Reinaldo Azevedo
Achou forte o título, leitor? Vai ver eu faço parte da direita reacionária e troglodita que quer, como é mesmo que eles dizem?, “criminalizar os movimentos sociais”? E que nome se dá a grupos organizados, que partem para a ação direta, impedindo a produção, depredando o patrimônio, impedindo o direito de ir e vir de milhares, pondo a vida de terceiros em risco?Essa gente, afinal de contas, atende aos interesses de quem? Aqui é preciso prestar atenção a alguns detalhes. Será que eu acredito que o MST e a tal Via Campesina são um ensaio prévio de alguma revolução comunista no Brasil? Nem tanto. Acho que eles não chegam lá. A economia brasileira e a sua institucionalidade já passaram do ponto em que uma inflexão dessa natureza seria viável. O risco não é exatamente esse, mas não lhe é estranho.ATENÇÃO! O risco a que estamos submetidos, no governo do PT, é de enrijecimento da democracia, que começa a ficar sob a tutela dos tais “movimentos sociais”, aí incluído o sindicalismo. Não, caros! Essa ação do MST e da Via Campesina não é muito diferente do que o tal “Paulinho da Força” ameaça fazer com a imprensa. Estamos falando de um tempo em que aqueles que se julgam imbuídos de uma representação — que nada tem de universal; são porta-vozes de sua corporação — acham muito natural atropelar os limites legais para fazer valer aquilo que consideram um “direito”. Com desassombro, dizem estar lutando pela “legitimidade”, que entendem ser inimiga da legalidade. Como? Paulinho só quer a lei? Não! Ele declarou que pretende entrar com milhares de ações, nem que seja para perder. Quer mesmo é aporrinhar as suas vítimas.A exemplo dos sindicatos, quem é o MST? Estamos falando de sócios do poder. Aqueles, claro, são mais poderosos do que este. Mas não se enganem: os sem-terra e a tal Via Campesina são indústrias de ideologia, sustentadas com dinheiro público. Todos os recursos destinados à reforma agrária e à agricultura familiar passam, de algum modo, por aparelhos do MST, que têm o controle do Incra, por exemplo. Não se esqueçam de que o primeiro confronto dessa gente se dá com forças de segurança dos governos do estado. Lula, o Babalorixá, passa longe dos conflitos. Ele apenas corre para o abraço. Os governadores que se virem. O Apedeuta recebe os baderneiros em Palácio.E não são baderneiros quaisquer. São braços do petismo que sempre podem, e são, acionados quando o partido disputa espaço político com outras legendas. Vale dizer, transitam da legalidade para a ilegalidade e desta para aquela a depender das necessidades do regente: o PT.
Autor: Reinaldo Azevedo
Veja também:
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terça-feira, 11 de março de 2008
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