decreto sobre o plano e, na ocasião, tanto Lula quanto o Palácio do Planalto declararam que o episódio estava solucionado.
Perfil – Considerado um dos remanescentes e o atual "porta-voz" da "linha dura" da ativa, o general Santa Rosa já se envolveu em pelo menos dois outros conflitos com autoridades civis no governo Lula.
Um dos conflitos foi em 2007, quando discordou das negociações para a reserva indígena Raposa Serra do Sol e foi afastado por Nelson Jobim da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais da Defesa e devolvido ao Exército. O outro conflito aconteceu em 2009, quando assinou nota com dois outros generais, então da ativa, criticando a Estratégia Nacional de Defesa e o novo organograma das Forças Armadas, por afastarem ainda mais os militares do poder.
Íntegra da Carta:
"A COMISSÃO DA “VERDADE”?
A verdade é o apanágio do pensamento, o ideal da filosofia, a base fundamental da ciência. Absoluta, transcende opiniões e consensos, e não admite incertezas. A busca do conhecimento verdadeiro é o objetivo do método científico. No memorável “Discurso sobre o Método”, René Descartes, pai do racionalismo francês, alertou sobre as ameaças à isenção dos julgamentos, ao afirmar que “a precipitação e a prevenção são os maiores inimigos da verdade”. A opinião ideológica é antes de tudo dogmática, por vício de origem. Por isso, as mentes ideológicas tendem naturalmente ao fanatismo. Estudando o assunto, o filósofo Friedrich Nietszche concluiu que “as opiniões são mais perigosas para a verdade do que as mentiras”. Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A História da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar trinta mil vítimas por ano no reino da Espanha. A “Comissão da Verdade” de que trata o Decreto de 13 de janeiro de 2010, certamente, será composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos, como meio de combate ao regime, para alcançar o poder. Infensa à isenção necessária ao trato de assunto tão sensível, será uma fonte de desarmonia a revolver e ativar a cinza das paixões que a lei da anistia sepultou. Portanto, essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma “Comissão da Calúnia”.
General do Exército Maynard Marques de Santa Rosa"
Mas será que o general falou alguma mentira ou alguma ofensa? Exceto pelo termo "fanáticos" , que não é ofensa, e é pura verdade, e por "calúnia", nada mais há de comprometedor no texto. Ahhh, sim, esqueci que nesse país o presidente pode xingar até mesmo uma cidade inteira(Pelotas) de veados, mas a democracia, o direito de livre expressão, não pode ser exercido pelos militares.
Veremos se Dilma irá contradizer o General! (se ela comparecer)
PNDH-3: Senado convoca Dilma
Oposição aproveita descuido da base aliada e intima ministra a dar explicações sobre o programa.
Depois de blindar com certo sucesso a ministra Dilma Rousseff do desgaste provocado pela edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), o governo sofreu ontem uma derrota no Congresso que colocará a pré-candidata do PT à presidência sob os holofotes da oposição.
A base aliada no Senado não foi tão cuidadosa e, ontem, após um cochilo, deixou a oposição aprovar a convocação para que Dilma fale sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O objetivo é claro: debitar na conta da ministra o ônus político do plano, que desagradou de militares a ruralistas.
A estratégia da oposição estava armada desde a noite anterior. Para isso, senadores do DEM e do PSDB chegaram cedo à reunião. Esperaram a base aliada abandonar a sala pouco a pouco até garantir maioria na comissão. Quando só restavam três senadores governistas na sala, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentou o requerimento e pediu a inversão da pauta. A manobra permitiu ao presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), colocar o pedido em votação de imediato.
Assessores disparam ligações para os senadores governistas retornarem à comissão, mas Demóstenes Torres anunciou que apenas um parlamentar do governo e um da oposição teriam a chance de discutir o requerimento. Eduardo Suplicy (PT-SP) ainda caprichou no vagar do discurso para garantir o quórum, mas o placar acabou em nove votos a sete para que Dilma Rousseff fale sobre o plano ao colegiado.
Caso não apresente justificativas razoáveis para eventuais ausências, a ministra pode ser processada por crime de responsabilidade.
O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), anunciou que recorrerá contra a votação, mas ainda estuda qual o foro adequado para fazê-lo. O objetivo é anular a convocação a qualquer custo. Mercadante disse que o assunto está vencido, chamou a manobra da oposição de "desespero eleitoral", e acusou os adversários de desrespeitar costumes adotados no Senado, como a de convidar os ministros, nunca convocar, como foi feito com a ministra. Na condição de convidada, ela poderia recusar. Como convocada, não.
"Atropelar não é a regra de convivência nas comissões", disse Mercadante, que já estava no gabinete quando foi avisado sobre a estratégia da oposição. De volta à comissão, só teve tempo de travar uma discussão com Demóstenes Torres. Pediu a palavra como líder, mas foi impedido de falar. "Como líder, a palavra não pode ser utilizada. É limitado ao signatário do requerente e um representante de cada bloco partidário, o que já ocorreu", afirmou o presidente do colegiado, pouco antes de colocar o texto em votação.
A base aliada no Senado não foi tão cuidadosa e, ontem, após um cochilo, deixou a oposição aprovar a convocação para que Dilma fale sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O objetivo é claro: debitar na conta da ministra o ônus político do plano, que desagradou de militares a ruralistas.
A estratégia da oposição estava armada desde a noite anterior. Para isso, senadores do DEM e do PSDB chegaram cedo à reunião. Esperaram a base aliada abandonar a sala pouco a pouco até garantir maioria na comissão. Quando só restavam três senadores governistas na sala, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentou o requerimento e pediu a inversão da pauta. A manobra permitiu ao presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), colocar o pedido em votação de imediato.
Assessores disparam ligações para os senadores governistas retornarem à comissão, mas Demóstenes Torres anunciou que apenas um parlamentar do governo e um da oposição teriam a chance de discutir o requerimento. Eduardo Suplicy (PT-SP) ainda caprichou no vagar do discurso para garantir o quórum, mas o placar acabou em nove votos a sete para que Dilma Rousseff fale sobre o plano ao colegiado.
Caso não apresente justificativas razoáveis para eventuais ausências, a ministra pode ser processada por crime de responsabilidade.
O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), anunciou que recorrerá contra a votação, mas ainda estuda qual o foro adequado para fazê-lo. O objetivo é anular a convocação a qualquer custo. Mercadante disse que o assunto está vencido, chamou a manobra da oposição de "desespero eleitoral", e acusou os adversários de desrespeitar costumes adotados no Senado, como a de convidar os ministros, nunca convocar, como foi feito com a ministra. Na condição de convidada, ela poderia recusar. Como convocada, não.
"Atropelar não é a regra de convivência nas comissões", disse Mercadante, que já estava no gabinete quando foi avisado sobre a estratégia da oposição. De volta à comissão, só teve tempo de travar uma discussão com Demóstenes Torres. Pediu a palavra como líder, mas foi impedido de falar. "Como líder, a palavra não pode ser utilizada. É limitado ao signatário do requerente e um representante de cada bloco partidário, o que já ocorreu", afirmou o presidente do colegiado, pouco antes de colocar o texto em votação.
Agência Estado - 10/2/2010 - 22h03
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