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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A falácia da medição dos "gases efeito estufa"


Ás vésperas da realização da conferência sobre mudanças climáticas em Copenhague, onde os adeptos do aquecimento global antropogênico querem impor uma lei mundial para controlar a emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa, descobre-se simplesmente que não existem métodos científicos para medi-los e monitorá-los.

Segundo alerta feito pela National Academy of Sciences, respeitável entidade que reúne especialistas de todas as áreas do conhecimento científico nos Estados Unidos, os métodos atuais para estimar as emissões de gases de efeito estufa têm limitações que os tornam inadequados para monitorar as emissões de CO2 e permitir o acompanhamento de um eventual tratado internacional do clima. [1]

"Se um tratado for negociado nos próximos meses, o monitoramento e a verificação [da emissão de CO2] deverão se basear nas capacidades atuais e nos melhoramentos das medições que possam ser disponibilizados rapidamente. Como o relatório final deste comitê irá descrever em maiores detalhes, os métodos atuais para estimar as emissões de gases de efeito estufa têm limitações para monitorar um tratado do clima," diz a nota.

O alerta, feito com o objetivo de embasar uma solicitação para reposição de um satélite de observação do clima que a NASA perdeu no início deste ano (OCO - Orbiting Carbon Observatory), causou inquietação entre os cientistas reunidos em Genebra, Suíça, em uma das inúmeras conferências sobre o clima.

Os dados disponíveis hoje são divulgados pelos próprios países, não existindo um aparato técnico que permita que uma entidade supranacional colete seus próprios dados de forma independente, com embasamento científico, e verifique os dados divulgados pelos países. "Os instrumentos e métodos atualmente existentes para o monitoramento remoto de CO2 na atmosfera não são capazes, com precisão útil, de distinguir entre as emissões oriundas dos combustíveis fósseis e dos fluxos naturais, ou para verificar tendências nas emissões dos combustíveis fósseis," continua o documento.

Segundo os cientistas, o grande problema reside na técnica hoje utilizada para a medição das emissões de CO2, que somente produz resultados significativos para áreas muito grandes, como continentes, mas não para países. Esse problema poderia ser minimizado por meio da criação de uma rede mundial de coleta e amostragem de CO2, tanto em terra quanto no espaço, daí que os “aquecimentistas” depositavam grandes esperanças no satélite OCO.

Ocorre que o satélite não foi projetado para o monitoramento e verificação de um eventual tratado. Com uma vida útil prevista para dois anos, ele não seria por si só capaz de medir as tendências nas emissões de CO2. Ele seria apenas um laboratório para comprovar um método de medição que poderia vir a ser usado no futuro, por uma constelação de satélites construídos para essa finalidade. Em outras palavras, toda a pressão para que os países detentores de florestas tropicais aceitem metas sobre desmatamento que sejam mensuráveis por entidade supranacional repousa em uma falácia metodológica pois os fatídicos gases de efeito estufa sequer têm como ser monitorados.

Alerta em Rede


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