Índios da Raposa-Serra do Sol veem de fazer manifestação, em frente ao Palácio do Governo de Roraima, contra a demarcação da sua Reserva em área contínua. Uma evidência de que os índios, em boa parte, são pela integração dos indígenas à comunidade brasileira e não pela segregação que só lhes traz prejuízos.
Agora, se sabe, porque se viu e vê, que a maioria dos índios, já há bastante tempo, tinha entendido que só teriam a perder com a demarcação contínua, se expulsos os não- índios da área.
Começaram a compreender o que lhes sucederia com a expulsão dos fazendeiros, quando isso se lhes afigurou iminente, vendo que alguns fazendeiros já se preparavam para retirar-se e começavam a demitir empregados, a maioria dos quais eles mesmos os índios da Reserva. Foi em crescendo, entre eles, o sentimento de desespero e mesmo de revolta, com os votos anunciados do STF, no julgamento da questão suscitada.
Diz-se, na área, que a manifestação vai se repetir, aumentando o número de manifestantes, que poderá alcançar até cerca de 10.000 índios, porquanto eles, lá na Reserva, em maioria, não são muito mais que 15.000.
O raciocínio lógico dos indígenas, ali, é que “os fazendeiros vão perder suas fazendas, mas lhes restará dinheiro para sobreviver; porém nós, os índios, passaremos fome”.
No comando da manifestação está a SODIURR (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima), associação que reúne o maior número de indígenas do Estado.
Para os indígenas ligados à SODIURR, a manutenção dos grandes produtores de arroz na Terra Indígena Raposa Serra do Sol vai impedir o isolamento das comunidades e garantir progresso e desenvolvimento para a região. Sob tal argumento, a SODIURR – OU SEJA, A GRANDE MAIORIA DOS ÍNDIOS - espera que o STF, na sua decisão final, reconsidere a demarcação que só atende aos interesses das ONGs internacionais, que defendem os interesses dos países hegemônicos.
Tem-se, como certo, que a manifestação não foi organizada pelos fazendeiros: estes foram chamados pelos próprios índios, seus empregados, quando alguns já se iam retirando. Acreditam, os que ali vivem, que a maioria dos índios está tão revoltada, que eles, mantida a expulsão dos fazendeiros, poderão chegar às vias da violência.
Perguntando-se, agora, a esses índios, onde estavam aqueles que são manipulados pelo apoio internacional e protegidos pelas verbas corruptoras da FUNASA - a resposta é que a CIR (Comissão Indigenista de Roraima) é uma ficção, criada por entidades estrangeiras, representadas pelas famigeradas ONGs, com o incompreensível apoio da FUNAI. Adiantam mais que a CIR, não passa de algumas famílias protegidas de índios, como as dos privilegiados Jaci e seu filho Dionito.
Não se duvida de que, quando bater a fome dos índios, que perderão seus empregos com os não-índios, poderá decorrer violência, mesmo com sangue.
Tudo porque as autoridades da chamada nova-república abandonaram a velha e sábia política brasileira, seguida por Rondon e outros grandes brasileiros, de “Integrar para não Entregar”, pela política segregacionista do “desintegrar para entregar”.
A expressão “estar no mato sem cachorro” significa que alguns, em sérias dificuldades, não têm outra chance de escapulir de uma “fria” em que se encontram.
Não padece dúvida de que é o caso, no caso.
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