A manifestação começou na sede da Sodiurr, no bairro Caimbé, de onde partiu uma passeata formada por índios e não-índios, que seguiram rumo ao Centro da cidade, para protestar contra a demarcação da questão Raposa Serra do Sol, cujo julgamento final está marcada para fevereiro, no Supremo Tribunal Federal.
A proposta dos índios com os protestos é a de chamar a atenção das autoridades federais, para que se atentem quanto à opinião de quase 11 mil índios contrários à demarcação contínua.
“Nós desejamos muito que isso seja levado à mídia nacional, para que o país conheça que a maioria dos índios que moram em Raposa Serra do Sol não querem esse tipo de demarcação, a qual o Governo Federal tenta a todo custo aprovar, favorecendo apenas uma minoria”, afirmou Silvio da Silva, presidente da Sodiurr.
Ocupações pacíficas
A meta da Sodiurr é a de que mais de dois mil índios participem da manifestação, programada para durar cinco ou seis dias. Várias pessoas foram convidadas em toda a capital e nas comunidades espalhadas por Roraima para participar do ato.
Entretanto, a manifestação não se remete apenas a protestos na praça. A Sodiurr planeja, nos próximos dias, levar o máximo de índios que for necessário para participar de movimentos de ocupação de prédios como da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) e Funai (Fundação Nacional do Índio).
“Não será caso de invasão sob atos violentos”, enfatizou Silvio. “Será um ato pacífico, onde nós vamos cobrar dessas fundações os recursos que são destinados aos índios e suas comunidades, o que não vem ocorrendo nos últimos anos. Queremos dialogar com a Funai e com a Funasa sobre isso e outros assuntos”.
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