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domingo, 6 de dezembro de 2009

Marina Silva, candidata da nobreza européia


Marina recebe prêmio do príncipe Philip

Semana passada, o capítulo amazônico da ONG Friends of the Earth (Amigos da Terra por aqui) completou 20 anos existência. Em nota alusiva, a ONG situa a sua fundação como uma das conseqüências das “atividades” geradas pelo famoso “Encontro de Altamira”, realizado em fevereiro de 1989 nessa cidade paraense que se notabilizou pelo incrível ajuntamento de celebridades verdes do jet-set internacional, capitaneadas pelo cantor Sting. O evento foi crucial para o cancelamento da construção da hidrelétrica de Belo Monte e outras na região e influenciou, de forma inequívoca, o “apagão” de 2001.

A senadora e virtual candidata à presidência da República em 2010 pelo Partido Verde, Marina Silva, foi uma das celebridades a se parabenizar com a ONG. Pela nota, fica-se sabendo que Marina foi conselheira da Amigos da Terra de 1998 a 2002. [1]

Outro foi Fábio “Mr. Mata Atlântica” Feldman, fundador e membro do Conselho Diretor da ONG. Outros membro atuais do conselho são Adalberto Veríssimo, do IMAZON; José Eli da Veiga, da USP; Carlos Nobre, do INPE; Bertha Becker, da UFRJ; e Judson Valentim, da EMBRAPA do Acre.

Estranho que a Amigos da Terra – Amazônia, que clama por transparência, mantenha a sete chaves os nomes de seus fundadores, diretores, doadores etc., como fazem outras ONGs do seu quilate que atuam no Brasil. Uma pesquisa em seu portal, aliás muito bem feito, nada revela; idem no Google. Por isso mesmo, apresentamos abaixo um perfil sumário da Friends of the Earth que dá uma boa idéia sobre as “motivações” do seu rebento brasileiro, assim como seu “pedigree” com a nobreza européia.

A esse respeito, vale mencionar que Marina Silva recebeu mais um prêmio “sangue-azul” em reconhecimento a seus préstimos ambientalistas. Desta feita, coube à Casa Real de Mônaco que lhe outorgou, pelas mãos do Principe Albert II, uma quantia de 40 mil euros e o Prêmio Mudanças Climáticas (Climate Change Award) no dia 10 passado. Recorde-se que, há um ano, Marina recebeu das mãos do príncipe Philip da Inglaterra, no palácio de Saint James, em Londres, a medalha Duque de Edimburgo, em reconhecimento à sua trajetória e luta em defesa da Amazônia - o prêmio mais importante concedido pela Rede WWF. Com tais honrarias, poucos ainda duvidam que Marina Silva seja a candidata da nobreza européia na eleição presidencial de 2010.



Notas:
[1]Marina Silva destaca as conquistas de 20 anos de Amigos da Terra, amazonia.org.br, 16/10/2009

Dos nossos arquivos: Amigos da Terra (Friends of the Earth)

A criação do Friends of the Earth (FoE) está ligada ao lançamento público da “pedra fundamental” do movimento ambientalista nos EUA, com a celebração do primeiro Dia da Terra, em 22 de abril de 1970, planejado, financiado e executado pelos altos escalões do Establishment anglo-americano. O financiamento para o Dia da Terra veio diretamente do cofre de Robert O. Anderson, então presidente da empresa petrolífera Atlantic Richfield e do Instituto Aspen. Paralelamente ao evento, Anderson contribuiu com 200 mil dólares para a fundação do FoE, a primeira de uma série de novas ONGs que seriam criadas com o apoio das elites malthusianas e que viriam a desempenhar um papel fundamental na difusão da ideologia ambientalista. A maior parte dos membros iniciais do FoE foi recrutada entre os quadros dos Federalistas Mundiais (World Federalists) e dos Cidadãos Planetários (Planetary Citizens), organizações criadas no pós-guerra pelo mentor de Anderson, Robert Hutchins, reitor da Universidade de Chicago, e seus dois íntimos colaboradores britânicos, Bertrand Russell e Aldous Huxley. Norman Cousins, editor da revista Saturday Review e membro do Instituto Aspen, era um patrocinador dos Cidadãos Planetários e tornou-se um dos primeiros membros do conselho diretor do FoE.

Nominalmente, o FoE foi fundado pelo falecido David Brower, um dos arquitetos do movimento ambientalista estadunidense, que liderou o grupo por 10 anos. Posteriormente, Brower fundou o Earth Island Institute, que tem dois “braços” principais: a Rainforest Action Network (em cujo conselho diretor tem assento o terrorista Mike Roselle, líder do Earth First!) e a International Rivers Network (IRN), integrante da Coalizão Rios Vivos e uma das coordenadoras da campanha contra a hidrovia Paraná-Paraguai. O principal ativista da IRN para a América Latina é Glenn Switkes.

A sede mundial do FoE situa-se atualmente em Amsterdã, capital do aparato ambientalista internacional, de onde controla uma rede mundial de afiliados. O translado do FoE dos EUA para a Europe, ocorrido logo após sua fundação, foi financiado por sir James Goldsmith e pela família Rothschild. Ainda em 1970, Edward Goldsmith, irmão de sir James, fundou a revista The Ecologist, da ala radical do movimento ambientalista, e lançou o Partido Verde do Reino Unido, modelo de seus congêneres europeus. O fundador do FoE na França, Brice LaLonde, foi nomeado ministro de Meio Ambiente pelo presidente François Mitterrand, cujo pensamento “ambientalista” pode ser resumido por sua declaração perante a Conferência de Haia, realizada em abril de 1989, de que o Brasil deveria “renunciar a parcelas de sua soberania sobre a região Amazônica”. Sua viúva, Danielle Mitterrand, é uma das mais importantes indigenistas internacionais da atualidade e elo de ligação entre o MST e os zapatistas.

Em 1993, o FoE se aliou ao Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e ao Greenpece para formar o Forest Stewardship Council (FSC – Conselho de Manejo Florestal), entidade que criou o “selo verde” para “certificar”– e controlar – a produção de madeira em países em desenvolvimento.

Em sua diretoria, o FoE tem contado com representantes da nata do Establishment oligárquico, como: o finado Aurelio Peccei, do Clube de Roma; lorde Solly Zuckerman, ex-assessor científico do Governo britânico; e Jonathon Porritt, assessor e amigo pessoal do príncipe Charles. Em novembro de 2000, Porritt foi nomeado para ocupar a “assessoria ambiental” do Ministério das Relações Exteriores britânico, juntamente com sir Crispin Tickell, outro notório estrategista do ambientalismo britânico.

Desde sua fundação, o FoE tem se mantido principalmente com contribuições, que ascendem a milhões de dólares, das grandes fundações filantrópicas norte-americanas, o que é suficiente para determinar quais são seus reais propósitos “ambientalistas” no Brasil e outros países em desenvolvimento. O principal dirigente do FoE no Brasil
é o ítalo-brasileiro Roberto Smeraldi, que comanda as operações “amazônicas”
da ONG.
Nilder Costa - Alerta em Rede



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Um comentário:

Anonymous disse...

Há algo de podre no Reino Unido ou eles estão bastante enganados quanto ao Partido "Verde" de Marina Silva. O que mais me tira do sério é quando empresários capitalistas dão dinheiro para entidades comunistas. Como é que pode?! É adubar erva daninha na horta. Aproveito o ensejo para parabenizar este excelente blogue (já está na lista dos meus indicados) e pedir para divulgar o www.osigmareluzente.blogspot.com
Feliz Natal - Próspero Ano Novo, para todos!